Capítulo 11: Mensagem de Sangue

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SASUKE CONTOU OS PRÓPRIOS batimentos cardíacos, antecipando o movimento que o — provável — adversário, que o aguardava logo depois daquela porta, executaria

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SASUKE CONTOU OS PRÓPRIOS batimentos cardíacos, antecipando o movimento que o — provável — adversário, que o aguardava logo depois daquela porta, executaria.

Sai se aproximou silenciosamente da porta também, não desviando o olhar severo da face de Sasuke. Então, assentindo, transmitiu-lhe todo o plano num único átimo de segundo. Ele compreendeu, anuindo de volta. Num gesto fluído, o antigo membro da Anbu puxou um grande pergaminho em branco da bolsa que usava atrelada à parte de trás da calça. Desenrolou-o num piscar de olhos, rompendo seu lacre, enquanto que com a outra mão empunhava um pincel e reunia chakra para executar um dos seus jutsus.

Com movimentos precisos e rápidos, sua mão desenhou ao menos três leões no pergaminho em branco. Abaixando-se, Sai pousou o pergaminho no colo e realizou selos de mão, invocando sua técnica:

— Chōjū Giga!

Os leões de tinta saltaram da folha, ganhando vida. E o adversário deles finalmente atacou, derrubando a porta do quarto com uma técnica do elemento terra. Uma enxurrada de lama arrombou-a, e verteu para dentro do cômodo numa profusão. Sasuke e Sai saltaram para longe, evitando-a sem dificuldade e grudando as solas dos pés com chakra nas paredes e no teto, enquanto os leões de Sai, sob o seu comando, dispararam pela porta arrombada, rugindo e rosnando; as grandes patas deixando rastros de tinta pelo assoalho já enlameado.

Sasuke, de ponta-cabeça e ainda com as solas dos pés pregadas ao teto, saltou em direção ao chão, correu pela entrada e irrompeu no corredor no momento em que as feras de tinta de Sai atacavam seu oponente, as mandíbulas se abrindo como se os dentes por trás das bocas fossem reais e estivessem prontos para rasgar e dilacerar qualquer coisa. A silhueta esguia no fim do corredor, delineada pela luz baça que era filtrada pelas janelas, entretanto, executou um movimento gracioso com o corpo e abateu os três leões com uma sucessão de golpes perfeitos. Com uma das mãos empunhava uma tantō, esguia e pequena como a lutadora que a empunhava. Ao término, tudo o que restou dos leões foram manchas de tinta preta respingadas nas paredes e no assoalho do corredor.

Apesar de estar inteiramente coberta, Sasuke a reconheceu de imediato; o sangue correndo rápido esquentou todo o seu corpo em resposta à fúria que o tomava, ativando seu Sharingan no olho direito. Os olhos que o fitavam de volta, apáticos, eram como ele se lembrava, de um vermelho vivo e obsceno, e também eram a única parte visível do seu rosto coberto por uma máscara negra.

Você! — grunhiu, colocando-se em posição de ataque com a espada diante do corpo.

Algo cintilou nos olhos frios da Kunoichi de Chigakure, a mesma que o atacou na noite que antecedeu o começo de todo aquele pesadelo na vida de Sasuke. De alguma forma, aquela mulher estava conectada com tudo o que estava havendo e poderia ser a peça final para que ele entendesse como viera parar naquele mundo. Tinha de capturá-la com vida e extrair todas as informações que conseguisse dela. Mas, decidiu no momento em que o calor no seu sangue foi substituído por uma frieza familiar, não precisaria ser misericordioso com ela nem pegar leve.

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