Capítulo 25: Exposição

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PARA UM HOMEM CUJO NOME despertava tanto medo e apreensão nos seus inimigos, o Chikage era relativamente pequeno: de estatura média, esguio porém atlético

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PARA UM HOMEM CUJO NOME despertava tanto medo e apreensão nos seus inimigos, o Chikage era relativamente pequeno: de estatura média, esguio porém atlético. As suas características mais chamativas, talvez, fossem o cabelo num tom vivo de vermelho combinando com os olhos, que reluziam como duas pedras de sangue.

Usava trajes escuros, um colete cinza por cima de tudo e trazia na testa o hitaiate escarlate com a insígnia do país do Sangue; o adereço não escondia de nenhum dos presentes a sua identidade. A tez era doentiamente pálida, contudo, e havia olheiras profundas sob os olhos encovados. O maxilar era forte, e os lábios curvavam-se num sorriso ligeiro, quase imperceptível, mas cheio de malícia.

Sasuke acompanhou a entrada do homem, escoltado por outros três Shinobis de auras perigosas e trejeitos desdenhosos, dentre eles os gêmeos que tentaram emboscá-los nos despenhadeiros congelados, além de um homem soturno e franzino de longos cabelos escuros que também vestia trajes escuros e usava o hitaiate de Chigakure.

Cada músculo do seu corpo estava rígido de tensão, e seus dentes se apertavam dolorosamente. Ali estava o homem responsável por tudo o que ele viveu nas últimas semanas. Ali estava o homem que o aprisionou naquele pesadelo, torturando-o ao fazê-lo ver com seus próprios olhos o mundo distorcido e sem esperança que a sua revolução poderia ter criado. O homem que o havia apartado de tudo o que Sasuke mais amava. Não o perdoaria por isso.

Um silêncio denso preencheu todo o recinto. Ninguém nem ao menos respirava ou se movia nos seus assentos. Seria possível ouvir o ruído de um alfinete caindo no chão.

Sakura estava de pé, um pouco mais atrás de Sasuke, e tão tensa quanto ele próprio. Aquele estranho estado de estupor durou por mais uma batida de coração. Então, cadeiras foram arrastadas e todos os demais também se colocaram de pé enquanto as suas escoltas cercavam-nos, prontos para defendê-los com as suas próprias vidas se fosse preciso.

— O que significa isso?! — Temari, a primeira a protestar, logo foi imitada pelos outros que também se perguntavam o que aquele homem estava fazendo ali.

Sakura, Sasuke e os outros Shinobis de Konoha presentes no cômodo eram os únicos a não parecerem surpresos com a aparição repentina do Chikage na Cúpula dos Kages.

— Esse homem não deveria estar aqui! — Yamaguchi, o Lorde Feudal do país do Gelo, apontou um dedo para o Chikage; estava pálido e nervoso. E foi ecoado por um coro de vozes alteradas.

— Todos se acalmem, por favor! — Shinji pediu aos líderes, tentando abrandar os ânimos, muito embora a expressão no seu rosto e o seu tom de voz sugerissem exasperação e desconforto com a situação.

O Chikage sorriu de forma dissimulada para todos e ergueu as mãos num gesto conciliador.

— Por favor, por favor! Não se exaltem desnecessariamente — pediu. — Não vim até aqui para incomodá-los, muito menos pretendi que a minha presença causasse esse... furor. — O desdém no seu timbre era nítido e indisfarçado. Fazia o sangue de Sasuke correr mais quente e mais rápido pelo seu corpo, bombeado pela raiva.

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