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Ayla on

Acordo mais um dia, desligo o despertador e vou tomar um banho. Seco meu cabelo e checo as horas. Seis e meia, lá se vai o meu café da manhã. Passo pela cozinha e vejo Bruno e Paloma discutindo na mesma.

- Bom dia, pai - digo dando um beijo em sua bochecha - Bom dia, mãe - faço o mesmo com ela.

- Bom dia, querida - meu pai disse.

- Eu estou atrasada, então já estou indo, tenham um bom dia - eu disse e fechei a porta quando sai.

Minha mochila estava nas minhas costas e a caminhada até a escola dava no mínimo 15 minutos. Eu teria que correr se eu quisesse chegar a tempo.

Mystic falls, quem diria que um dia, eu estaria morando nessa cidadezinha depois de morar em Nova York. Minha vida virou do avesso depois que Paloma e Bruno decidiram se mudar para cá. Mas pelo menos, eu seguia a minha vida com eles e não num orfanato esperando para ser jogada fora.

Nunca conheci meus pais, pelo menos meus pais biológicos. Minha vida inteira foi baseada em mudanças e nenhuma liberdade. Já mudei para 5 diferentes casas nos últimos 16 anos da minha vida. Não conheci direito os primeiros que me adotaram e muito menos os segundos. A terceira família era legal, mas a casa deles acabou pegando fogo e eles não tinham condição de cuidar de uma criança de 6 anos, então fui para a 4 casa quando tinha 7 e fiquei lá até os 10 anos, porém descobriram-se que o cara era um criminoso e assim eu conheci os Gomes, minha quinta família adotiva e que, com certeza, foram os melhores pais que qualquer um poderia ter.

A família Gomes era composta por 4 integrantes, Bruno, Paloma, Angel e eu. Angel era o meu irmão mais velho, uma pedra no meu sapato para falar a verdade, sempre me irritando. Bruno e Paloma, os pais, as pessoas mais incríveis que você poderia conhecer. E eu,
a menina adotiva que é muito amada mesmo não tendo o sangue Gomes.

Cheguei na escola e encontrei minha melhor e única amiga Clary Fray. Cabelos mais ruivos do que uma papoula e olhos mais verdes que uma esmeralda.

- Ayla, que saudades - ela disse me abraçando.

- Pelo amor, Clary, não faz nem uma semana que não nos vemos - eu disse.

- Mas ainda sim, como foi visitar NY de novo? - ela me pergunta e eu conto como foi rever meus amigos e alguns parentes. - Bom, parece que foi uma semana cheia então. - ela disse me abraçando de lado e começando a andar.

- Não muito, mas vamos antes que o sinal toque - eu disse empurrando ela para dentro da sala.

De repente, o diretor entra na sala com um pacote cheio de papel. Alaric Saltzman, duas filhas, separado e com certeza estava a fim da nova xerife.

- Bom dia alunos - ele disse - Como vocês sabem, tivemos uma semana de descanso, mas agora vamos voltar com tudo, e ainda mais, gostaria de apresentar vocês à nova aluna, Lydia Martin - ele disse e a mesma entra na sala e acena. - Era isso mesmo, e a professora irá passar o seu boletim do semestre passado assim que a aula acabar.

Ele finalizou e saiu da sala. Vejo Lydia ir sentar no fundo e depois olho para Clary. Como mágica, lemos o pensamento uma da outra e vamos para o fundo fazer companhia para a nova aluna.

- Oi, eu sou a Ayla e essa é a Clary - eu aponto para a Clary que acena.

- Oi - ela disse.

- Você quer almoçar com a gente? - eu pergunto e ela diz que sim com a cabeça - Ótimo, agora vamos prestar atenção na aula.

Ouço Clary rir bem baixo e ela olha para mim com aquela cara "como se você prestasse atenção" e eu mostro a minha língua para ela.

A aula acaba e a professora passa os boletins, passei em tudo, graças a Deus. "Ayla Gomes, se apresente na sala do diretor. Ayla Gomes" ouço o auto falante falar, fazendo com que todos no corredor olhassem para mim, ótimo.

- O que você fez agora, peste? - Clary me pergunta e começa a rir.

- Eu vou saber? Já volto - eu disse e me direcionei para a sala do diretor.

Bato na porta e ouço um entre. Entro e vejo uma mulher sentada numa poltrona e sento ao seu lado.

- Me chamou, senhor? - perguntei.

- Sim, claro. - ele olha para mim - Como vc sabe, você era uma aluna nova a um ano atrás e eu gostaria que você ajudasse a Lydia a se enturmar.

- Claro, ela vai almoçar conosco hoje - eu disse e coloquei minhas mãos no meu colo.

- Que bom, e mais uma coisa - ele disse e colocou os óculos na mesa - Como você é a única jogadora de futebol americano na escola, gostaríamos que você participasse dos jogos contra outras escolas com o time.

- Eu achei que isso já estava claro, Diretor Saltzman - disse sincera.

- Ah sim, claro - ele disse - Mas queria confirmar com você. Pode ir, Ayla.

Sai da sala e senti o olha daquela mulher nas minhas costas. Fui para o refeitório, peguei minha comida e sentei na mesa junto com Clary e Lydia.

- Bom, o que ele queria? - Clary perguntou.

- Ah, queria confirmar que eu iria participar dos jogos e que eu ajudasse a Lydia a se enturmar - eu disse, a Lydia sorriu e Clary juntou suas mãos.

- Que bom que você vai nos jogos, porque eu, como a líder das líderes de torcida, e a Lydia, a nossa mais nova integrante, estaremos lá para torcer por você - ela disse.

O sinal tocou de novo e isso mostrava que estava na hora das atividades extracurriculares. Fui para o vestiário e me troquei. Fui para o campo e encontrei os meninos.

- Eai baixinha - disse Ethan, um menino mesquinho.

- Cala a boca, Ethan - Eu disse.

- Vamos começar esse treino - o treinador chegou.

Depois de um tempo correndo de um lado para o outro, vejo aquela mesma mulher, agora acompanhada por um homem na arquibancada do ginásio. Estranho.

Assim que o treino acabou, fui para casa. Chegando lá, fiz minha tarefa e fui para a sala onde vi meus pais conversando com um moço. O mesmo homem da arquibancada.

- Damon, por favor, você não precisa fazer isso - minha mãe disse.

- Você sabe como eles podem ser perseguidores quando querem algo, e o que vai acontecer se eu fizer?

- Desculpa, cara - meu pai disse - Mas você não pode simplesmente entrar na minha casa, e falar assim com a minha mulher sobre a nossa filha - ele disse confiante.

- Desculpa, senhor Gomes, não foi minha intenção - o tal de Damon abaixou a sua cabeça. - Só queremos que ela fique bem, a final, ela já tem 16 anos, sabe da profecia.

Entro na sala e todos param de conversar. Olho direito o moço, alto, cabelo escuro, olhos claros, bonito em geral.

- Hum, oi - eu disse tímida - quem é você?

- Eu sou Damon, um amigo de familia - ele disse esticando seu braço para um aperto de mão.

- tá bom então - aperto sua mão - e o que você está fazendo aqui?

- Huummm, então - ele pausou, olhou para os meus pais e depois olhou para mim de novo - você vai morar comigo.

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora