17 parte I

10K 816 378
                                    

focado em reconquista-lá

Já faz dois dias desde que fui ao apartamento de Olivia e a botei para dormir, vê-la dormindo serena e sem recusar meus carinhos foi mágico, me fez lembrar de todas as vezes que eu acordava antes dela e a observava dormir por alguns minutos antes ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Já faz dois dias desde que fui ao apartamento de Olivia e a botei para dormir, vê-la dormindo serena e sem recusar meus carinhos foi mágico, me fez lembrar de todas as vezes que eu acordava antes dela e a observava dormir por alguns minutos antes da mesma resmungar para mim parar de ser um pscicopata e observá-la dormir. Também sentia falta do humor de Olivia.

Sentia falta de Olivia.

Mas agora eu estava focado em reconquista-la, aos poucos iria me infiltrando em sua vida novamente até ela ver que eu falava sério sobre nós e me desse uma segunda chance. Nesses dois dias que passaram, fiquei pensando sobre meus próximos passos e tinha um plano traçado.

Agora observando a entrada ONG onde Olivia era voluntária eu não sabia mais se a decisão de vir vê-la aqui sem avisar era uma boa ideia. Li o letreiro onde Meninas da Arte podia ser lido em letras grandes e levemente enferrujadas, e então respirando fundo eu entrei no ambiente simples.

— Boa tarde, o senhor precisa de ajuda com algo? — A secretaria do lugar me perguntou, era uma mulher morena e meiga na casa dos sessenta anos.

— Sim, você sabe quando a aula da Olivia acaba? — Perguntei me escorando no balcão, a mulher ergueu as sobrancelhas surpresa e coçou a garganta.

— Olivia, a professora de balé? — Tornou a perguntar, desconfiada dessa vez.

— Ahn, sim.

— Acaba em quinze minutos senhor.

Agradeci e me sentei nos pequenos bancos de espera que tinham ali, em poucos minutos mães começaram a chegar, várias mulheres sentadas ao meu lado fofocando não era bem o que eu tinha em mente para essa tarde. Depois do que pareceu um século encarando as paredes rosas, crianças, pequenas meninas em collant, meias calças e coques apertados — tudo rosa — começaram a sair de duas portas diferentes em um mesmo corredor. As mulheres ao meu lado recebiam as crianças de braços abertos e sorrisos dóceis, me lembravam minha progenitora me recebendo igual quando eu saia das minhas primeiras aulas de guitarra sorrindo aos quatro ventos.

Olhei para o lugar onde a senhora que me atendeu antes estava e encontrei o nada, apenas a cadeira vazia e papéis sobre a mesa. Sem escolha me virei para as mães fofoqueiras no banco ao lado.

— Com licença. — Chamei a mulher morena de olhos claros ao meu lado. — Você sabe me dizer qual é a sala onde a Olivia da aula? — Foi só eu dizer isso que em um passe de mágica todas mulheres pararam de falar e se viraram para mim. Um sorriso sútil surgiu dos lábios da mulher que dirigi a pergunta e com esse mesmo sorrisos ela me indicou a porta da direita. Agradeci e me levantei em direção a porta, nervoso por saber estar tão perto dela.

A porta branca estava entreaberta, espiei para dentro e vi ela, Olivia estava agachada conversando com uma garotinha de cabelos louros, os fios caindo ao redor do rosto.

Loving on my own | ✓ Onde histórias criam vida. Descubra agora