Resfriada

3.3K 338 30
                                    

Amy Morgam Winchester

Acordei suando, com dor de cabeça, garganta irritada, nariz entupido e sentindo o corpo mole. Que maravilha, eu estava resfriada. Levantei com dificuldade e fui fazer minha higiene matinal, e a primeira coisa que vi ao me olhar no espelho foi o meu nariz vermelho.

- Perfeito!- reclamei.

Fiz tudo o que tinha que fazer e vesti um moletom. Amarrei meu cabelo em um coque mal feito e fui para cozinha.

- Bom dia- disse desanimada. 

- Bom dia- respondeu Sam- você tá bem?

- Resfriada- sentei na sua frente- obrigada Asmodeus, seu cretino- falo retoricamente e ele ri- cade o Dean e o Jack?

- Dean foi ajudar a Jody em um caso, e Jack está no quarto.

- Ele está bem?

- Acho que ele só está tentando se acostumar com tudo. Mas nós precisamos treina-lo, ensina-lo a controlar os poderes.

- O que tem em mente?- espirrei- foi mal.

- Você tá bem mesmo?

- To, só preciso de um remédio. Vai passar.

- Acho melhor descansar. Vou fazer um chá, você toma um comprimido e deita um pouco- ele se levanta e coloca a chaleira no fogo.

- Eu não gosto de chá- resmungo.

- Devia ter me escutado quando disse pra você trocar de roupa- revirei os olhos mas não contestei, ele estava certo- agora vai pra cama, e coloca uma meia nesse pé.

- Meu Deus, tá bom mamãe- me levantei e fiz o que ele mandou. Em pouco minutos ele apareceu com uma bandeja com uma caneca de chá, comprimidos e um termômetro.

Tomei o comprimido e bebi um pouco da bebida. Ele pegou o termômetro e colocou na minha boca.

- Daqui a pouco eu volto- ele me cobriu com a coberta e deu um beijo no topo da minha cabeça. Confesso que eu estava gostando desse mimo todo- vou ver como está o Jack.

Então ele saiu. Peguei o meu notebook, que estava na comoda ao lado da cama, e resolvi ver um filme, mais especificamente Kung Fu Panda. Um tempo depois, meu irmão volta.

- Oi- ele tira o termômetro da minha boca- é, você tá com febre. Mas com o remédio que eu te dei, logo vai abaixar.

- Okay, valeu douto- brinco.

- Olha, eu vou começar a treinar Jack, então...se precisar de mim, é só chamar.


Sam Winchester

- Me treinar? pra que?

- Eu vi o que pode fazer Jack, você é poderoso. Mas tem que aprender a controlar isso, precisar ter foco.

- Para eu não machucar ninguém. Amy me disse isso...onde ela esta?

- Ela esta meio indisposta.

- Ela esta bem? eu posso vê-la?

- Ela esta bem Jack, não se preocupe. Ela só precisa descansar um pouco, e você pode vê-la depois que cumprir o desafio, considere isso uma motivação- sorrio.

- E qual é o desafio?

Tiro um lápis do meu bolso e coloco na sua frente.

- Eu quero que mova esse lápis, com a sua mente.

- Só isso?

- É só isso!

Ele lha fixamente para o lápis e fica quase meia hora encarando o objeto, ele ergue as mãos para ver se ajuda, mas nada acontece.

- Eu não consigo! sou inútil.

- Olha, você já tentou se imaginar fazendo isso antes de...

- Não- ele me interrompe- eu não consigo e você fica ai me assustando na espera.

- Quer saber? vamos fazer uma pausa- me levanto- eu vou trazer comida e você fica aqui e relaxa, quando eu voltar nós tentamos de novo.


Amy Morgam Winchester

O filme tinha acabado e eu me sentia melhor, não 100%, mas estava melhor. Levantei da cama e fui atrás de Sam e Jack para ver o que estavam fazendo, encontrei com meu irmão na biblioteca. Ele estava com o computador aberto e lia um livro.

- Tá fazendo o que?- perguntei o pegando de surpresa. Cheguei mais perto e no seu computador pude ver Jack por uma câmera de segurança, ele estava em outro comodo- ta espionando ele?

- Não estou espionando, apenas monitorando-ele me olha- e você devia estar na cama- ele volta a olhar para o computador, porém Jack não estava mais lá.

Sam sai correndo, gritando pelo Nephilim, e eu o sigo. Jack estava escondido no canto da sala, sentado no chão enquanto abraçava as pernas.

- Jack, o que você tá fazendo?- meu irmão perguntou.

- Eu não movi o lápis.

- Eu sei que não é diversão...

- Não, é o oposto de diversão.

- Tá certo, mas por que é tão difícil? eu vi você jogar pessoas pela sala, eu fui jogado pela sala, eu vi você curar minha irmã, vi você abrir a porta para o inferno, e agora nada? não faz o menor sentido.

- Faz sentido, se eu for do mal.

-Se você fosse do mal, por que me curaria?- minha vez de perguntar. Agachei ao seu lado.

- Vão embora, por favor- ele abaixa a cabeça e se encolhe.

- Jack, por que você acha que é do mal?- Sam questionou- quando eu olho pra você, não é isso que eu vejo.

- Mas o Dean vê! Por isso ele disse...que vai me matar.

- Ele disse o que?- Sam e eu perguntamos juntos. 

- E talvez ele deva- ele segura as lágrimas- minha mãe disse que eu posso ser bom, que eu tenho a escolha de ser bom. Só depende de mim, mas ela morreu por minha causa. Eu estou na terra a poucos dias e já machuquei pessoas, eu já fiz várias coisas ruins e por mais que eu tente, eu não consigo fazer a unica coisa boa que você quer que eu faça. Eu devo ser do mal, como Lúcifer.

- Jack- Sam se agachou ao meu lado- Asmodeus está brincando com você, o Dean, bom...nada disso é culpa sua. E eu acho que, depois do que aconteceu, você deve estar com medo de usar seu poder. E eu pressionando, sei que não vou ajudar em nada. O que você acha de pararmos até arrumarmos um jeito melhor?

- Eu acho bom- ele respondeu aliviado. Acabei tossindo e ele me olhou preocupado.

- Eu também to de acordo- me pronuncio, estendo a mão para Jack levantar- vem.

Quando ele tocou minha mão, seu olhos brilharam e todo meu mal estar foi embora. Olhei para Sam e ele entendeu o que tinha acontecido. O Nephilim olhava confuso para a situação.

- Você me curou Jack, de novo!

A pequena Winchester IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora