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- O o quê? - gaguejo - O que você disse?

- Tá com medo de um vampiro? Sabe caninos, chupa sangue - ele falou chegando perto de mim.

- Um vampiro? - pergunto me afastando um pouco.

- É, o que você espera de uma escola cheia de seres místicos? - ele pergunta e ri, todos começam a rir também.

- Eu preciso ir- disse me virando e saindo correndo de lá.

Entro na escola e procuro um banheiro, me tranco dentro dele e começo a hiperventilar. Como assim? Quê? Eu não sou mística, pelo contrário sou bem normal. O que eu to fazendo aqui? Começo a chorar e quando vejo já estou no chão. Coloco a mão no meu rosto e me lembro das supostas feridas que deveriam estar ali, mas não estão.

- Como ... - sussurro.

Me levanto e me olho no espelho, não tinha nenhum machucado. Levanto minha blusa e vejo pequenos cortes no lugar de cortes que precisariam de pontos.

Ouço alguém bater na porta, provavelmente deveria ter mais gente além de uma pessoa. Lavo o meu rosto, me arrumo para parecer que eu não tive um pequeno breakdown, destranco a porta e coloco um sorriso no rosto.

- Como posso ajudá-los? - pergunto irônica.

Vejo no mínimo seis pessoas na minha frente, uma delas sendo a Hope e a Diretora.

- Você está bem? - Caroline me pergunta.

- Sim, mas eu gostaria de ir para casa, se não for pedir muito - falei saindo do banheiro.

- Hum, claro, sim, pode ir - Caroline diz passando suas mãos no terno - Hope, poderia levá-la?

- Não há necessidade, sei como chega lá - digo indo em direção a porta.

Saio daquela escola e vou para a direção contrária da casa de Damon, procuro um telefone de fio e encontro. Disco o número dos meus pais, porém cai na caixa eletrônica. Bato o telefone e olho para a rua, estava vazia.

Sinto um vento forte e olho para o lado, encontro Damon. Olho para ele, sem entender como ele chegou tão rápido.

- Ayla, por que você não está na escola? - ele me pergunta e me encara.

- Por que eu não estou? Acorda, Damon, eu acabei de descobrir que aquela merda é para seres sobrenaturais, eu no tenho nada a ver com isso, quem você acha que eu sou? - olho para ele espantada. - E o pior, eu aposto que você sabia, não é possível que esteja se fazendo de besta.

Ele olha para mim com muita dúvida em seu olhar. Eu tenho certeza que ele sabia, não tem como ele não admitir isso.

- Calma, você não sabia? - ele pergunta olhando para a rua pensativo - Mas, mas como? Bruno e Paloma falaram que você sabia. - ele me olha.

- Sabia o que? - eu pergunto.

- Eles nunca te contaram, ou contaram e algo traumatizante lhe ocorreu para você esquecer - ele falou me olhando.

- Nunca me contaram o que, Damon? - pergunto começando a ficar nervosa.

- Ayla, você tem muito a ver com isso, você é uma tri-híbrida - ele fala.

- Uma o quê? - pergunto.

- Uma tri-híbrida, lobo, bruxa e vampira. Você é extremamente poderosa e perigosa - ele fala me encarando.

De repente, me sinto leve e caio no chão fechando os meus olhos. Tenho uma lembrança:

Mamãe e papai estavam comigo num parque quando uma mulher chega perto deles e começa a falar com eles quase sussurrando. Depois que acaba, vem até mim e agacha.

- Olá, Ayla. Acabei de falar com seus pais adotivos, e agora vou falar com você. Como você sabe, seres sobrenaturais vivem conosco, como lobisomens, vampiros, bruxos e outros - ela para e eu arregalo meus olhos - Eu sei que você ainda é muito jovem, só tem 11 anos, mas você precisa entender que vão atrás de você, por você ser muito poderosa.

Ela levanta, olha para os meus pais e para mim e vai embora. Meus pais chegam perto de mim, minha mãe pega minha mão e meu pai me abraça de lado.

- Querida, você está bem? - ele pergunta.

- Papai, do que ela estava falando? Como assim vampiros, lobisomens? E eu poderosa? - eu começo a perguntar e a pensar demais.

Sinto uma energia passar por mim e a sair do meu corpo com um grito meu. Não me lembro do que aconteceu pois eu desmaiei no processo.

- Ayla, Ayla, acorda, pelo amor - Damon fala me chacoalhando, abro os olhos.

- O que aconteceu? - pergunto para ele.

- Graças, você ainda está viva, achei que já teria que falar para seu pa..., quer dizer, Klaus e os outros que você morreu - ele falou e colocou a mão no coração.

- Damon, eu lembrei - Eu pausei era muita coisa - eu me lembro, veio uma moça e falou que alguém vai vir atrás de mim.

- Eu sei, querida - ele falou - Mas, o importante agora não é isso, e sim o que você vai falar para a escola inteira e para o resto do povo que você está morando, todos achavam que você já sabia.

- Eu nem sei como os meus poderes funcionam direito - eu falo para ele.

- Vamos para casa e conversamos direito lá - ele fala me ajudando a levantar.

Fomos andando até a casa em silêncio. Chegamos lá, e vi todos na sala, mal olhei para eles antes que visse um vulto passando por mim e pegando no pescoço de Damon. Sem pensar direito, eu empurro quem foi que encostou no Damon e como fui uma surpresa ele caiu no chão.

- Mas que porra? - eu falo meio perguntando. - Eu acabei de voltar de um grande problema que no caso o Damon me ajudou a resolver, então quem quer que for você, por que porras você acabou de atacar ele? - eu falei quase gritando.

Olho para o resto da sala e percebo que eles estavam me encarando. Sinto alguém me puxando para trás. Era o Damon, me puxando para longe daquele cara loiro. Tiro sua mão do meu braço e olho para o loiro.

- Eu não sei o seu nome ainda, mas vai se foder - eu digo bem baixo para que somente ele ouvisse, mas sabia que os outros eram vampiros também então não fazia nenhuma diferença.

Sai de lá batendo o pé e ainda quando cheguei no meu quarto bati a porta e tranquei. Sentei na cama e percebi que alguém limpou o meu quarto e arrumou as minhas coisas no closet que tinha no meu quarto.

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora