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Anônimo on

Estava com a língua num pote e o sangue num tubo e carregava comigo enquanto procurava a chave do porão.

Assim que achei, coloquei na porta e entrei. Desci as escadas e logo encontrei o vampiro que está me enchendo o saco se debatendo na mesa de metal.

- O que você quer agora? - Eu perguntei largando as coisas numa bancada qualquer.

Ele falou alguma coisa que eu não fiz questão de entender, já que ele estava com uma faixa na boca. Eu revirei os olhos com a tentativa barata dele de tentar sair da mesa.

- Olha, sinceramente- eu comecei - para um vampiro como você, mesmo você tendo se transformado a pouco, eu esperava mais. Você sabe, que só falta dois para cair e depois é você, né?

Ele se chacoalhava na mesa. Até que era fofo. Coitado, mal sabe ele que ele ia morrer do jeito mais doloroso possível.

- Você deve estar pensando, 'por que ela não está me alimentando'? - eu disse e soltei uma risada. - Bom, eu preciso de você morrendo de fome, fica mais fácil para te matar, sabe?

Ele começou a entrar em crise, não parava de se remexer e a gritar. Cheguei perto dele e enfiei a minha unha no seu braço, ele gritou por um tempo mas depois olhou para mim com raiva, e ficou quieto.

- Isso, silêncio - eu falei - O que uma garota tem que fazer para ter silêncio de vez em quando?

Ele continuo parado me olhando. Acho que finalmente ele me reconheceu. Os olhos dele arregalaram e só faltou ele fazer "ó" em realização.

- Demorou, hein? - eu disse - Depois de uma semana, preso aqui comigo, e sem ninguém vir te procurar, finalmente descobriu quem eu sou não é?

Ele falou alguma coisa "uoce a Elena", parece que ele não sabe diferenciar o bom com o ruim não é mesmo?

- Querido, se eu fosse a Elena você não estaria aqui - eu disse - Aquela sem-sal não teria coragem de fazer o que eu estou fazendo. Mas talvez, com sorte, se o ritual não der certo, eu espero que a família dela seja amaldiçoada.

Ele continua a se debater e eu reviro os meu olhos. Que patético.

- Olha, Kaleb - Eu começo - sinceramente, você é desgastante. Tipo, só para quieto, por favor. Parece um criança, que saco.

- Você - ele disse, como ele falou isso perfeitamente? - Você é a Katherine Pierce.

- Ah, que choque - eu disse irônica - Mas fala sério, você já esperava isso não? Mas enfim, você me cansou, vou ver se eu já mato logo dois lobos com uma cajadada, e depois é você.

Eu pisco para ele e saio de lá sem antes trancar a porta do porão e da casa. Bom acho que vou dar uma passada em Salvatore school.

Ayla on

Acordei e fiquei surpresa de saber que eu estava na minha cama. Olho para o lado e meu quarto estava vazio, não tinha ninguém nele.

- Hope? - Eu perguntei - Klaus? Hayley? Josie?
Tia Freya?

Ninguém respondia, abri a porta do meu quarto e as luzes do corredor estavam apagadas. Fui andando mas a cada passo que eu dava parecia que o corredor se estendia mais e mais.

- Hope? - perguntei de novo - Tio Kol?

Não tinha nenhum barulho, a casa estava escura, e ninguém me respondia. Desci para a cozinha, o fogo estava ligado mas não tinha ninguém lá.

- Ayla - ouvi uma voz de fundo.

Me virei para a porta, mas não tinha ninguém. Desliguei o fogo e fui em direção a sala. Lá eu vi a mesma maca de metal que eu estava, mas não era eu deitada. Era outra pessoa, eu não conseguia distinguir quem era.

Cheguei mais perto, e comecei a perceber que era a Hope, mas eu não conseguia chegar muito porque alguma coisa queimava.

- Hope? - Eu disse e ela olhou para mim com os olhos cheios de lágrimas. - Hope! Hope!

Eu comecei a gritar e tentar chegar mais para perto porém não conseguia, alguém estava me puxando para trás.

- Ayla - Hope falou - Ayla, acorda!

Ela estava me chacoalhando e quase em cima de mim. Eu abri meus olhos e quase sentei, mas se eu sentasse acabaria batendo a minha cabeça na testa dela.

- Hope? - Eu falei - Você tá bem?

- Eu poderia fazer a mesma pergunta - ela disse. - Você está gritando o meu nome e sem falar que você citou o nome de todo mundo, quase.

- Me desculpa - eu disse - Só foi um sonho ruim.

- Eu sei como é - ela disse - Tenho as vezes. Bom, mas o que aconteceu?

- Eu não me lembro muito bem, mas eu sei que alguém me chamou e eu vi você numa maca, e você está gritando e chorando. Foi desesperador.

- Eu sei - ela disse - No dia em que você foi sequestrada, eu conseguia sentir a sua dor. Mas não vamos pensar nisso agora. Todos estão na sala para podermos planejar o que fazer agora.

O telefone dela começou a tocar. Ela saiu da minha cama e foi para a escrivaninha. Ela voltou para cama e colocou no viva-voz.

- Raf, oi - ela falou.

- Hope - ele disse com um desespero na fala - Hope, eles morreram.

- O quê? - Hope perguntou e levantou da cama. - Raf, fala comigo.

- Eles morreram, estão mortos - Ele disse de novo - Jed, a cabeça e o Lukas, eles estão mortos.

- Rafael, onde você está? - Hope perguntou.

Nesse meio tempo eu já havia me levantado e trocado. Apontei para a porta e eu e a Hope fomos para a sala. Onde todos olharam para nós como se tivéssemos corrido uma maratona.

- Na floresta, perto da casa - ele disse - Hope, quem faria isso?

- Já estamos indo, tá bom? - ela disse e desligou o celular.

- Jed e Lukas morreram - Hope falou.

- O que? - Alaric disse indignado - Não pode ser.

- Só falta o vampiro agora - Klaus falou e todos olhamos para ele chocado - O que? É verdade, e além do que não vamos ter tempo agora para ficar de luto.

- Eu não acredito que vou falar isso - Lizzie falou - Mas eu concordo com o pai de vocês, temos que cuidar dos vampiros para que nenhum deles morra.

- Eu sei, mas pelo menos vamos ver como está a situação do Raf, tá bom? - Hope pediu.

Todos concordaram e saímos para ir para o local que ele tinha passado.

A mikaelson perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora