A Stark but not a Stark | 2

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Desço as escadas sonolenta pronta a tomar um bom pequeno almoço acompanhado de uma bela e enorme caneca de café. Tudo devido à noite extremamente mal dormida.

Depois de voltar da visita ao Thor, perto das 9 da noite, já os 3 tinham jantado, o Tony estava com a Morgan, a deitá-la, enquanto que a Pepper lia na sala de estar. Restavam-me 3 opções: fazer o comer, comer leite com cereais, ou não comer. E como a preguiça era enorme, e a dor de costas também, desisti e fui apenas deitar-me.

Em consequência acordei cansada, com fome e com dores. Isso se se puder dizer que dormi de todo.

Tropeço no último degrau, provocado uma enorme risada da cozinha. Ajusto os óculos na cara, que quase iam caindo com a situação, e é me entregue um pacote com o meu nome em letras enormes e mal escritas. "E-L-I-Z-E-B-E-T"

- Bom dia. - pego no pacote e abano. - De quem é isto? - questiono.

- Não sei. Alguém? - responde inexpressivo. Claro que ele sabe de quem é, ele sabe de tudo que chega a esta casa.

Reviro os olhos, e desfaço o cartão, revelando uma uma pequena mota de brinquedo de cor azul e vermelha. Observando bem, não é uma mota, mas sim um triciclo. Harley. - Ele é infantil. - digo pegando no objeto, fazendo com que um pequeno papel se solte.

- "Melhor começares de novo, primeiro triciclo, depois bicicleta, e só por fim mota. Melhor pensando, fica-te só pelo triciclo." Foi uma caixa de correio, e eu nem caí! - o Tony ri descaradamente, fazendo-me rir também. - Ele é descarado!

- É pois. - pego no pequeno objeto com intenções de o adicionar à colecção de tudo que ele já me enviou. - Tomei uma decisão durante o meu serão a observar o teto, um dia, durante esta semana, se o meu ego permitir, vou conversar com Steve. - explico ao Tony enquanto tiro uma caneca azul do armário superior, a minha favorita. Deixo-a em baixo da maquina de café, ligando a mesma o que permite que o líquido preto começe a cair.

- Sério? - pergunta surpreso, e num tom que não me agrada. Não entendo como existe sempre alguém para desconfiar sobre as intenções de todas as minha decisões mais emocionais, ou até mesmo só as normais.

- Sim. Vou ligar à Natasha depois do meu café sagrado, e em seguida questiono-lhe quando o idoso me pode atender. - pego na caneca e inspiro o cheiro. - Vou poder falar de tudo. De como grito de noite até a garganta me doer, ou de como o meu subconsciente me obriga a recorrer a locais que ele frequentava apenas para não me esquecer de detalhes dele.

- Como assim? - questiona confuso.

- Não vamos falar de isso agora. - peço, e mesmo que contrariado, ele concordo.

 - Ninguém te está a obrigar a conversar com ele...

- Definitivamente não, eu tenho cérebro, e já ninguém é capaz a obrigar-me a nada. Tudo pura vontade e senso comum. 

- Certo. - levanta as mãos em defesa, e quando estou prestes a estar fora do alcance de visão dele, e  da minha audição, ele acrescenta algo. - Em sessenta minutos podes voltar, o almoço está prestes a chegar. Pizza de quatro queijos! Não é o transito que atrasa o Happy. - sorrio contrariada com os lábios na caneca, dando de seguida um gole.

Subo as escadas apressada indo em direção do meu quarto. - F.R.I.D.A.Y., liga à Natasha. - peço. 

Ouço os bipes de fundo enquanto rebusco pelo armário pela minha camisola de mangas preta de Star Wars. Com uma camisola de alças por baixo, combino com as minhas vans xadrez, e umas jeans pretas. Quando solto o cabelo, apenas só para o voltar a tentar ligar, mas vai de novo para o voicemail.