A mikaelson perdida

15

Ayla on

- Eu é que deveria estar fazendo essa pergunta. - ela disse e sorriu para mim - Como  você está se sentindo? Isso é um corte?

- Eu to me sentindo como se eu tivesse caído de um penhasco do céu para o inferno e depois sido pisoteada por búfalos, e sim é uma facada - eu falei e também sorri - Eu que estava sendo torturada, e você é quem estava sentindo a dor.

- O que? - Ela perguntou.

- É - ela falou - Freya falou que com o tanto de magia que estava em minha volta, eu acabava sentindo metade do que deveria, e você sentia tudo. Então de novo, como você está?

- De verdade, aliviada que você está viva - ela disse com um sorriso fechado - E totalmente dolorida. Que bom que você não sentiu a dor.

- Nossa sim, eu mal conseguia enxergar, mas era agonizante. Eu vi a faca entrando no meu ombro e girando. - eu falei e coloquei a mão no meu ombro.

- Você viu o rosto? - Lizzie perguntou.

Faço que não com a cabeça. Não queria comentar muito sobre o ocorrido, queria jogar aquelas memórias na lata de lixo e queimar elas. Ouço uma leve risada, olho para trás e vejo Freya com a mão na boca. Ela leu os meus pensamentos.

- Isso não é legal, Freya - Eu falei olhando para ela.

- O que ela fez? - Josie perguntou.

- Nada - digo e olho para as três - Eu só to feliz de ver você bem, Hope. E obrigada, família por me achar e me tirar daquele buraco. Mas se não tiver problema, gostaria de ir para o meu quarto descansar.

- Pode ir - o enfermeiro falou - Mas você vai precisar vir a semana inteira para eu poder checar o seu machucado.

Eu faço que sim com a cabeça e saio de lá mancado. Vou em direção para o meu quarto. Chegando lá, eu simplesmente me deito na cama e caiu num sono profundo.

Klaus on

Ayla sai de lá sem falar outra coisa, ou qualquer coisa que importasse. Se antes já era difícil de falar com ela imagina agora que ela sofreu um acidente traumático.

- Ela não tá bem, né? - Lizzie perguntou.

- Não, querida, ela não está - Caroline respondeu com a maior paciência.

Sento na cadeira derrotado. Não sabia o que ia fazer, ou o que tinha que falar para ela. Ela não se importou se estava doendo ou qualquer coisa, ela se importou se Hope estava bem. Ela saiu gritando pela Hope e não se importou com mais nada.

- Você tá bem, Nik? - Rebekah perguntou para mim e sentou do meu lado.

- Eu não sei - Eu disse olhando para o chão - Eu podia ter perdido ela, e a Hope, eu não ajudei com nada, eu não pude fazer nada.

- Não fala isso, Klaus - Hayley falou. - Você encontrou a Ayla e estava aqui por ela, você fez o que tinha que ser feito.

- É mas o cara que fez isso com a minha filha ainda está por aí - Eu disse.

- Mas isso vamos resolver depois - Elijah falou. - Agora, vamos nos preocupar com a sua filha, com as suas duas filhas. - E aponta para a Hope no final do corredor que estava sem esperança.

Me levanto e caminho até ela. Chegando, olho para Hope e a abraço. Passo a mão no cabelo dela, enquanto ela voltava a chorar.

A cena era deplorável, quase. Um pai que não conseguiu proteger as filhas, abraçando uma delas e chorando. Eu estava completamente fraco e perdido.

- Não chora, pai - Hope falou com a voz embargada - Ela tá bem.

- Eu sei é que ... - não terminei a frase, não conseguia.

- Eu sei, pai, eu sei - Hope falou. - Vamos embora.

Saímos da enfermaria, e enquanto os outros iam para casa, Hope, Hayley e eu fomos para o quarto que Ayla e Hope estavam dividindo. Entramos, tentando não fazer barulho e vimos Ayla dormindo na cama da Hope.

Passo minha mão na cabeça dela e tiro um fio de cabelo do rosto da mesma. Acaricio seu rosto e Hayley mexe no cabelo dela. Hope fica olhando.

- Vocês fizeram isso comigo também? - ela perguntou e eu sorri fracamente.

- Quando você era menor, todas as noites - Eu disse e Hayley olhou para mim.

- Podemos ficar aqui, só mais um pouco? - Hayley perguntou e ficou olhando para Ayla.

- Claro, mãe - Hope falou - Vou deitar na cama da Ayla.

Hope deita e logo já dorme. Eu pego a Hope no colo e deito ela na cama com a Ayla. Hayley entende o que  eu quero fazer e me ajuda a juntar  as duas camas. Colocamos as duas meninas no meio da cama, eu deito do lado da Ayla e Hayley feita do lado da Hope.

Éramos um sanduíche. E as meninas no meio eram as pessoas mais importantes para gente naquele momento.

- Nós tivemos sorte, né? - Eu perguntei.

- Não foi sorte - Hayley falou - Nós sabíamos o que tínhamos que fazer e agora nós estamos aqui com as duas, que vão ficar bem.

- Eu sei - Eu disse - Mas não era só disso que eu estava falando.

- Eu sei - Ela falou e percebi que ela estava sorrindo - Nós temos muita sorte.

Olhei para as duas meninas deitadas na cama. Eu estava muito feliz de ter achado Ayla, minha filha.

- Eu ainda não acredito que temos uma segunda filha - Hayley falou.

- Eu ainda não acredito que Hope a encontrou - Eu falei - Mas eu vou ser eternamente grato por isso.

————————————————————————

Gente, feliz ano novoooooooooo!!
Eu queria agradecer pelos 1 mil de visualizações, vcs são incríveis na real.
E desculpa pelo capítulo pequeno, mas é o primeiro do ano e tem mais para vir.

XOXO
Bia