2

19.4K 1K 680
                                        

Ayla on

- O QUE?!? - perguntei gritando - como assim? Mãe, pai, vocês vão deixar? - eu perguntei olhando para eles, mas eles não olhavam para mim.

- Desculpa, querida - meu pai disse - é a melhor opção, você vai entender.

- Não, eu não vou - eu disse olhando para eles e depois para Damon - Eu não vou, eu não - lágrimas começaram a escorrer do meu rosto e eu sentei no chão.

Vejo Angel entrar na sala e ele me abraça no chão. E fica comigo lá, me vendo chorar e repetindo que eu não ia embora.

- O que tá acontecendo? - ele perguntou.

- Sua irmã vai morar com um amigo nosso por um tempo - minha mãe disse.

- O quê? - ele perguntou indignado.

- Sim, ela vai morar com os Salvatores por um tempo - meu pai disse.

- Por favor, papai, não me deixe ir, por favor - nesse ponto eu já estava implorando.

- Pai, você não pode estar falando sério, com ele? - ele disse apontando para o cara.

- Sim, comigo - ele disse - Vamos, Ayla, suas malas já estão no carro.

Ele disse e saiu da casa, ouço o motor do carro ligar e olho para a minha família.

- Vocês vão mesmo me abandonar? - eu pergunto olhando para Bruno e Paloma.

- Não temos outra escolha, querida. Você vai entender o porquê de estarmos fazendo isso, eu sei disso. - Paloma falou.

Senti Angel passando a mão no meu cabelo e fazendo carinho, eu olho para ele.

- Vou sentir saudades, pulguinha - ele disse e sorriu, vi que ele iria começar a chorar.

- Não chora, chato. Já basta eu chorando - digo me levantando.

Abraço Angel, mas me nego a chegar perto de Bruno e Paloma.

- Obrigada pelo o que vocês fizeram por mim nesses últimos seis anos - eu disse e sai daquela casa.

Entrei no carro e fechei a porta. Olhei para o desconhecido sentado ao meu lado, e apontei para o volante indicando para ele que ele deveria começar a rodar o carro.

- Eu sei que você deve estar muito brava agora, mas por favor tente entender o lado dos seus pais- ele disse.

- Eles não são mais os meus pais - eu disse seca. - E mais, eu não estou brava, eu estou puta, e com certeza com vontade de bater em alguém e causar o caos.

Olho para ele e vejo medo nos seus olhos. Bom, não era essa a reação que eu queria, mas da para o gasto.

- Agora me diga onde fica a sua querida casa - eu digo.

- Nova Orleans - ele falou olhando para a rua.

- O QUE? - eu grito dentro do carro, o que faz ele frear imediatamente.

- Que susto menina - ele falou e colocou a mão no coração.

- Eu não posso nem me despedir das minhas amigas - falei olhando para ele, o mesmo olha para mim.

- Onde elas moram? - ele pergunta

Depois de uma volta chego na casa da Clary, ela já está na porta da sua casa e quando saio do carro, vou correndo até ela, já chorando assim como ela, e nos abraçamos muito forte.

- Desculpa docinho - eu disse - Eu vou ter que ir embora de novo, por um tempo indefinido.

- Por quê? - ela me pergunta e olha nos meus olhos.

- Ainda não sei o porquê, mas vamos sempre estar conversando pelo telefone e .. e também - eu não conseguia falar.

- Sim, vamos sim. Te amo muito, Ayla - ela me fala e abraça de novo.

- Eu tenho que ir, docinho - eu falo.

Eu viro e quando olho para trás, vejo Clary sendo consolada por sua irmã mais nova Max. Eu vou sentir saudades dela.

- Acabou o show? - Damon pergunta quando entro no carro.

Não respondo e não falo nada até chegarmos em Nova Orleans. Chegamos numa mansão e eu saio do carro, Damon pega as minhas malas, vulgo duas bolsas, e entra na casa, o sigo.

Ao entrar, vamos para a sala e vejo a mesma mulher que estava na escola ontem. Depois subimos alguns degraus e chegamos num corredor com várias portas, uma delas estava aberta e eu vi um studio com várias pinturas e desenhos.

- O seu quarto é aqui - ouço Damon falar e me mostrar um quarto lindo. - Amanhã você irá para a escola Salvatore junto com a Hope e você terá seu quarto lá também.

Olho para ele e aceno com a cabeça mostrando que entendi. Ele sai do meu quarto e eu sento na cama e olho em volta. Como eu deixei isso acontecer?

Pego a primeira coisa que vejo, um abajur, e jogo na parede. Antes que alguém consiga entrar, tranco a porta da varanda e a porta. Pego mais alguns objetos e começo a jogar contra a parede ou no chão ou até mesmo no teto.

Caio de joelhos nos cacos de vidro e só choro. Ouço várias batidas na porta e gritos vindo do outro lado. Mas acabo pegando no sono no chão e durmo lá mesmo com os cacos de vidro.

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora