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Boa leitura.

Dois dias depois

Youngjae havia pedido para voltar para a casa de Jackson na manhã seguinte assim que acordou. Jaebum sabia que o moreno não estava bem e, por isso, não insistiu para que ficasse. Já havia se passado dois dias e o ômega ainda não havia voltado.

Para se controlar, o alfa conversava com Jihyo sempre quando podia. Havia contado parte da situação para a ômega e esta o havia dado o máximo de suporte possível.

Perguntava-se se havia feito algo de errado e o que poderia ser. Talvez o ômega havia se desencantado com o fato de não ter dito tantas palavras acolhedoras diante de seu relato. Jaebum não poderia culpar-se por isso. Nunca ninguém havia lhe cofiado o posto de confidente e, também, não imagina que Youngjae o contaria tão cedo sobre o seu relacionamento passado.

Sentou-se, melancólico, no sofá, ainda com as roupas de dois dias atrás, com resquícios do cheiro do ômega, e bebericou o chá que trazia em mãos. Aquele era o último sachê de chá que Jihyo havia trazido. Precisaria sair para comprar mais logo se nada mudasse.

[...]

— Tem certeza que você está bem, Jae? — Jackson entrou em seu seu quarto sem bater na porta, o que já era previsível. Este estava preocupado com o ômega, que quase não havia saído do quarto nos últimos dois dias. — Você quer me contar o que houve? — Fez outra pergunta mesmo não obtendo a resposta da primeira.

— Bom... — Levantou o tronco da cama e encarou Jackson, que parecia ter acabado de sair do banho. O chinês tinha o peito descoberto e os cabelos, molhados e bagunçados, cobrindo-lhe a testa. Aquilo o lembrou de quando Jackson se hospedava em sua casa e andava sem camisa, fazendo-o ficar envergonhado diante de tanta pele à mostra. — Você é bonito, Jackson hyung. Por que não arranja algum parceiro? — Jackson sorriu e jogou-se ao seu lado na cama.

— Verdade. — Sorriu com a afirmação do ômega. — Eu não sei. Talvez eu não esteja à procura de um. Agora, me conte, pequeno. — Encarou-o nos olhos. — O que está te afligindo? Por que saiu da casa de Jaebum?

— Bom... — Mordeu os lábios. — Eu contei para ele sobre Jooho. — Jackson arregalou os olhos, surpreso, pois não esperava que o ômega o fizesse tão cedo.

— Ele reagiu mal? Eu posso conversar com ele. Talvez ele tenha interpretado alguma coisa errada. — Apressou-se em dizer.

— Não, pelo contrário, hyung. Ele foi super compreensível. — Jackson sorriu. Não achava que o Jaebum antigo poderia reagir bem à isso. — É só que lembrar dele me fez perceber que eu ainda não estou pronto para outro relacionamento.

— Jaebum não vai te forçar a nada. Ele teme por te afastar. — Youngjae sorriu. De fato, já havia percebido isso.

— Eu sei. Mas eu gosto mesmo dele. Talvez se continuássemos tão íntimos, iríamos acabar fazendo coisas que... eu quero, hyung. Porém, não agora. — Dizer tudo aquilo fez um peso sair da cabeça de Youngjae e, inevitavelmente, soltou um suspiro.

— Jae, eu falei com Jaebum hoje. E... ele está mal. Ele acha que fez alguma coisa ruim.

— Poxa, hyung. — Fez beicinho e uma lágrima rolou por seu rosto. — Não era isso o que eu queria. Eu não queria fazer ele passar por isso. — Deixou escapar um soluço audível.

— Não pense assim, por favor. Só tente explicar a situação para ele para, assim, tentar amenizar as coisas. — Youngjae assentiu.

— Vou para a casa dele amanhã e tentarei explicar do melhor jeito possível.

— Quer ficar sozinho? — O Ômega assentiu, e Jackson deixou o cômodo.

Aquela seria a terceira noite sem Jaebum ao seu lado. O Choi não fazia a mínima ideia de que sentiria tanta falta de sentir o cheiro e o corpo do alfa ao seu lado. Tentou se convencer que estava sendo dramático, mas falhou. Não sabia como se acostumar de novo a ter uma cama só para si.

[...]

Jaebum sacou o celular do bolso e atendeu Jihyo. Não falou nada, então a ômega tomou a iniciativa, sabendo que estava sendo ouvida:

"Jaebum, eu não tenho certeza se isso pode ajudar. A sua condição ainda é um mistério. Mas... e se eu produzisse alguma substância que te lembrasse o cheiro de Youngjae? Claro que cada ômega tem um cheiro único, mas eu tenho certeza que consigo produzir alguma coisa aproximada".

— Do que você precisa? — Jaebum ponderou se aquela era uma boa ideia.

"Eu já apliquei uma reserva para usar o laboratório na próxima semana. Agora, eu preciso do consentimento do ômega para produzir uma substância com o cheiro dele e uma amostra".

"Oppa, eu não posso garantir que isso lhe ajude. Talvez não seja o cheiro dele que te torne mais humano. Afinal, estímulos sensoriais e visuais também produzem uma porção de reações no nosso corpo".

— Está bem. — Disse, cabisbaixo. Só sabia que não voltaria para os antigos remédios. E, se não tivesse
Youngjae por perto, essa seria a sua única saída até então.

Desculpem-me pelos erros.

Apresento-lhes minha primeira one shot neste site: INSEGURANÇAS.

SINOPSE

Jaebum tinha um namorado cheio de inseguranças, mas, com o tempo, havia aprendido a dominar algumas delas e, assim, evitá-las. Outras, nem tanto.

DESTINO - 2jaeOnde histórias criam vida. Descubra agora