Ayla on
- Qual é o problema? - ela me perguntou.
- Bom - eu comecei - Digamos que tudo que você acredita que existe realmente existe, tá bom?
- Tá - ela falou desconfiada.
- E que uma pessoa começou aquele ritual que mata todos os sobrenaturais - eu disse.
- Os submundanos? - ela perguntou, mas como que ela sabia?
- Sim, os submundanos - eu continuei - Enfim, e agora eu tenho aquela marca que eu não lembro o nome agora, mas eu sei que você ainda tem alguma informação sobre ela.
- A marca de Kāti? - ela me perguntou.
- Isso - eu disse finalmente me lembrando - Você pode me falar mais sobre ela?
- Claro - ela falou - Só espera um minuto.
Ouço ela sair do telefone e uma barulheira vem do mesmo. Começo a ouvir a conversa que ela estava tendo.
"- Clary? - ouço a voz de um homem - Com quem você está falando?
- Com ninguém importante - ela responndeu, ouch essa doeu.
- Mas parecia - uma menina respondeu - E por que você falou submundanos?
- Não é nada, agora por favor saiam do meu quarto - Clary falou."
Ouço o barulho da porta fechando e de um livro sendo aberto. Clary começa a batucar os dedos, uma mania chata dela todas as vezes que está lendo algo.
- Hum, tá bom - ela falou. - Como nós já sabemos, a marca pode ser utilizada tanto para o mal quanto para o bem. Bla, bla, bla, aí, achei o que eu queria. A marca vai acabar te levando para uma aventura de autodescobrimento ou a uma grande perda. O fato é que na maioria das vezes se for usada para o bem é a aventura, mas se for usada para o mal já sabe né? A grande perda.
- Tá- eu digo - Mas o que a marca fala sobre os gêmeos?
- Calma - ela disse e ouvi mais páginas sendo viradas - Então, não fala muito bem ou quase nada na real, os gêmeos iram se fundir e um deles irá ascender, não sei o que isso significa, mas se você tem a marca e sua irmã também, acho que vai ser usada para o bem né? - ela pergunta e eu posso visualizar a cara que ela tá fazendo agora - Não se preocupe, ok? Só saiba que para qualquer coisa que vocês forem usar a marca tem uma consequência.
- Tá bom, Clary - eu disse - Eu não sei o que eu faria sem você.
Ela fica em silêncio por um tempo, e ouço-a fechar o livro, ela suspira e eu sinto ela olhando e encarando o telefone, acho que ela está vendo a nossa foto na tela do seu celular, se ainda estiver nele.
- Eu também não sei, florzinha - ela disse - Eu to morrendo de saudades. Tipo dói, você foi embora e não me explicou direito, prometeu me ligar, mas não ligou e agora...
- Eu sei docinho, eu sei - paro - e me desculpe por não te explicar direito. E não me deixavam ligar para você ou para minha mãe ou para ninguém em geral. Me desculpa, você sabe que eu nunca, nunca te abandonaria. E eu cada dia mais morro de saudades, eu só queria que vc estivesse aqui para eu te abraçar e poder contar tudo que me ocorreu nesses últimos dias.
- Ha, eu também queria queria conversar com você - ela falou - desde que eu mudei para Nova York minha vida mudou, e você faz muita falta.
- Um dia - eu falei - quando essa confusão acabar, eu vou te encontrar e a gente vai poder fazer tudo que a gente sempre quis. Lembra do nosso plano? - ela ri - É você não vai se safar dessa.
- Nossa - ela falou - como você se lembra disso? A gente ia se mudar para Nova York e você ia trabalhar com fotografia e eu ia dar aula de mitologia, magia e maldições.
Ouço alguém bater tanto na porta dela quanto na minha, o que foi meio sinistro. Eu olho para porta e vejo que estão forçando a mesma para abrir.
- Eu preciso ir - dissemos ao mesmo tempo e rimos uma da outra.
Desliguei o celular ao mesmo tempo que vejo meu pai arrombar a porta e os olhos dele. Me assusto com aquilo e sem pensar coloco minhas mãos para frente e meio que bloqueio que ele chegue até mim.
Ele me olha e os olhos dele voltam ao normal. Sinto algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto e e vejo mais algumas pessoas entrando atrás dele.
- Klaus - ouço a voz de Hayley - Klaus se controla.
Mas ele já estava controlado e me olhava com arrependimento. E tentava me mexer e ir para trás, mas meu corpo não obedecia. Todos me olhavam, eu nem sequer conseguia falar, talvez pelo choque ou pelo fato de eu ter me trancado numa sala pequena que estava lotada o que me deixava levemente claustrofóbica.
- Ayla - minha mãe tentou chegar perto - Querida, converse com a gente.
Não conseguiam chegar perto de mim. Ninguém passava pela barreira que eu tinha criado. Olho para Hope, mas ela estava encarando a cintura dela que estava levemente brilhando.
Meus braços caem e vou para perto dela. Podia sentir que ainda ninguém conseguia chegar perto de mim, mas eu consigo abraçar a Hope. Ela estava assustada assim como eu, porque se a marca dela brilhava a minha também deveria estar.
- Hope - eu falei - Você está bem?
- Sim - ela fala quando o brilho some - Sim, e você?
Eu faço que sim com a cabeça e percebo que já não tem mais barreiras ao meu redor. Klaus tenta se aproximar mas eu vou mais rápido até ele.
- Se eu falei que eu ia fazer alguma coisa - eu disse com os meus dentes rangando- eu vou fazer, quer você queira ou não. Você não é dono de mim, mas que merda, você nem foi um bom pai, e não me venha com a desculpinha que você não sabia que eu existia ou que eu estivesse viva. - paro pra respirar - E pelo amor de Deus, vê se não mata ninguém, porque com esse seu problema impulsivo, é bem capaz de você matar um de nós por acidente, não é mesmo?
- Você não pode falar assim comigo - ele falou mas pude perceber que sua voz poderia falhar a qualquer momento.
- E por que não? - eu perguntei.
- Porque mesmo sendo um pai bosta, eu ainda sou seu pai - ele falou e sorriu - E sendo assim, esse meu "problema impulsivo" é hereditário, e então vê se não mata ninguém também, ou sei lá vai que não matou, não é mesmo? Não consegue nem lembrar direito da sua vida, como você quer cuidar da dos outros, esperta?
Todos suspiraram com o que ele falou. Infelizmente, ou felizmente, eu não fiquei chocada, eu já esperava por isso. Além do mais, fui eu quem comecei essa discussão.
- Eu te odeio - eu falei olhando nos seus olhos.
Passo por todos eles e bato a porta quando saio. Não sei para onde eu vou, mas eu não estou com cabeça para falar com mais ninguém, ou de ficar perto de pessoas. Vou até a entrada e de lá eu saio correndo para esvaziar a minha cabeça.
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Gente, desculpa pela demora para esse capítulo. E por conta disso, hoje vai ter mais dois capítulos, talvez mais para tarde ou noite.
Espero que vocês estejam gostando. O que acham que vai acontecer agora?

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A mikaelson perdida
Fiksi Penggemar"-Eu jamais te abandonaria se eu soubesse que vc estava viva, ou melhor que vc existisse - ele disse olhando nos meus olhos. - Eu não acredito que eu estou falando isso, mas eu acredito em vc Sr. Mikaelson - eu falei para ele" E se um dia, vc descob...