A Stark but not a Stark | 2

15

Abro os olhos, e estou de pé. O ambiente é alaranjado, e nada do que estava à espera, pois realmente pensei que o meu último momento e ação como um ser vivo seria ter saltado para cima do Tony.

Ou provavelmente isto é o cenário pós-morte, e afinal de contas, existe alguma coisa, e a morte não é o fim da linha.

Olho ao meu redor, e ao longe, uma espécie de templo de quatro colunas ergue-se no vazio. No seu centro, uma silhueta familiar está parada de costas.

À medida que me aproximo, confusa, realmente não entendendo nada, a silhueta dá a volta, dando origem à Natasha, mas não a última versão dela, ou a última versão que vi.

O vermelho vivo e liso de seu cabelo, apenas lembra o ano de 2013, o ano que a conheci. Sorrio, e as lágrimas caem. - Que estás aqui a fazer? - ela pergunta em tom repreensivo.

Tento arranjar as melhores palavras para me expressar, mas o meu cérebro não é capaz de expressar alguma outra coisa, a não ser a sua presença. - Eu não o podia deixar morrer, a Morgan...

- Tu sabes que existem inúmeras pessoas que se importam contigo também? - ela diz. - E uma delas sou eu. Precisas de ter mais cuidado com a tua vida. Tenho a certeza que não pensaste como se sentiria a Pepper ou a Morgan se ambos morressem no mesmo dia.

- Então não estou morta? - questiono olhando ao redor, não conseguindo compreender onde estou, ou por que razão estou aqui. A morte já foi um assunto delicado para mim.

- Acredito que não, pelo menos ainda não. - reviro os olhos.

- És mesmo tu? O que é isto? - pergunto mesmo sabendo qual vai ser a resposta dela, à primeira pergunta. Nenhuma.

- Acho que é relacionado com a jóia. Não tenho a certeza. - dá uma pequena volta passando os olhos pelo local. - Tenho quase certeza.

- Posso te abraçar? - pergunto.

- Ainda não. - dá um passo atrás e sorri. - Estão todos de volta, preciso que me prometas uma coisa. Faz o meu trabalho. - olho confusa para ela não entendendo. Dou um passo em frente. - Mantém o Bucky e o Sam vivos, ou matam-se um ao outro, o Steve não dá conta do trabalho sozinho.

Ela começa a andar em círculos fazendo gestos com as mãos, e contínuo sem perceber bem o que quer dizer. - A Wanda vai precisar de alguém, ela provavelmente vai colapsar. Oh, e o Zarolho, mesmo que seja duro contigo, não penses que ele não é um coração de mel, pois ele é.

Aproxima-se de mim. - Eu sei que não pensas isso, mas tu és uma heroína, nunca duvides disso. E caso sobrevivas, e vais sobreviver ao que acabou de acontecer, une a equipe, eles vão precisar, e eu sei que és capaz disso, mas acima de tudo, vive.

- Não vivas como se cada dia fosse o último, mas como se fosse o primeiro, essa é a magia. - sorri, pousando a mão o meu ombro, puxando-me finalmente para um abraço forte, e só agora que me apercebo que estou com o meu corpo de 11 anos, e que sou muito mais baixa que ela outra vez. - Agora quero o tal abraço. - os meus olhos voltam a encher-se de lágrimas, e a dor no peito só aumenta.

- Peço desculpas por deitar toda a minha raiva em cima de ti durante os últimos 3 anos. Eu simplesmente... eu nem sei o que se passa comigo, eu não consigo perceber... É como... - as palavras saem abafadas, e suprimidas contra o ombro dela.

- Shiu, está tudo bem. Apesar de tudo, só tens 18 anos, tiveste de crescer rápido, e eu sei como isso mexe com uma pessoa. - ajoelha-se, e pousa os lábios na minha testa, beijando-a. Fecho os olhos, não sendo capaz de a encarar, pois sei que vai ser a última vez. Sinto isso. - Ouve com atenção, aproveita o que conseguimos trazer de volta, eu sei que o Steve consegue ser insuportável, mas ele tem bastante carinho por ti. Aprende o que o Bucky te ode ensinar, e fala mal do Steve em russo com ele, ele adora isso. - não consigo evitar rir, e isso só causa que mais lágrimas caiam. - Se algum dia estiveres em problemas procura pela Yelena Belova, ela sabe quem és, e vai ajudar-te. O Peter está de volta, não exites em lhe dizer quanto o amas. Estou a falar a sério. - o tom de voz dela fica mais sério, assim como a sua expressão. Ajuda a levantar-me, e desta vez é a minha vez de falar.

- Vou voltar a ver-te? - ela sorri, um sorriso triste que diz tudo.

- Se calhar, um dia. - levanto a cabeça, numa tentativa falha de fazer as lágrimas pararem de cair. - Prometes?

- Vou tentar. - ela abre os braços e volto a cair neles.

- Fecha os olhos e inspira fundo. - e como ela pede assim o faço, mas não sem antes olhar uma última vez para o sorriso dela. Fecho os olhos, inspiro o máximo de ar que consigo e relaxo. É como adormecer no colchão mais fofo e confortável. É como estar de volta ao sítio onde aprendi Bojutsu. É como estar no laboratório ao lado do Tony a ouvir AC/DC, a beber café do forte às 4 da manhã. É como cheirar de novo o cabelo do Peter, com a sua essência a baunilha e mel. É rápido.

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Olá meus amores, tudo bem com vocês? Espero que simmm mm!

Mais um capítulo que espero que tenham gostado, e peço desde já desculpas por temrinar assim, sorry :').
Não se esqueçam de votar, e comentar.

Beijos ^^