Amy Morgam Winchester
Assim que voltamos ao bunker, eu fui direto pra cozinha tomar um analgésico. Minhas costas latejavam de dor, assim como todo o restante do meu corpo. Mas não reclamei, eu já estive bem pior. Peguei um kit de primeiros socorros e fui até o quarto do Jack.
- Oi- falei quando abri a porta- como você ta?
- Eu to bem- respondeu. Ele se encarava no espelho, aparentemente chateado.
- Você mandou bem lá, salvou minha vida- me aproximei.
- Tudo o que eu fiz foi levar socos na cara. E eu só consegui matar aquele demônio, por que você estava lutando com ele.
- Apanhando dele você quis dizer, todo mundo levou socos na cara- pus a mão em seu ombro- olha pra mim, tenho hematomas até onde não bate sol- brinquei, mas ele não entendeu e me olhou confuso- o que eu quero dizer é que ta tudo bem apanhar de vez em quando, acontece.
- Quando eu tinha poderes eu era capaz de ajudar, eu podia fazer alguma coisa!
- Jack- suspirei. Abri o kit de primeiros socorros, peguei algodão e molhei com álcool- você não tem poderes, e a sua graça vai se regenerar pelo o que o Castiel disse- toquei com o algodão no corte que tinha em sua bocheca- mas até lá...
- Eu sou inútil- parei e o encarei- eu não posso matar demônios, eu não posso achar o Dean, não posso deter Miguel... eu não posso fazer nada- havia lágrimas em seu olhos- eu não tenho nada.
Larguei o algodão em cima da mesa, respirei fundo. Coloquei seu rosto entre minhas mãos e fiz ele me olhar.
- Jack, você nunca esteve tão engando- sorri de leve- você tem a mim. Você tem o Cass, o Sam, a Mary...todos nós. Você tem a sua família. E nós vamos achar o Dean, vamos vencer Miguel e vamos fazer isso juntos, por que é isso que fazemos- acariciei seu rosto- eu te amo Jack.
Puxei-o com delicadeza e selei nossos lábios. Um selinho longo e cheio de amor, meu coração batia forte. As mãos dele pararam na minha cintura, ele me puxou pra mais perto e o selinho virou logo um beijo calmo. E quando nos afastamos, pude ver um brilho em seus olhos, o brilho que sempre surgia quando ele me olhava.
- Eu também te amo Amy.
Ele me amava. E naquele momento, estando só nós dois, era tudo o que importava.
Bom, pelo menos eu achei que estava só nós dois. O som da porta se rangendo chamou nossa atenção, e adivinha só quem era?
- Meggy?- questionei. Ela nos olhava um tanto envergonhada- precisa de alguma coisa?
- Ah...não, eu só...- ela abaixa a cabeça- eu só estava passando. Eu já vou indo.
Então ela sai correndo, me deixando com um grande ponto de interrogação na cabeça.
- Isso foi estranho- comentei.
- A Meggy é legal, e ela foi mais útil que eu hoje.
- Ela ficou escondida enquanto você foi pra luta.
- É, mas...
- Jack, para!- me afastei um pouco- você foi corajoso, okay? Salvou minha vida, isso não significa nada pra você?
- É claro que significa. Desculpe, eu só...- ele suspirou- eu gostaria de ficar sozinho.
-Ta- aquilo tava sendo muito estranho- claro.
Dei as costas e sai de lá rápido, por algum motivo eu estava irritada.
...
Enquanto me olhava na frente do espelho, completamente nua, eu analisava meus hematomas. A lateral do meu corpo estava roxa, e havia alguns cortes por conta das garrafas de vidro que eu cai em cima.
Soltei o meu cabelo, que estava amarrado em um coque, e entrei na banheira. Sam tinha colocado gelo, ele disse que ajudava na dor, e eu fui na onda dele.
Me arrependi na hora em que coloquei o pé lá dentro, mas mesmo assim eu entrei. Meu corpo se arrepiou ao entrar em contato com a água.
Tudo o que tava acontecendo, tanto o lance do Dean possuído quanto o Jack estar estranho, me deixava angustiada. Eu precisava relaxar nem que fosse um pouco, ou eu ia acabar tendo outra crise.
Escorreguei todo o meu corpo dentro da banheira, e me afundei na água. Parecia que tudo estava em paz naquele momento. Ou não.
Mary estava caída no chão, parecia estar morta.
Senti meu corpo esquentar, mesmo estando coberta de gelo.
Um cara baixo e barbudo sorria.
Minha cabeça latejava.
Dean segurando uma arma.
Eu não conseguia me mover. Parecia que eu estava presa no fundo da banheira.
Jack estava ajoelhado no chão, a arma estava apontada pra sua cabeça.
Eu tinha perdido todo o fôlego.
Um tiro.
Levantei num pulo e comecei a tossir, acabei vomitando toda água que eu tinha engolido. Minha respiração estava rápida e ofegante, eu precisava contar ao meu irmão o que eu tinha visto.
Tentei me levantar, mas acabei escorregando e cai de bunda no chão. Eu não sabia se estava tremendo pelo frio ou por causa da visão.
Me apoiei na pia e levantei. Peguei meus comprimidos na prateleira e tomei 3 de uma vez, um comprimido só nunca foi suficiente pra mim.
Sentei no chão, que já estava todo molhado, e esperei até que eu me acalmasse. E quando eu finalmente voltei ao normal, comecei a pensar naquela visão.
A parte da Mary morta eu já tinha visto antes, será que isso estava perto de acontecer? Dean ia atirar em Jack? Agora que ele era humano, ele poderia ser morto. Quem era aquele cara? Dean ainda estava possuído por Miguel?
Era tanta coisa passando pela minha cabeça que comecei a ficar tonta.
- Calma Amy, calma- falei pra mim mesma. Me levantei, vesti um roupão e minha pantufas. E assim, fui à procura de Sam.
A gente tinha muito o que discutir.
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Oi gente!
Eu sei, ta meio tarde pra postar capítulo.
É o seguinte gente, eu sei que estamos de quarentena, mas eu ainda continuo tendo aula por ead.
E tá sendo corrido pra mim por que além de ter que estudar para o enem, meus professores estão passando muita coisa para fazer.
Mas estarei sempre tentando postar diariamente.
Esse é o último livro da Pequena Winchester, mas terá muito mais capítulos que os últimos dois livros.
Então eu só peço um pouquinho de paciência e compreensão de vocês.
É isso, obrigada e até o próximo capítulo !
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A pequena Winchester III
Fiksi PenggemarAmy Morgam Winchester, a profeta. Todos a conhece assim agora, como a garota da profecia. E depois que ela teve mais uma de suas visões, os Winchester terão muito trabalho pela frente. Um Nephilim foi concebido, um dos seres mais poderosos da Terra...