A mikaelson perdida

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Ayla on

- Eu entendo - meu pai falou da porta.

Ele estava me espionando? Ou será que a Josie só estava aqui para me prender a tempo que ele chegue? Acho que não, porque ela também levou o susto.

- O que você está fazendo aqui? - eu perguntei olhando para ele, Josie vira para a porta e o vê.

- Acho que eu vou indo - ela falou.

- Não, Josie, por favor - eu falei segurando o punho dela, mas ela encara o meu pai, que fazia uma cara ameaçadora.

- Eu vou, Ayla - ela disse - Depois a gente continua a conversa.

- Não precisa ter medo dele, Jô - eu falei - Por favorzinho.

- Ayla, ela já falou que não - ele disse, dessa vez olhando para mim. - Deixa ela ir.

- Ayla - ela começou e sussurrou - conversa com ele, e tenta, só tenta, se entenderem, porque vocês precisam estar bem para o que vai vir. Okay?

- Ta bom - eu falei relutante - Você pode ir, e eu acho então que você fica né?

- Isso mesmo, minha filha - ele falou e Josie saiu dali mais rápido que um raio.

- O que você quer? - eu perguntei ainda sentada no chão.

- Primeiro, eu quero pedir desculpa pelo o que eu falei na biblioteca- ele começou e se aproximou de mim, sentando no chão - e segundo, eu quero que você me explique o que te faz achar que nós, especialmente eu, não entenderíamos o que você quer que entendemos.

- Eu aceito as suas desculpas - eu comecei - E eu peço também desculpa, porque você me deixou muito irritada, eu só queria ajudar, entendeu? Eu sei que parece mimimi, mas eu estou agindo assim, porque vocês não me deram tempo para agir de outra maneira. Eu não sabia da existência de monstros, bruxas, vampiros e qualquer coisa do tipo, eu era uma garota normal que sofreu vários traumas, não sabia quem era seus pais de verdade, se sentiu abandonada, e que teve algumas de suas memórias apagadas para exatamente não saber desse lado do mundo, o submundo.

Eu parei um pouco, e pude perceber que ele começou a soar e eu juro que podia ouvir o seu coração bater mais rápido. Ele estava ficando estressado com a conversa e apreensivo.

- O que eu to tentando dizer é - eu continuei - que vocês não podem simplesmente querer que eu aceite o que está acontecendo de braços abertos. Vocês já deveriam ter noção de que não seria um encontro feliz ou nada do gênero. Eu não queria estar aqui, eu não queria ter descoberto quem meus pais são ou o que eles são. Sabe? Eu passei a minha vida toda com o sentimento de não ter sido o suficiente para vocês, e quando eu finalmente consigo superar, vocês aparecem. Uma parte de mim já aceitou que eu vou ter que lidar com vocês, mas a outra não quer esquecer o que aconteceu.

- Posso te interromper por um instante? - ele me pergunta e eu faço que sim com a cabeça - Eu jamais te abandonaria se eu soubesse que você estava viva, ou melhor que você existisse - ele disse olhando nos meus olhos.

- Eu não acredito que eu estou falando isso, mas eu acredito em você, Sr. Mikaelson- eu falei para ele - Mesmo não querendo, eu realmente não queria acreditar nisso, mas agora eu sei que não foi culpa de vocês, sabe? E eu me sinto tão mal, porque assim como eu não tive uma chance com vocês, vocês também não tiveram uma comigo. E eu só estou dificultando tudo, porque vocês estão pelo menos tentando me fazer sentir em casa, vocês também nunca souberam de mim.

Eu terminei de falar e ele fez que sim com a cabeça, ele estava cansado assim como eu. Olhava para ele e podia ver a dor que ele sentia.

- Klaus, a única coisa que eu queria era tempo - eu disse - Mas quanto mais eu quero parece que menos eu tenho, pelo amor de Deus, tem um cara tentando matar todos os sobrenaturais, e eu e voce temos que parar ele, eu não tenho tempo para absorver nada, eu to brava com tudo. Eu to muito brava, e as vezes eu só quero que o mundo exploda, e com certeza eu quero que essa pessoa exploda.

- Ah, disso nós concordamos - ele falou - eu quero que essa pessoa queime no inferno.

- Ótimo - eu disse - mas eu sozinha não vou conseguir acabar com ele, eu não sou treinada para isso, eu não tive tempo para aprender a lidar com esses poderes. E por isso que eu, na maioria das vezes, preciso de ajuda. Não importa se vai vir de vocês ou de alguém que eu já conheço, como a Clary. Eu precisava falar com ela, então me deixava falar. O que iria custar?

- Ayla - ele começou - Não é que eu não queria que você conversasse com ela, o problema é o que você iria falar, quase ninguém sabe que existimos, e se alguém souber pode ocorrer o que está ocorrendo agora. E - ele parou e colocou a mão na nuca - eu estava com medo de que você ligaria para ela, para ela vir te buscar e você ir embora.

- Ah, pelo amor de Deus, eu to nessa bagunça também, se você não sabe. Eu também posso morrer, não só vocês. - eu digo - E se eu posso ajudar, eu não vou fugir, eu vou ficar e dar o meu melhor.

- Desculpa de novo, Ayla - ele falou - Eu sei que eu não sou o que você esperava como pai, e me desculpa por não ter te dado o tempo que você precisa, mas eu estou tentando.

- Eu sei - Eu falo - Então, vamos vol...

Eu paro a frase quando ouvimos um grito vindo do meio do mato. Alguém iria morrer.

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Gente desculpa, não consegui postar ontem, eu estava numa festa que eu esqueci totalmente que eu tinha, e desculpa.

Esse capítulo não está tão comprido, como a maioria, mas era para ser um coisa meio conversa entre pai e filha sabe?

Mas enfim, agora vai começar o problema mesmo, eu to sentindo. Espero que vocês gostem.