DESTINO - 2jae

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Boa leitura.

O Youngjae, desde que havia chegado à grande cidade, havia feito bons amigos. E um deles era Jinyoung. O ômega podia ser rigoroso e mesquinho, às vezes, mas não deixava de ser um ótimo amigo e conselheiro.

Era quase 10:00 do dia seguinte, e Youngjae caminhava com a fraca luz do sol daquele começo de inverno em direção à casa de Mark e Jinyoung. O ômega não planejava ir tão tarde, mas foi difícil convencer Jaebum de que chegar na casa do Park acompanhado não seria uma boa ideia. Era claro que ele havia cedido depois de inúmeras promessas do menor de que chegaria bem.

[...]

— Não, hyung, você não pode ir comigo. — Youngjae mordeu os lábios quase desistindo da ideia.

— Por quê? — O alfa perguntou coçando os olhos com os punhos fechados. Aquela conversa havia se iniciado no momento em que Youngjae resolveu se levantar. O alfa havia acabado de acordar de um cochilo, que foi tirado após uma longa noite de sono. Youngjae sorriu ao lembrar-se de que o próprio poderia ser o motivo do alfa ter dormido tão bem.

— Porque não, hyung. — Porque é sobre você que eu quero falar, então não pode ouvir.

— E se eu comprar um bolo? — Jaebum o conhecia tão bem. Sem perceber, Youngjae se perdeu na visão do maior se espreguiçando. E, claro, Jaebum não havia deixado de notar isso. Pensou bem, e não se lembrava de sentir-se atraente em nenhuma fase de sua vida. Ele era sempre o amigo do cara atraente, que, no caso, era Jackson. — Youngjae?

— S-sem bolo. — Virou-se para a janela e encarou o reflexo de Jaebum no material. O alfa analisava suas costas e descia a visão cautelosamente até sua bunda e coxas. Youngjae não sabia como se sentia em relação àquilo. Identificou algumas emoções antigas, que voltaram à tona. Como quando ele teve seu primeiro namorado, que era mais velho, e começou dietas exageradas e a praticar exercícios físicos sem moderação alguma. Lembrar-se do seu ex-namorado não o fazia se sentir bem. Afinal, acabou que seu tão sonhado conto de fadas só existia em sua mente, e foi difícil encarar a realidade que estava bem na sua frente por anos.

— Youngjae? — O ômega sentiu a voz rouca do alfa muito perto de si. — Você está bem? — Jaebum, agora atrás de si, passou a mão esquerda pela sua cintura por cima de sua camisa. Aquela mão havia ficado ali a noite toda. Ao lembrar disso, o menor corou.

— Sim. — Ficou de frente para o alfa e sorriu, sendo retribuído. Jaebum não era seu ex-namorado e nunca seria. Só ele poderia fornecê-lo uma sensação de  proteção que ninguém mais podia. — Só lembrei de algumas coisas ruins. — Notou que seus olhos estavam marejados e limpou uns resquícios de lágrimas.

— Não irei insistir mais. — Jaebum mordeu os lábios. Sinal de nervosismo, Youngjae sabia. — Mas, você poderia me enviar uma mensagem de texto quando chegar lá? — O ômega assentiu.

[...]

— Bom dia, hyung. — Cumprimentou o mais velho, que estava na cozinha.

— Bom dia, Youngjae. — Mark sorriu para o ômega. — Jinyoung estava preocupado com aquele alfa indo buscar você na faculdade.

— Eu imaginei que ele estaria. — Suspirou. — Ele está acordado? — Mark assentiu, concentrado em cortar as frutas em formatos bonitos e organiza-las em um prato. Não era a primeira vez que via o estrangeiro preparando o café-da-manhã do namorado, e achava muito fofo o fato de Mark acordar mais cedo só para isso. — Se importa de demorar um pouco? Eu queria conversar com o Jinyoung hyung.

— Claro que não. De qualquer formal, eu ainda vou demorar muito aqui. — Riu-se. — Pode subir. — Youngjae riu do bom humor de Mark. Este realmente tentava fazer um prato perfeito para o seu namorado, e, o Choi, ao imaginar alguém se esforçar em algo para si, fazia seu coração flutuar.

Youngjae subiu as escadas lentamente, pensando em algumas palavras para dizer ao Jinyoung. Não era como se estivesse temendo pela reação do maior, só queria que este o apoiasse em sua possível futura relação com Jaebum. Ele não podia negar mais, tinha noção que eles estavam ficando cada vez mais próximos e que alguma coisa poderia acontecer a qualquer momento, e isso o deixava feliz.

— Hyung? — Deu duas batidinhas na porta e espiou o lado de dentro, tendo a visão do Park se espreguiçando.

— Youngjae? — Jinyoung exclamou, surpreso, e logo esboçou um sorriso. — Entre. — Deu duas batidinhas ao seu lado na cama, e Youngjae não demorou em deitar-se confortavelmente. O Choi havia dormido naquela cama quando Jaebum estava em seu heat, e, naquele momento, sentia-se um pouco envergonhado por poder ter atrapalho um pouco a intimidade do casal da casa. — O que o traz aqui? — Apoiou seus cotovelos no colchão e encarou o mais novo.

— Eu queria conversar. — Encarou o mais velho de volta. — Sobre eu e Jaebum hyung. — Youngjae encarou atentamente as expressões faciais de Jinyoung, notando que não houve nenhuma mudança aparente. O Park apenas assentiu levemente. — Bom... Nós somos bem próximos. Você percebeu, não é hyung?

— Sim, eu percebi, Jae. — Jinyoung começou a acariciar os fios negros do outro, que tinha o corpo relaxado no colchão.

— Eu acho... eu não sei, você sabe, não é? — Jinyoung fez uma expressão confusa, e Youngjae decidiu que deveria ser mais direto. — Eu não tenho certeza, mas ele estava em uma espécie de encontro ontem com uma amiga. — Não havia esquecido aquilo, mas não conseguia ficar com raiva da garota gentil e bonita.

— Isso é bom para ele, não é mesmo?

— É, mas eu fiquei confuso. Meus sentimentos ficaram confusos.

— Como assim? — Jinyoung franziu o cenho, parecendo perceber aonde Youngjae queria chegar. — O que você sentiu?

— Era... confuso. Eu só não queria ela tão perto dele.

— Ciúmes? — Disse a palavra amargamente, e o mais novo assentiu.

— O que você sente por ele, Jae? — Youngjae sabia que o mais velho estava tentando o compreender, então aproveitou para dizer as seguintes palavras.

— Eu gosto dele, hyung.

— Você tem certeza? — Jinyoung arregalou os olhos, um pouco aflito, mas, logo soltou um longo suspirou e suavizou seu semblante.

— Sim. Eu só queria que você soubesse.

— Jae, eu sou seu amigo. Posso achar que aquele alfa não é o bastante para você, mas eu te apoiarei.

— Você não sabe como eu fico feliz com isso, hyung. Eu estava tão nervoso. — Jinyoung sorriu encarando o largo sorriso do menor.

— Porém, se ele vacilar com você, esqueça! — Disse, sério. Youngjae engoliu em seco. Nunca havia cogitado a ideia de Jaebum vacilar consigo. Chacoalhou a cabeça, mas confirmou a sentença de seu amigo com um mínimo sorriso. Tentaria manter-se positivo.

Desculpem-me pelos erros.

MUITO OBRIGADA PELOS 1.000 VOTOS⭐️⭐️⭐️⭐️⭐️

Feliz natal e ano novo a todos também😊❤️

Postei o primeiro capítulo de COMPROMISSO, minha nova fanfic! Espero que gostem heheh