Capítulo 19: Ponto de Ruptura

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ELES PARTIRAM BEM CEDO nas primeiras horas do dia seguinte, ainda sob a semiescuridão de uma madrugada extremamente fria

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ELES PARTIRAM BEM CEDO nas primeiras horas do dia seguinte, ainda sob a semiescuridão de uma madrugada extremamente fria. Sakura dissera que quanto mais depressa partissem, mais depressa chegariam às montanhas Três Lobos, onde a Cúpula dos Kages aconteceria.

Apesar do céu azul cobalto sobre o vale encontrar-se desanuviado, a trilha nas montanhas que eles usariam como rota de viagem estava completamente encoberta por nuvens cinzentas e volumosas. Sasuke as mirara com preocupação horas antes, intuindo que uma nevasca violenta os apanharia no caminho.

— Não mudaremos os nossos planos; partimos dentro de poucas horas — Sakura tinha dito quando Ino ecoou a preocupação silenciosa de Sasuke, vocalizando-a a melhor amiga. — Ainda que a nossa visibilidade diminua consideravelmente, temos as suas habilidades sensoriais e os jutsus de Sai para nos localizarmos e localizarmos possíveis inimigos.

Isso pareceu ter encerrado o assunto. Então, eles deram procedência aos preparativos para a partida. Sasuke cuidou dos seus preparativos sozinho no quarto, arrumando os seus pertences dentro da bolsa que levava sob o manto de inverno, atravessada num ombro.

Ao sair do cômodo, deparou-se com a garota outra vez, Hikari, esperando-o. Tinha uma postura relaxada e a expressão descontraída. Ele não se habituara a ter os olhos azuis dela seguindo-o por todo o canto às vezes. Não que ela fizesse isso por malícia, parecia-lhe apenas... desatenta. E inacreditavelmente ingênua, mas também era amável e gentil com todos, e sorria o tempo todo em que estivesse com o seu time. Agora que sabia parte da história dela graças à Sakura, o fato de que a menina era capaz de sorrir daquela forma tocava algo dentro dele, comovendo-o.

— Precisa de alguma coisa? — inquiriu-a.

A garota meneou a cabeça em negativa, mas não fez menção de sair do seu caminho. Como tinha as mãos escondidas atrás do corpo, Sasuke julgou mal as suas intenções, intuindo que ela só pretendia atrasá-lo ou desperdiçar o seu tempo até que Hikari, sorrindo, trouxe as mãos à frente do corpo, mostrando a ele o retângulo grosso de tecido que elas seguravam.

— O que é isso?

A garota caçoou dele, decidindo tratá-lo com alguma condescendência; deveria vê-lo como um ingênuo ou pior: um ignorante.

— É um cachecol. Para usar em torno do pescoço. Faz muito frio aqui.

Sasuke a censurou com o olhar.

— Eu sei o que é um cachecol. Quero saber por que está me oferecendo isso.

— Porque é um presente. Uma gentileza — insistiu, emburrada, empurrando o cachecol contra ele. — As pessoas costumam demonstrar gentilezas para com os próximos de vez em quando. Eu percebi que você tem sofrido com o frio mais do que os outros, Sasuke-sama. Então, pedi um cachecol que estava sobrando ao Yusuke-kun, e ele me cedeu. Agora, estou dando-o a você porque não tem nenhum.

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