Capítulo 20: Antes da Tempestade

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O GRUPO DE SAKURA SEGUIU pelo desfiladeiro sem descanso

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O GRUPO DE SAKURA SEGUIU pelo desfiladeiro sem descanso. Ainda que a nevasca não tivesse arrefecido, rugindo nas rochas e curvando à sua vontade mesmo as árvores mais fortes, ela não se permitiu diminuir o ritmo ou descansar; precisavam chegar o mais depressa possível às Montanhas Três Lobos.

Se o Chikage tivesse mais Shinobis leais a ele à espera deles ou se ao menos desconfiasse do embuste que armaram para enganá-lo, farejando o cheiro da mentira e enviando-os nos seus encalços, sem dúvida teriam de retardar o progresso e enfrentá-los. A perspectiva de fugir de uma batalha não agradava Sakura, mas havia muito mais na balança do que o seu orgulho de Kunoichi. Agora era Hokage, e suas decisões deveriam se basear sempre tomando o bem-estar de todos como prioridade.

Se Sasuke estava tão desgostoso quanto ela por haverem usado aquele subterfúgio e enviado o grupo de Shikamaru no rastro dos homens do Chikage, nada expressara ou dissera nas últimas duas horas e meia.

Sakura não podia dizer o mesmo de seu time, no entanto. Hikari se queixara do cansaço pelo menos três vezes na última hora, pedindo que parassem para uma pausa. Os meninos tinham mascarado o descontentamento no início, mas conforme a exaustão os deixava mais mal-humorados eles também passaram a vocalizar a insatisfação com aquela viagem para a sua sensei.

— Estamos quase chegando a uma cidade. Aguentem só um pouco mais — ela tinha pedido, e por mais que lhe doesse ser dura com eles e exigir que continuassem avançando durante aquela nevasca não cedeu.

Não até que conseguissem distinguir muito vagamente as luzes baças e os contornos disformes das construções da cidade de Nakashima, parcialmente oculta por um véu de flocos de neve que era varrido pelo vento intenso.

Tinham alcançado a borda da floresta de abetos e enxergado, através das árvores semicongeladas, os primeiros sinais de civilização em algum tempo. Apenas ali, a tempestade deu-lhes uma pequena trégua e transformou-se numa nevada contínua.

Nakashima era uma cidade consideravelmente grande e estava localizada logo abaixo de uma grande ravina rochosa, no centro de um declive do terreno, com montanhas azuis ao fundo, cerceada por uma floresta tão ou mais densa do que a que eles atravessaram.

— Puxem os capuzes dos seus mantos — Sakura aconselhou os seus alunos. — E não chamem atenção para si. Devemos passar despercebidos numa noite tempestuosa como essa, se mantivermos a discrição.

— Hai, sensei! — eles concordaram e puxaram os capuzes por cima das cabeças, cobrindo ao menos metade dos seus rostos.

Sakura fez o mesmo, escondendo dos olhos de estranhos as suas exóticas madeixas cor-de-rosa. Espiou Sasuke e viu que ele fez o mesmo. Ótimo, pensou consigo mesma.

Devagar, eles desceram a ravina, atentando-se para o terreno que se tornara inóspito devido a todo aquele gelo. Aproximaram-se de Nakashima, ultrapassando as primeiras casas com chaminés expelindo fumaça na noite extremamente fria e atravessando vielas cuja escuridão era afastada pelas lamparinas vermelhas que ardiam seu fogo sob os caibros das casas e pelos altos postes de luz amarelada.

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