sorvete e ligações
Um sorrisos se esgueirava no meu rosto enquanto eu observava Trevor pagar nossos sorvetes na barraquinha da praça. Depois de ficar quase uma hora na pequena — mas linda — exposição de arte moderna, viemos para a praça da esquina e Trevor se ofereceu para comprar um sorvete de morango, meu favorito, e um de chocolate para ele.
Durante toda o tempo dentro da galeria, eu observei e me encantei com as obras, conversei com alguns dos artistas e com os responsáveis da exposição enquanto Trevor só me seguia e olhava as muitas pinturas e poucas esculturas com um olhar confuso e sobrancelhas cruzadas. As vezes me perguntava sobre algumas obras mas claramente não entendia metade do que eu falava. Em alguns momentos em que me afastei para conversar com os artistas, meu olhar encontrava com ele e toda vez um sorriso de frentes incrivelmente brancos aparecia para mim.
— Uma casquinha de morango com calda também morando pra você e um sorvete mil vezes melhor de chocolate pra mim. — Trevor sorri dizendo e se senta ao meu lado no banco de madeira clara.
— O meu é muito melhor, Trev. — Implico esperando ele rebater mas o moreno apenas fica em silêncio com um sorriso pequeno e sem mostrar os dentes.
— O que foi? — Respondo ao seu silêncio.
— Eu gosto quando você me chama de Trev. — Diz simples antes de começar a devorar seu sorvete.
— Porque? — Pergunto me virando um pouco de lado no banco.
— Quase ninguém me chama assim, na verdade só você, as vezes, e minha irmã. — Ele fala sorrindo e com um brilho no olhar.
— Você nunca me falou muito dela.
— Nem você da sua família. Eu não sabia que você era irmã do Jack, Olivia. — Exclama levemente irritado.
— Isso é passado Trevor. — Digo e estalo a língua no céu da boca. — Vamos mudar isso então, você começa.
Trevor levanta o rosto, parando de comer o sorvete, e me encara com uma careta fofa de confusão. Quando deixa a cabeça cair um pouco para o lado a fofura aumenta e eu me seguro para não beija-lo, cedo demais Olivia.
— Você me fala um pouco da sua família e depois se quiser eu falo da minha. — Explico o vendo se arrumar no banco para ficar um pouco mais de frente pra mim.
— Tá bom, humm... por onde eu começo? — Indaga com outra careta fofa, mas essa pensativa. Ele faz várias caretas, como eu nunca reparei nessas fofuras?
— Humm, não sei. O que você mais gosta de fazer com sua irmã, talvez.
— Essa é fácil! A Alia canta muito bem mas por algum motivo ela não gosta de cantar, então eu sempre tento convencer ela a ir pra garagem de casa onde eu toco guitarra e a gente canta junto. E normalmente minha mãe aparece e se junta a gente no final. — Ele fala tudo com um sorriso tão empolgado no rosto que me faz sorrir de volta.
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Loving on my own | ✓
Romance"Você deita nos meus lençóis, depois mente pra mim Você já vai embora? Eu sabia que não deveria me acostumar com você Estou cansada de ser usada por você Mas desta vez, é sério Já casei desses sentimentos sem futuro Eu tenho que te tirar da minha vi...