A mikaelson perdida

6

- Oi? - eu falo e ele olha para mim - O que você tá fazendo no meu quarto?

Coloco a caixa na minha cama e vou até ele, era o moço que eu empurrei quando foi para cima do Damon.

- Pode sair por favor? - perguntei juntando as minhas mãos.

- Acho que não fomos apresentados ainda - ele fala chegando mais perto de mim. - Sou Niklaus Mikaelson, o psicopata, como todos falam - ele disse esticando sua mão.

Bato na mão dele e a empurro, de propósito, trombo em seu braço ao ir para o meu closet. Escolho uma roupa e sinto olhos em mim. Viro e vejo o tal do Niklaus e a menina loira do lado dele.

- Você que pintou? - ela me pergunta e aponta para a parede.

- Hum, yeah - falei passando por eles e indo para o banheiro.

- Ficou lindo, né Klaus? - ela fala e olha para o cara do lado dela.

- Sim, Rebekah - ele fala olhando para ela - Não sabia que você desenhava - ele falou e olhou para a parede de novo.

- Ele também pinta e desenha - Rebekah falou e sorriu.

- Tá bom, então. - eu falo e pauso por um momento- Vocês podem sair, não querendo ser grossa nem nada, mas é que eu quero tomar banho.

- Claro, querida - Rebekah falou e ia beijar minha testa, só que decidiu não fazer.

Klaus não falou nada, só saiu pela porta e Rebekah o seguiu. Entro no banheiro e fecho a porta. Ligo o chuveiro, e enquanto a água esquenta decido uma música para ouvir enquanto tomo banho. Decido colocar Put it to bed do JHart.

Entro no chuveiro e tomo um banho rápido enquanto faço um pequeno show para pessoas imaginárias. Saio do banho e estava tocando Bad kind of butterflies da Camila Cabello. Me troco, colocando uma roupa bem confortável, um camisetão que peguei do meu pai e um shorts de ginástica de quando eu tinha 12 anos.

Saio do banheiro e vou para o closet para colocar minha roupa no cesto, quando eu ouço uma voz atrás de mim.

- Mas que caralhos você está vestindo? - ouço a voz e me viro levando um susto.

- Uma roupa? - falo sarcasticamente.

- Isso não é uma roupa, isso é literalmente uma blusa, sem sutiã, e um shorts que parece mais uma calcinha boxer - Klaus falou apontando para a minha roupa.

- Quem é você na fila do pão para falar da minha roupa, Niklaus? Você não é o meu pai! - grito.

- Eu sou o seu pai! - ele grita mais alto e os olhos dele começam a mudar - Eu sou a porra do seu pai, então eu sou alguém na fila do pão - ele fala num tom baixo, o que faz tudo ficar mais bizarro.

- Não, você não é - eu disse colocando as minhas mãos no meu lado. - Não, não, não.

Agora, eu estava entrando no momento em que eu fico repetindo e só num estado de choque onde eu não consigo pensar direito.

- Ayla, calma - ele fala, e com certeza não está ajudando. - Ei, tá tudo certo, calma.

Ele se aproxima e eu aponto um dedo para ele, mandando-o ficar parado. Ele não me obedece e se aproxima ainda mais. Eu só sei que eu dou um berro e ele voa para trás.

- Cala a boca - Eu grito.

Ouço passos vindo para o meu quarto mas não consigo colocar meus pés no chão. A porta é aberta, e vejo Rebekah, Damon e Stefan, Hope e mais duas pessoas.

- Ayla, Ayla, sou eu, Damon - ele fala tentando chegar perto de mim. - Calma, sou só eu.

Começo a me sentir fraca e as lágrimas voltam para o meu rosto, quase caio no chão, mas antes de colidir com o mesmo, Damon me segura. Começo a chorar que nem um bebê que foi abandonado no meio da chuva, como aconteceu comigo.

Stefan vem para o meu lado e passa a mão no meu cabelo. O resto vai ver como Klaus está, ainda meio desnorteado, ele se levanta e vem até mim. Stefan o para no meio do caminho, e faz que não com a cabeça.

- Eu quero falar com ela - Niklaus falou.

- Ela não está em condição de conversar, você não acha? - Damon falou friamente.

-  Ela é minha... - ele ia falar mas uma moça com cabelos escuros, provavelmente mãe da Hope, colocou a mão em seu ombro e todos se retiraram exceto os dois Salvatores.

- Ah, bebe, não fica assim - Stefan falou. Sinto Damon se mexer e fazer o sinal de silêncio.

Me pega no colo e me leva para a cama. Ele deita comigo e Stefan senta do meu outro lado. Sinto alguém passar a mão no meu cabelo, e eu começo a me acalmar. Pego no sono em um instante.