Capítulo 31: Bem-Vindo de Volta

621 77 32
                                    

SASUKE ABRIU OS OLHOS DEVAGAR, as pálpebras tremendo antes de revelarem o orbe negro; seu olho esquerdo estava escondido sob a franja comprida

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

SASUKE ABRIU OS OLHOS DEVAGAR, as pálpebras tremendo antes de revelarem o orbe negro; seu olho esquerdo estava escondido sob a franja comprida. Ouviu vozes soando, distantes, como se ele estivesse embaixo d'água. Viu vultos agitando-se acima dele, mas, de alguma forma, ele soube que estava seguro. Soube que estava de volta ao seu mundo. Soube que estava em boas mãos.

O primeiro rosto que os seus olhos focalizaram foi o rosto de Sakura, angustiado, pairando acima do dele; os olhos verdes e brilhantes sondavam-no, as mãos dela estavam pousadas no seu peito e no seu ombro. As madeixas eram cor-de-rosa e curtas, roçando a curva delicada dos ombros e o pescoço delgado.

— Anata? — ela sussurrou, por um instante soando incerta, por um instante soando insegura.

Sasuke abriu a boca para respondê-la, dizer que estava de volta, mas se descobriu exaurido, drenado. Demorou um segundo para reaver a própria voz e para forçá-la através da garganta seca.

— Naruto, cheque o chakra dele outra vez! — Sakura urgiu, firme, e um segundo rosto entrou no campo de visão de Sasuke.

Sasuke involuntariamente suspirou de alívio, o peito subindo e descendo com o gesto, por avistar o rosto bronzeado e familiar do melhor amigo cabeça-oca. Naruto imediatamente acatou a recomendação de Sakura, posicionou os dedos enfaixados da mão direita enquanto um contorno alaranjado aparecia ao redor dos seus olhos, agora amarelados e de pupilas horizontais como as de um sapo.

— Ah, o chakra dele está normal outra vez — Naruto concluiu depois de uma breve sondagem com seu senjutsu. — É sem dúvida o nosso Sasuke, dattebayo!

Sakura pressionou uma mão contra o próprio peito e foi sua vez de suspirar aliviada. Sasuke lambeu os lábios, umedecendo-os, e então girou os olhos a fim de tomar conhecimento do entorno no qual se encontrava. Seu corpo estava repousado sobre grama úmida e o céu do poente era de um profundo tom de laranja com nuances do violeta de um crepúsculo iminente.

Ele agarrou fiapos de grama entre os dedos, arrancando-os pelas raízes enquanto reconhecia o solo sobre o qual descansava. Inspirou o ar puro, o cheiro das árvores próximas assim como o leve odor acre de cinzas sendo arrastadas por uma brisa gentil. Casa, a palavra pairava no ar como uma doce fragrância. Estava, enfim, em casa.

Ignorando a vertigem que o acometeu, Sasuke se forçou a sentar e foi prontamente amparado pela esposa, que o segurou pelos ombros e apoiou uma mão delicada nas suas costas.

— Anata, devagar! — ela o censurou com ternura. — Diga-me o que está sentindo, por favor.

Sasuke ergueu o rosto e a fitou, bebendo da sua visão como um homem em abstinência, sorvendo do perfume que ela exalava como um viciado. Sentira tanta saudade e agora estava ali outra vez, de volta ao lugar ao qual pertencia: ao lado de Sakura e de Naruto. Esboçou um sorriso fraco para a esposa a fim de amenizar a angústia que ouviu na sua voz antes.

Dark DawnOnde histórias criam vida. Descubra agora