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O quarto até podia ser meu, minhas roupas podiam estar no closet e minhas coisas poderiam estar na escrivaninha, mas não era meu lar e nunca iria ser.

Sentei na escrivaninha e e peguei meu diário. O abri e comecei a escrever.

Querido diário,
Ultimamente você tem sido mais um amigo do que somente um local onde anoto o que me ocorre. Bom, vamos fazer disso uma conversa? Então, acabei de me mudar para Nova Orleans, meus pais, não risca isso, Bruno e Paloma deixaram que me levassem, foi diferente. Enfim, cheguei aqui e estou numa casa com mais de 20 pessoas morando. Vou para uma escola de gente doida, se você me entende e óbvio eu decidi que vou fazer de tudo para eles me expulsarem daqui, porque sinceramente.
Bom foi isso mesmo, Diário. Espero você numa próxima vez.

Fecho ele, tranco e guardo na escrivaninha. Olho para o meu quarto, bom não é exatamente meu. Já sei, vou ajustar ele para o meu gosto. Isso vai ser engraçado.

Entro no meu closet, e começo a procurar minhas tintas, quando eu acho pego a palheta e os pincéis. Coloco um pano somente no chão, não me importo se o resto fique sujo de tinta também.

Fica mais ou menos assim:

Fica mais ou menos assim:

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Fico observando.

- Até que mandei bem - falei para mim mesma.

Guardei tudo de novo onde tinha encontrado e acho uma caixa onde estavam todas as minhas fotos e lembranças dos últimos 6 anos da minha vida.

Vi uma foto de quando eu fui adotada, uma delas de quando cheguei na casa deles. Tinha uma foto de um natal quando eu e Angel queríamos colocar a estrela na árvore, mas acabou que brigamos e ninguém colocou e ficamos sem estrela.

Vejo uma foto, eu com 10 anos, Paloma e Bruno, Angel sentado na minha frente, a mesma moça que falou que sou perigosa e ... AÍ MEU DEUS, Damon. Começo a caçar mais fotos e percebo que ele está em outras fotos coloco todas as fotos com ele e com o outro moço que era muito parecido com ele, e o caço pela casa.

- Damon - eu grito pela sala até encontrar ele num escritório falando com o mesmo cara da foto.

Jogo a caixa na mesa, ela vira e as fotos caem. Olho para os dois e antes que eles possam fechar a porta, faço um movimento com a minha mão e fecho a porta sem precisar olhar.

- O que é isso, querida? - Damon pergunta.

- Não me chame de querida - olho para eles com uma fúria excessiva - Eu quero saber porque vocês estão em metades das minhas fotos. Eu nunca vi vocês na minha vida, e parece o contrário.

Vejo o homem pegar as fotos e Damon só me encarava. As fotos se espalhavam cada vez mais, e isso ia me assustando, ninguém falava nada, até que:

- Onde você conseguiu isso? - ouço o moço falar.

- Estava na minha caixa de fotos de quando estava com a família Gomes - falei - Mas eu não sei quem vocês são, é como se tivessem sido apagados.

Os dois se olham, e depois olham para mim, olham para as fotos e suspiram.

- E fomos - Damon falou.

- Calma, o que? - pergunto sem entender.

- Eu e Stefan fomos apagados da sua memória para protegerem você. Essas fotos foram tiradas um pouco antes de descobrirmos que você estava em perigo. - Damon falou encarando uma das fotos.

- Então, eu já conheci vocês - eu disse me sentando na cadeira.

- Sim, Ayla, nós conhecemos os seus pais adotivos e quando soubemos que eles adotaram outro ficamos felizes - Stefan disse.

- Calma, adotaram outro? - eu falei, não pode ser - Angel é adotado?

- Você não sabia? - Damon perguntou - Nossa, eles só vacilam mesmo.

- Damon, cala a boca. Mas por que? Tipo ele sabe que eu sou, hum, aquilo? Tipo ele sabe que é adotado? - eu pergunto.

- Não, Angel não sabe, ele foi adotado quando ainda era um bebê - Stefan falou - Paloma e Bruno, por serem vampiros não podem ter filhos.

Calma, que? Eles são vampiros? Angel é adotado? Será que eles sabem quem são os meus pais biológicos? Angel então não sabe que Bruno e Paloma são vampiros.

- Você também não sabia né? - Stefan pergunta. Só balanço minha cabeça falando que não.

- Ótimo, contamos tudo o que seus pais deveriam - Damon fala colocando a mão no colo em frustração. - Beleza, tá bom, vou contar um pouco do que eu sei. Angel foi adotado quando seus pais foram mortos na frente do Bruno e da Paloma, depois disso eu não sei muito bem o que aconteceu mas acabou que Bruno se transformou num vampiro e Paloma pediu para ele a transformar. - ele pausa - Nunca contaram ao Angel porque Angel nunca foi um ser sobrenatural e com certeza, conhecendo ele, ele ia surtar se soubesse. Enfim, eles ficaram sabendo que tinha mais uma menina tri - híbrida, e que ela estava solta pelo mundo sem alguém que a guiaria, eles te caçaram que nem loucos e te acharam em NY, depois de vários casos que aconteceram com famílias que você morou. Eles fizeram de tudo para te proteger, Ayla. Entenda isso - Damon finalizou.

Olho para ele e depois para Stefan. Não é possível que eles me caçaram, é? Achei que tudo fosse por acaso, mas parece que não. Calma, ele disse mais uma?

- Damon, volta a fita. Mais uma menina? - eu pergunto encarando ele.

- Hum, é - ele disse, Stefan olhou rápido para ele, como sinal para calar a boca - A outra menina você conhece, Hope.

- Tá, legal. Agora vocês tem as duas tri-híbridas o que vocês querem com isso? - pergunto.

- Queremos proteger vocês - Stefan falou me olhando.

- Tá, e como vocês conheceram os meus pais? - pergunto olhando para as fotos.

- Bom, isso é outra história para outro momento - Damon diz me dando um sorrisinho.

- Beleza, obrigada - falo pegando a caixa e quase saindo.

- Ayla, posso ficar com essa foto? - Stefan perguntou. Era a foto do jantar que eu não lembro de ter acontecido.

- Claro, não é como se eu lembrasse - falei saindo da sala e indo para o meu quarto.

Quando chego lá encontro uma pessoa parada encarando a parede que eu tinha acabado de fazer.

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora