Jack

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Amy Morgam Winchester

Peguei minha mochila e a levei para o Impala, Dean a pegou da minha mão e pôs no porta-malas, nós estávamos nos preparando para sair. Comecei a sentir uma forte onda de energia, eu sabia exatamente o que significava.

- Ele vai nascer- eu disse chamando a atenção de Dean, Sam e Mary- temos que ir, rápido!

- Tudo bem, vamos- Dean joga a chave pra mim- você dirige.

Fiquei surpresa por ele me deixar dirigir, mas era justificável, já que estávamos com pressa e eu era a única que sabia onde eles estavam. Todos entraram no carro e eu dei partida, cada vez mais eu sentia que o Jack estava perto e eu precisava estar lá para quando ele nascesse. Pisei fundo no acelerador, temendo que não chegássemos a tempo.

- Ei, vai com calma- Sam repreende.

- Devagar Amélia!- vez de Dean brigar.

Meu coração estava acelerado, minha mãos suavam e eu tentava controlar a respiração. Só consegui ficar mais calma quando vi a placa de seja bem-vindo à Windom, Minnesota.

- Então ela estava aqui? esse tempo todo?- questionou o moreno.

- É, no último lugar onde alguém pensaria em procura-la- respondi. Estacionei na frente da minha antiga casa- chegamos.

- Que lugar é esse?- Mary perguntou quando descemos.

- Eu morava aqui com a minha mãe, antes de tudo.

Corri até a porta e entrei sem bater, eles me seguiram. Castiel estava no último degrau da escada e se assustou quando nos viu.

- Você contou à eles- deduziu o anjo.

- Não tive muita escolha- respondi- e eles prometeram que iam ajudar. Cadê a Kelly?

Ele não precisou responder, por que pude ouvir seus gemidos de dor vindos do andar de cima. Corri até lá e Mary veio comigo.

- Amy, você está aqui!

- Eu to aqui, tá tudo bem- apertei sua mão- acho que você ainda não conhece a Mary.

- Muito prazer Kelly, sou a mãe do Dean e do Sam- se apresentou. Kelly respondeu com um grito de dor. Mary pegou na sua outra mão- tudo bem. Como você está?

- Eu to morrendo- ela sorri- mas tudo bem, você não morreria pelos seus filhos?

- Sim- Mary sorri segurando as lágrimas.

- Kelly, ele tá vindo- digo- tá na hora.

Então ela começa a fazer força para o bebê sair, seus gritos de dor era agonizantes. Kelly começou a brilhar como uma estrela.

- Eu te amo- fora suas últimas palavras.

Uma pequena explosão luminosa jogou Mary e eu longe . Por alguns segundos fiquei inconsciente, mas logo levantei. Kelly estava imóvel na cama, Jack não estava lá, Mary foi até ela e checou a pulsação.

- Ela se foi- me olhou triste, segurei as lágrimas. Um barulho do lado de fora chamou nossa atenção, ela foi até a janela olhar, eu a acompanhei- Lúcifer.

- O que é aquilo?- perguntei apontando para um feixe luminoso que estava perto dos meus irmãos e do Diabo.

- Parece um tipo de portal. Eles precisam de ajuda.

Mary saiu correndo para ajudar meus irmãos, enquanto eu segui em direção ao último quarto do corredor, era meu antigo quarto. Abri a porta devagar, estava tudo escuro, mas no canto do quarto pude ver um par de olhos brilhando. O garoto, que estava encolhido e nu, sorriu pra mim.

- Jack- minha voz saiu como um sussurro. Ele se levantou e chegou bem perto de mim.

- Amy- seus olhos estavam vidrados nos meus. Ele ergueu a mão, eu fiz o mesmo, nossos dedos se tocaram e eu senti um choque. Era uma sensação incrível.

- AMY!- Dean gritou, ouvi seus passos, ele subia as escadas.

Jack e eu abaixamos as mãos, Dean entrou no quarto e assim que viu Jack, sacou sua arma.

- Dean, não!- gritei, mas foi em vão. Meu irmão atirou mas acabou errando por que Sam tentou impedir.

Jack me colocou atrás dele, como se me protegesse, e começou a gritar. Seus poderes fizeram com que os meninos flutuassem no ar, os vidros se quebraram e eu me encolhi no chão, tampando meus ouvidos.

- Jack, para!- tentei gritar. Sam e Dean foram de encontro com a parede e desmaiaram. Me levantei ofegante- o que você fez? você matou eles?

- Não- ele parecia confuso e assustado. Ele pegou na minha mão e ia me guiar para fora do quarto mas eu parei.

- Eu não posso, não posso deixar eles aqui- ele me olha não entendendo- são meus irmãos.

- Eles iam nos machucar.

- Não, eles iam machucar você. Mas é que eles não entendem ainda, eles ficaram assustados, igual você está agora.

- Eu preciso achar meu pai.

- Seu pai? você não pode ir atrás dele.

- Por que não?

- Jack- peguei em suas mãos, eu evitava o máximo possível olhar para baixo já que eles estava pelado- o seu pai não é...um cara legal.

- Mas minha mãe disse...

- Sua mãe só não queria que vocês tivesse uma visão ruim dele.

- Não- ele recua e solta minha mão- você está mentindo.

- Por que eu mentiria pra você?- tento me aproximar, mas ele recua- eu só quero te ajudar Jack.

- MENTIRA- ele gritou, senti meu corpo ser jogado longe. 

E então tudo ficou escuro.


A pequena Winchester IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora