A Stark but not a Stark | 2

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Em 3 anos, poderia-se dizer que poucas coisas mudaram, contudo enquanto uns conseguiram superar, outros não tiveram tanto sucesso, e Elizabeth estava incluída na numerosa lista das pessoas que não conseguiram superar, não de todo.

E apesar de tudo, ninguém esquece, nunca ninguém iria esquecer.

A possibilidade de perder um pai novamente, marcou-a de uma maneira positiva e negativa. Era como se a maioria da irresponsabilidade dela agora tivesse sido deixada de lado e apenas sobrasse a irresponsabilidade natural de uma adolescente.

Contudo não podia deixar de fazer o que ela sempre pensou que sabia fazer melhor, mesmo que isso deixasse o coração nas mãos do pobre Stark. Tentou ajudar todos da melhor maneira possível, e com muita insistência, durante meses infernizou a cabeça a Tony, de modo que este a deixasse pedir uma reavaliação à S.H.I.E.L.D., e assim lhe desse permissão para trabalhasse de novo.

E o regresso de Natasha foi significativo, não se podia dizer o contrário. Era como se ela fosse o seu equilíbrio. Elizabeth está na corda bamba, entre manter-se emocionalmente estável, ou cair em uma depressão profunda, e Natasha era uma das principais razões em como não caísse para o lado negativo.

Elizabeth tentou permanecer igual, tentou não mudar quem era, mas olhando em volta tudo tinha mudado, então por que razão ela não deveria mudar. Nem que fosse aos poucos.

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- Não tens que ir para a Polónia amanhã? - não lhe dou atenção alguma, tento continuar focada no meu trabalho, contudo, sou acertada com qualquer coisa no ombro, que tento ignorar, sem sucesso.

Sinto ainda a presença do Tony na batente da porta. Sou acertada novamente, caindo o objeto na minha mesa de trabalho. Pego no pequeno objeto circular apercebendo-me que estou a ser acertada por mirtilos.

Viro-me na cadeira pousando os olhos nele, e em como está encostado à porta, de mão numa embalagem de mirtilos, com um sorriso cínico na cara. - Acabaste de desperdiçar comida? - pergunto esticando-me na cadeira.

- Sabes que horas são? - pergunta fazendo-me arquear as sobrancelhas. Dormir não é mais uma grande preocupação minha, principalmente com os problemas que o sono me traz.

- Não. - respondo simples com um sorriso no rosto.

- Nove da noite.

- Não é tarde. Qual é o problema? - dou uma volta na cadeira e pouso os olhos no computador, contudo ele volta a chamar a minha atenção.

- Do dia seguinte. - acrescenta. Levanto-me da cadeira, mas não com intenção de ir para a cama. Ligo a máquina de café, pois se não durmo assim à tanto tempo, uma boa caneca de café forte vai ser mesmo necessária. -Claro princesa , vai chamá-la.

Inspiro fundo sabendo perfeitamente quem acabou de entrar no laboratório. Viro-me vendo a pequena Morgan agarrada e escondida atrás das pernas do pai.

Ajoelho-me e ela vem logo na minha direção, e involuntariamente um sorriso forma-se no meu rosto, como sempre que ponho os olhos nela, ou desde que recebi a notícia.

"F.R.I.D.A.Y., podes deixar uma mensagem à Natasha, a dizer que amanhã vou precisar que ela avalie se ainda consigo pilotar um Quinjet. E diz-lhe se quiser que lhe levo a geleia de framboesa que ela adora, não por caridade, apenas por que sim. Esta última parte é relevante." - levanto-me pronta a ir para a cama, mesmo que não vá dormir, e se dormir, arrisco-me a acordar coberta de pesadelos, que podem levar a situações piores, como incendiar casa, no pior caso. Ficarei apenas a encarar o teto por horas seguidas, ou talvez assista qualquer coisa. Posso até ver pela centésima vez, a trilogia original de Star Wars.

- Sr. Stark e a Sra. Potts chegaram. - recebo o alerta da F.R.I.D.A.Y., e não sabia onde sequer se tinham metido o dia todo, pois não lhes ponho os olhos em cima desde ontem, e não avisaram. Vou à procura deles encontrado-os na cozinha.

- Onde estiveram? - a Pepper senta-se em um dos bancos do balcão enquanto o Tony lhe enche um copo com água.

- No hospital. - responde ele como se nada fosse. - Depois fomos às compras. - olho desconfiada para os dois seres na minha frente, considerando que sejam impostores.

- Compras? Certo. - ele lança-me um pequeno pacote, que pelo tamanho e estrutura é um livro.

Desembrulho, lendo imediatamente o título: " 101 formas de ser mais carinhoso e compreensivo".

Pouso os olhos na Pepper, em busca de explicação, contudo esta está apenas novamente de pé, com cara de quem sabe de algo mas não quer dizer. Desvia os olhar do meu, de forma a evitar contacto visual comigo.

- Que é que isto quer dizer? - levo o livro ao ar, tentando obter respostas. Odeio quando se quer armar em misterioso comigo. E ele sabe que odeio isso, o que é mais uma razão para o fazer.

- Agora que vem aí o bebé, é bom que estejas preparada para ser uma boa irmã mais velha. - bebé, a palavra desperta uma luz na minha mente, e quando me apercebo, estou a olhar para a Pepper sugestivamente.

Ela sorri de leve, o que confirma. Ela está grávida. - Sério? - ela sorri abertamente, com o Stark atrás dela, também com um enorme sorriso no rosto.

- Sim! - exclama radiando o maior número de energia positiva que eu já vi. Atiro-me aos braços dela, rindo descontroladamente.

- Sempre quis um irmão. - solto, sentindo-me feliz, ao fim de tantos meses."

- Podes dormir comigo? - pergunta na voz mais fofa que existe à face da Terra, e mesmo que quisesse negar, seria impossível. - Por favor, quero a história da tia Natasha.

- Outra vez? - pego nela, segurando-a firme nos meus braços, dando uma volta no ar, o que a faz rir alto. Levo-a ao chão. - Hoje conto-te outra. Uma nova! Vai dizer à mãe que dormes comigo, vai lá! - ela desata a correr casa fora, ainda aos risos.

- Eu sei o que estás a fazer. - digo, dirigindo-me ao Tony. Guardo tudo, de forma a não perder os progressos que dias, o que seria um belo de um desperdício. - Não sou estúpida.

- Eu sei que não. - dá uma olhadela em uns papeis que estão em cima da mesa, contorcendo o nariz. - Mas és teimosa, e já tiveste mais apreço pela tua saúde. - reviro os olhos. - Por que estás a estudar mecânica quântica. - pergunta curioso.

- Não sei, veio num sonho. Não vou fazer a Morgs esperar. Até amanhã. - saio e vou rápido para o meu quarto, onde já está ela a brincar com um cubo de rubik. Tomo um duche rápido e enfio o pijama mais fofo que tenho.

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Olá meus amores, tudo bem com vocês? Espero que simmmmm!

E estamos de voltaaaaaaa! Uhuuuuu. Espero que tenham gostado do primeiro capítulo da parte 2.

E para quem não percebe nada do que se está a passar, e caíram aqui do nada, entre no meu perfil, e dêem uma olhada na parte 1.

Não se esqueçam de comentar e votar. Beijos ^^