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Boa leitura.

— Eu te conheço? — Jackson abriu a porta e se deparou com uma ômega morena. Ela tinha traços familiares, mas não conseguia reconhecê-los.

— Sim, Jackson. Sou eu, Jihyo. Estudei com você e Jaebum. — Sorriu.

— Wow... você mudou muito. — Arqueou as sobrancelhas em surpresa. Eles apertaram as mãos, mas Jackson ainda não deu passagem para ela. Era a primeira vez que Youngjae havia saído do quarto por mais de meia hora nos últimos três dias e, no atual estado, com certeza, não iria querer ver ninguém. — Como posso te ajudar?

— Youngjae está?

— Ele não está se sentindo muito bem. O que deseja com ele? — Foi direto. Por que diabos Jihyo quereria falar com ele? Duvidava que eles se conheciam.

— Bom, eu sou estudante de medicina. Quase formada, na verdade. E Jaebum oppa aceitou que eu produzisse uma amostra com o cheiro de Youngjae para manter seu lado humano presente. Não temos certeza se isso ajudaria, mas essa é uma das únicas saídas até agora.

— Jackson hyung? — Youngjae apareceu atrás do alfa, que deu espaço para o ômega ficar de frente para a mulher. — Jihyo noona. — O ômega havia encolhido o sorriso simplista que carregava, e Jackson não deixou isso passar despercebido. — Jaebum hyung está bem?

— Na verdade, não muito bem, Youngjae. — Disse, comprimindo os lábios. Youngjae abaixou a cabeça, sentindo o peso da culpa novamente. — Eu entendo se não quiser vê-lo.

— Eu iria visita-lo hoje. Nunca foi minha intenção fazê-lo se sentir mal.

— Bom, então, você estaria disposto a ajudá-lo com a sua condição? — Youngjae assentiu.

— Entre, por favor.

[...]

De novo, aquela sensação. Youngjae não havia avaliado bem a situação e, naquele momento, só queria voltar para o seu quarto. Jihyo estava com os seus saltos, vestido mais justo que nos outros dias e com as pernas cruzadas à sua frente. Parecia uma modelo. Sentia-se tão envergonhado por estar com seus cabelos bagunçados, pijamas surrados e rosto inchado. Não queria se sentir assim, mas não conseguia evitar. Ela falou que havia visitado Jaebum nos últimos dias, e não conseguiu evitar que alguns pensamentos preenchessem sua cabeça.

— Então, você precisa de uma amostra de qualquer líquido corporal do Jae para tentar produzir uma substância com o cheiro similar? — Youngjae tinha sorte de ter Jackson ali consigo desde que havia se perdido nas primeiras palavras da ômega. O alfa estava falando e pensando por si.

— Sim. Tentarei produzir uma substância com o cheiro de Youngjae um pouco mais forte em prol de obter resultados mais rápidos caso for realmente eficaz. — Jackson assentiu e, logo a seguir, Youngjae pôde sentir os olhares dos dois presentes no cômodo sobre si.

— Está bem. Se é para ajudar Jaebum hyung. — Deu de ombros. Não estava conseguindo pensar direito de qualquer forma. Só havia focado no fato de que isso ajudaria o alfa e isso, para si, já estava de bom tamanho.

Jihyo aproximou-se de si, tirou um cotonete de uma maleta que carregava consigo e passou-o levemente pela sua nuca, colhendo um pouco de seu suor. Havia sido rápido. Logo a morena deixou a casa.

Youngjae estava tenso desde então. Se desse certo, significaria que Jaebum não precisaria mais de si. Se o alfa não precisasse mais de si, significava que não iria procurá-lo.

Youngjae havia sentido o cheiro da ômega quando esta havia se aproximado de si. Não tinha o olfato tão apurado quanto o de um alfa, mas seu perfume natural era forte o bastante para que inundasse suas narinas. Era simplesmente inebriante para si, que era um ômega, então, para um alfa, deveria ser melhor ainda. Não havia conseguido parar de pensar nisso.

DESTINO - 2jaeOnde histórias criam vida. Descubra agora