Segunda-feira, 16 de Dezembro 2019, 22h — Capital da República Dominicana.
A camareira Luna Brown, em seu fardamento azul escuro, caminha pelo extenso corredor do Resort San Domingo. O empreendimento tem cinco andares, porém, a arquitetura do prédio faz um "S", deixando assim, todos os turistas poderem ver o mar azul pérola, das suas varandas com redes.
Fora o prédio tem também os bangalôs que ficam sobre a água, e um deles que tem o quarto submerso.
O local é uma área paradisíaca, e mesmo o Resort San Domingo estando no local a mais de vinte anos, nunca deixou de reinventar-se.
O San Domingo tem um estilo colonial, todos com fachadas nas cores brancas e pequenos detalhes na cor amarela, com suas centenas de vidros espelhados, que durante o dia refletem a luz solar, fazendo o Resort ser visto à quilômetros de distância por céu, terra ou mar.
Haja vista, o empreendimento não recebe apenas os hóspedes pela única e principal estrada, que é uma grande reta, onde o motorista para chegar no San Domingo entra à direita, assim que sai da capital e segue pelo Km 28.
O hotel tem um heliponto e um maravilhoso e grandioso píer, que pode ancorar até dois navios de grande porte.
Além de todo luxo em cristais, pratarias, mobílias, os apartamentos são um luxo à parte e com diárias nada econômicas. A mais barata são mil dólares por dia. All Inclusive. O cliente bebe e come à vontade.
A habitação mais luxuosa é a "Imperador." Um imenso bangalô provinciano sobre o mar azul. O quarto do casal, fica embaixo d'água, protegido por um espesso vidro à prova de quase tudo. O casal dorme ou transa vendo a fauna e animais marítimos passando diante deles.
A Suíte Imperador, tem mais de trezentos metros quadrados — Sendo a metade, que é o quarto, submersa. — Duchas de ouro, torneiras de ouro, vasos de ouro— até para se fazer o 01 ou 02, o vaso sanitário é de ouro —, prataria vicentina e uma diária de vinte mil dólares.
O serviço de quarto é exclusivo. Tendo para a Imperador, todos os serviços a parte dos demais apartamentos e bangalôs do Resort.
O magnata que está hospedado nessa espetacular raridade é o CEO da maior empresa mundial de computadores, chamado Martin Clarke. O rapaz de trinta e três anos, nasceu na República Dominicana e aos vinte anos foi estudar a convite no MIT... nos Estados Unidos da América.
Martin Clark está com seu noivo, o americano: John Wood. O rapaz é CEO da empresa concorrente de Martin Clarke.
— Não é uma beleza? — Pergunta Martin olhando para a imensidão azul. Ele está coberto pela metade, com um lençol branco de linho. John está deitado ao seu lado, porém com a cabeça encostada em seu peito.
— Sim. Verdade. Acho que foi a nossa melhor escolher, passar o nosso noivado aqui. Falando nisso, e sua família vem nos visitar?
— John, acho que não. — Martin vira-se para John. — Eles não aprovam nosso amor.
— É, bem lá dentro, eu já sabia que isso aconteceria. Como em pleno século XXI, as pessoas ainda se comportam assim?
— Não vamos julga-los meu amor. Sei que são minha família... mas não suporto julgamentos. Já fazem isso conosco.
— Verdade. Podem não fazerem em nossa frente, mas, quando saímos de perto, falam pelas nossas costas.
— É do ser-humano. Se não for com a gente, vai ser com um cara bem mais velho, casado com uma mulher bem mais nova, ou vice-versa.
Os dois se beijam.
— Eu vou lá em cima buscar a champanhe que ganhamos do hotel. — Avisa John, levantando-se da imensa cama King size.
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DULLAHAN - A LENDA DO CAVALEIRO SEM CABEÇA - Lançado em 23/10/2019 - COMPLETO.
HorrorVários assassinatos começam a acontecer na Europa, Estados Unidos, América Central e Brasil, respectivamente. A vítima é encontrada decapitada, porém a cabeça nunca é encontrada. Ana Júlia, uma jovem adolescente, que mora na cap...