Ayla on
Não é que eu até possa ter sido útil? Não acredito que eu fiz aquilo, realmente. Mas se for com esse ritual que estamos lidando, ferrou. Mesmo as chances sendo baixas, é possível, e se já começou vai ser difícil de quebrar.
Vou para a biblioteca e pego o pano, o rodo, uma vassoura e um balde com água. Vou ter que trabalhar até limpar tudo e depois vou ter que ajudar na cantina, ótimo.
Graças a Deus, não tem ninguém na biblioteca e assim eu posso trabalhar mais rápido. Coloco meu fone de ouvido e coloco uma música para ouvir enquanto limpo o lugar.
Eu gostaria de falar que primeiro parecia ser mais pequeno do que realmente era e que depois de quatro horas, sem interrupções eu consegui limpar mais da metade da biblioteca.
Continuo a limpar e dançar um pouquinho, quando eu sinto alguém me observando. Tiro o fone, e percebo que o volume estava extremamente alto, e olho para a porta. E lá estava ele, Klaus Mikaelson em toda a sua glória, se achando.
- O que você quer? - eu falo num tom debochado e me viro para a vassoura continuando a varrer.
- Como você sabe disso tudo? - ele fala e vai para a minha frente extremamente rápido.
- Como eu já mencionei antes, eu tenho uma amiga fascinada por sobrenatural, literalmente doidinha - eu falo dando uma risadinha e olho para ele de novo - Só isso?
- Não, eu também quero saber como você sabe que pode ser isso? - ela fala e respira - Pode ser qualquer ritual, por que você acha que é esse?
- Não sei, pode ser outro, mas me fala como foi que elas foram mortas - eu falei - Tiraram a língua delas antes de matar? - ele fez que sim com a cabeça - Depois bateram na cabeça dela com um ferro? - Ele diz que sim de novo - Amarram elas numa árvore? - mais um sim - E por último, cortaram a cabeça e prenderam num galho do lado do corpo? - ele relutante fez sim com a cabeça- É com certeza esse ritual.
Ele me olha como se eu fosse doida, continuo a limpar sem me preocupar com ele. Mas parece que ele estava lá para me irritar.
- Posso te fazer uma pergunta? - ele me pergunta.
- Já não está fazendo? - eu falo e o encaro.
- Muito engraçado, hein? - ele dá um risada debochada e olha para mim - Você já tentou entrar em contato com os seus pais adotivos?
Eu paro tudo que estava fazendo e levanto o meu olhar até ele. Não estava esperando essa pergunta, realmente não estava.
- Não - eu digo grosseiramente - E eu fiquei sabendo que eles mudaram o número de celular e mudaram de lugar - o olho não estava a fim de falar sobre família no momento.
- Entendi, mas ... - eu o interrompo.
- Olha, Niklaus, sinceramente eu não estou a fim de conversar com você ou com ninguém relacionado com o mesmo sangue que eu, ou tanto faz - eu falo me apoiando na vassoura - Sendo assim - eu faço um movimento com a minha mão indicando que ele saia da sala.
Eu não preciso repetir, ele já entende e sai de lá bem rápido. Encaro a estante que teria que limpar agora é vejo um livro que me chamou atenção, Whanau toto.
Pego o livro em minhas mãos e o encaro por um tempo. Abro a primeira página e lá está o nome dos Mikaelson. Começo a ler e cada vez descubro mais sobre essa família na qual vou ter que começar a chamar de minha.
Pareci que o livro não acabava e tinha um monte de páginas em branco. O que era mais bizarro era o que a última página escrita falava:
"Niklaus saiu da biblioteca tentando entender o porquê da menina perdida o recusar"
Se eu não me engano, isso aconteceu agora. Nesse exato momento. O livro se fechou sozinho e desapareceu. Ele virou fumaça e sumiu.
Começo a procurar nas outras estantes, revirei a biblioteca inteira, porém não encontrei o livro. Sentei numa cadeira tentando entender, se era um livro que relatava tudo dos Mikaelson, porque não era gigante?
Termino de limpar tudo e fecho a porta da biblioteca, mas não antes de trombar com a Josie no corredor.
- Não vê por onde anda? - pergunto bem sarcástica.
- Desculpa, não foi por querer - Josie falou, e colocou as mãos no bolso de sua saia:
- Ah, é você - eu digo monótona.
- O que você quer dizer com isso? - ela pergunta chegando mais perto de mim.
- Não sei, achei que podia ser qualquer um já que estamos numa escola - eu falo e junto as coisas que estavam comigo, ela da uma leve risada me julgando.
- É parece que você é um qualquer um e não o contrário, não é mesmo, senhorita Gomes? - ela fala dando outro passo para frente.
Olho para ela e levanto uma sobrancelha. Ela estava me desafiando? Eu dou um passo em direção a ela e a empurro contra a parede.
- Vai provocar alguém do seu tamanho, bruxinha - eu falo e saio de lá, mas não antes de ouvir ela resmungar baixo:
- "Bruxinha", quem ela pensa que é?
Coloco um sorriso sarcástico e saio andando para a sala do zelador. Pego as chaves e abro a porta, coloco tudo lá dentro, e sinto um peso no ombro. Parecia que carregaram o lugar com magia e acabo desmaiando.
Klaus on
Depois da conversa nem um pouco desconfortável que tive com Ayla, vou para a sala de Caroline.
- A sua filha se parece com você - ela fala assim que entro na sala.
- As suas também - eu digo - Mesmo elas tendo uma outra mãe que não conseguiu carregar elas por nove meses, elas são a sua cara.
Ouço uma leve risada vindo dela. Ela me olha de onde estava e vai até a sua cadeira.
- Que bom que elas se parecem comigo - Caroline falou e sentou - Imagina como seria estranho se não fossem.
- Bom, a loira se parece mais com você do que a morena - eu falo, ainda não sei o nome delas direito.
- Lizzie e Josie? - ela pergunta.
- Isso, isso você entendeu - eu falo e me sento em sua frente. - A loira tem a sua aparência, desculpa a Lizzie, e a Jo, Josie? - meio que pergunto e ela assentiu com a cabeça. - A Josie pegou a sua personalidade.
- Em que sentido? - ela me pergunta e coloca suas mãos na mesa.
- Ela é leal e protetora, pode parecer confiante por fora, mas sabemos que por dentro ela é sensível e toda rachada - eu digo e encosto minhas costas na cadeira.
- E sua filha não é diferente - ela fala - Hope puxou a mãe e Ayla definitivamente puxou a você, manipuladora, super convencida e deve ser extremamente explosiva.
Pude sentir um pouco de sarcasmo vindo dela, mas decidi simplesmente ignorar. Olho para ela e vejo que ainda é aquela bela moça pela qual me apaixonei uma vez.
- É, ela é bem explosiva - eu falo bem baixo - Mas esse não é o problema - eu dou um sorrisinho - Mas uma coisa que está me irritando é ela saber de tudo e nada ao mesmo tempo.
- Eu conheço alguém assim - ela falou e deu uma piscadinha, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, as portas são abertas e entra as três meninas.
- Mãe, a Hope não está se sentindo muito bem - Lizzie falou e notamos o nariz de Hope sangrando.

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A mikaelson perdida
Fanfic"-Eu jamais te abandonaria se eu soubesse que vc estava viva, ou melhor que vc existisse - ele disse olhando nos meus olhos. - Eu não acredito que eu estou falando isso, mas eu acredito em vc Sr. Mikaelson - eu falei para ele" E se um dia, vc descob...