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Ayla on

- Vocês estão bem? - Hope perguntou.

- Sim - Freya respondeu.

- E vocês já sabem disso, não é como se vocês não estivessem ouvindo a conversa - eu disse, mesmo sendo grossa e revirando os meus olhos. - Vocês têm essa mania, não é?

- Sim - Klaus falou com suas sobrancelhas arqueadas - Nós temos.

- Nós só queríamos saber se você estava bem - Hayley falou - Só isso, desculpa se te incomodamos.

- Não me importa - eu falei e me virei para Hope - Hope, você pode ver se você tem a mesma marca, por favor, isso é importante.

Nós duas entramos dentro do quarto e fechamos a porta. Hope vai até o espelho enquanto eu ando de um lado para o outro.

- Você quer parar de andar? - Ela perguntou irritadiça.

- Desculpa - eu falei.

Ela levantou a blusa dela e viu uma leve marca parecida com a minha. Eu suspirei alto assim como ela. Ela me olha pelo espelho e vê minha cara de preocupada.

- Isso é bom ou ruim? - ela me perguntou.

-Me disseram que é a marca é boa, mas eu reconheço ela de uma memória minha, que realmente não é boa - eu disse.

- Você conhece a marca - ela afirmou.

- Pelo jeito parece que sim - Eu falei confirmando - Eu não me lembrava que eu a conhecia, mas me trouxe uma lembrança de quando eu era menor. A marca pode curar as pessoas.

- Mas...? - ela perguntou.

- Mas ela traz consequências - eu disse - Tanto a pessoa que curou quanto a pessoa que foi curada. Além do mais, a marca mesmo que seja boa, pode ser usada para o mal. A pessoa pode tirar o que é bom de outra pessoa quando usada erradamente.

- Volta para a parte de consequências, por favor - Hope falou, vimos a família entrar dentro do quarto se acomodando.

- Bom, eu não me lembro muito bem - eu começo - Mas tem alguma coisa haver com o tudo que vai, volta. Depois de um tempo a pessoa que curou o machucado ou a ferida, vai passar por algo parecido, ou até pior.

- Como você sabe disso? - Rebekah perguntou.

- Bom, essa lembrança voltou para mim, eu era pequena e eu estava brincando na chuva e eu literalmente quebrei a minha canela e não parava de sair sangue - eu disse olhando para a parede tentando lembrar o que tinha acontecido. - Me lembro da minha vizinha vindo até mim e marca dela brilhou quando ela encostou em mim. A dor parou e eu não via mais o machucado. Me lembro dos filhos dela me vendo pela janela com um olhar esquisito e eu sabia que aquilo não era nada bom. Depois de uns dias, era madrugada, me lembro dos gritos vindo da casa ao lado, eu não tinha a menor ideia do que estava acontecendo, mas eu me lembrava dos mesmos gritos que eu dava por conta do machucado. Tudo estava interligado.

- O que mais você sabe sobre essa marca, Ayla? - Elijah perguntou.

- Não muito, mas eu posso dar uma pesquisada - eu falei - Talvez se eu ligasse para a Clary, seria mais fácil.

-Não - Klaus falou.

- O quê? - eu perguntei.

- Você não vai ligar para essa tal de Clary - ele disse.

- E por que não? - falei com as minhas sobrancelhas arqueadas.

- Porque eu disse que não - ele falou.

- Ah é, como se eu me importasse pelo o que você fala, não é mesmo? - eu falei debochada.

- Olha aqui, menina. EU sou seu pai, se eu digo que você não vai ligar para essa menina você não vai. Fim de conversa - ele falou.

- Beleza, vamos ver se funciona assim - eu disse ja saindo do quarto e batendo a porta.

Voei para biblioteca e tranquei a porta dela. Pelo que parece só eu uso ela enquanto está tendo aula. Separo uns livros que falam sobre marcas antigas e lendas e pego o meu telefone, graças que eu lembro o numero dela de cor.

- Atende, atende, atende - Eu implorava para o telefone.

- Alô? - Ela perguntou.

- Clary, ai meu deus - eu disse quase gritando - Que saudades.

- Ayla, é você? - ela perguntou e ouvi vozes vindo do telefone - Porque se for você, eu vou te caçar e te matar - eu ri dela pelo telefone -É sério, você sumiu já faz quase um mês, não deu notícias e agora você decide me ligar.

- Desculpa, docinho - eu disse - Mas eu preciso de um grande favor seu, por favorzinho.

- Ah mais não mesmo - ela falou, ouvi alguém gritar o nome dela e ela responder um 'cala a boca, Jace'.

- Quem é o cara dona Clary? - eu falei - Só porque eu fui embora não quer dizer que você pode me trocar por qualquer um. - eu disse e ela riu.

- Bom, como você disse você foi embora, então na teoria eu faço o que eu quiser - ela falou - E não, eu não vou te ajudar com nada.

- Você ainda está falando com a Lydia? - eu perguntei.

- Sim, quase todos os dias - ela falou - Mesmo que eu tenha mudado para Nova York, a gente ainda conversa, diferente de você.

- Calma, você se mudou para Nova York? - eu perguntei.

-Sim, já faz mais ou menos duas semanas, um pouco depois de você vazar - ela falou - Mas enfim, como tem sido ai?

- Uma bagunça - eu falei e suspirei.

- Por quê? - el me perguntou.

- Eu descobri quem são os meus pais biológicos - eu falei e ela fez um barulho esquisito que mostrava que ela estava surpresa - É eu também não acredito e eles são cheios de problemas, supostamente eu tenho uma irmã gêmea, o que não faz o menor sentido.

- Calma, eles ficaram com a sua gêmea e não você? - ela perguntou - Que babacas.

- Pois é, né? - eu falei e dei uma risadinha - Mas não tem problema. Agora sério, eu preciso da sua ajuda.

- Tá bom, fazer o que não é mesmo? - ela falou sarcasticamente. - Qual é o problema?

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora