Capítulo 18: Trégua

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ACORDOU COM UMA SENSAÇÃO de leveza correndo pelo seu corpo, relaxando cada músculo tensionado e diminuindo a frequência dos seus batimentos cardíacos

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ACORDOU COM UMA SENSAÇÃO de leveza correndo pelo seu corpo, relaxando cada músculo tensionado e diminuindo a frequência dos seus batimentos cardíacos. Um calor agradável espalhava-se pelos seus membros, alcançando até mesmo as pontas dos dedos dos pés e da mão.

A dor se fora, assim como o ardor no olho direito. Tudo o que sentia era paz. Lembrava-se bem dessa sensação gostosa de aconchego e de acolhimento. Sentira-a tantas vezes no passado. A cada vez que Sakura usou o seu ninjutsu médico para anestesiar a sua dor e curar seus ferimentos. Era o chakra dela agindo no seu corpo, não havia dúvida. Nada no mundo se comparava a isso.

Abriu os olhos e encarou o céu limpo, a lua cheia grande e brilhante. Virou o rosto e a face dela estava logo acima, pairando sobre ele, praticamente engessada numa máscara de seriedade e compenetração. A mão dela estava pousada sobre o seu peito, envolta por uma aura esmeraldina típica do jutsu da palma mística. E era ela a responsável pela sensação de bem-estar que tomava Sasuke.

— Já acordou? — ela indagou, descendo os olhos pelo rosto dele.

— Aa — ele conseguiu reunir forças para concordar.

— Já estou acabando. Fique quieto até lá — advertiu-o com um franzir do cenho.

A voz dela era uma melodia suave na noite silenciosa e invernal. A neve encharcara as roupas de Sasuke, mas, de algum modo, o frio não o alcançava, não ali, não agora.

— Por quê? — Sasuke quis saber depois de um momento de profunda contemplação; não fazia sentido para ele que Sakura acabasse curando-o, não depois de todas as palavras frias que lhe disse.

Ela suspirou, pareceu-lhe cansada.

— É contra os meus princípios ver uma pessoa desfalecer em agonia e não interferir, não importa quem seja — justificou-se, olhando-o de esguelha. — Mesmo que essa pessoa seja você.

Por fim, a mão dela parou de enviar chakra para o corpo dele e se afastou de repente, abandonando-o. Sasuke descobriu que já conseguia se sentar. Estava um pouco tonto, mas a sensação de mal-estar não passava de um incômodo passageiro.

— O que houve com o seu braço esquerdo? — ela perguntou depois de um momento.

Ele abaixou os olhos até a manga da sua blusa; não usava o manto de inverno por cima das roupas pela primeira vez, então só agora ela era capaz de notar a ausência de um dos seus membros, o braço que terminava um pouco antes do cotovelo.

A resposta veio naturalmente para Sasuke.

— Eu o decepei.

Não olhou para trás para verificar se a havia chocado, muito embora o silêncio dela pudesse ser um indicativo de qualquer emoção menos choque. Ele se colocou de pé então, testando o próprio senso de equilíbrio e a estabilidade nos pés. Atrás dele, Sakura também se levantou, limpando a neve das roupas.

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