Capítulo 7: No Covil da Serpente

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SUIGETSU TINHA SIDO EFICIENTE, como Sasuke sabia que ele seria

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SUIGETSU TINHA SIDO EFICIENTE, como Sasuke sabia que ele seria. Cuidou dos Shinobis leais à Takigakure que espreitavam a entrada do esconderijo de Orochimaru com rapidez e discrição, despachando-os sem dificuldade. E, logo em seguida, tanto Sasuke quanto Karin estavam descendo da árvore na qual se abrigaram e reunindo-se a ele lá embaixo, que exibia um meio sorriso.

— E então? — perguntou a ambos, apontando para si mesmo com prepotência. — Como me saí? Nada mal, não é?

— Corta o papo furado, cabeça de peixe.

Karin resmungou ao passar por cima do corpo de um Shinobi estirado na relva; embora estivessem inconscientes, Suigetsu havia tido a diligência de não ferir nenhum deles num ponto vital, poupando-lhes a vida, mas não certamente por compaixão e sim porque sabia que Sasuke — o Sasuke diante dele agora — desaprovaria derramamento desnecessário de sangue.

— Vamos lá. Vamos encontrar o Orochimaru-sama. — Karin olhou para Sasuke, que apenas passou por ela a fim de alcançar a entrada oculta do esconderijo.

O sol aquecia toda a floresta, derramando-se através das brechas nas copas das árvores imensas. O único som presente era o dos insetos e aves que enchiam a floresta ao sul do país da Cachoeira com vida. Excetuando-se isso, todo o restante havia se emudecido. Mesmo os passos do trio não produziam ruído algum. Karin tinha se certificado de que eles não encontrariam nenhuma surpresa desagradável pelo caminho e, assim, eles penetraram pela entrada estreita de uma caverna com Sasuke na frente e os outros dois seguindo mais atrás.

A luz do dia desapareceu sobre eles, a escuridão dentro do túnel era densa e fria. Ao término do corredor rochoso — um beco sem saída à primeira vista —, Karin tomou a dianteira e pressionou um mecanismo oculto na parede. Uma vez acionado, uma rocha imensa deslizou para o lado, revelando a continuação da construção, desta vez com paredes lisas, o chão formando um desenho intricado, e cabeças de serpente esculpidas em pedra emergindo de ambas as paredes; nas suas bocas abertas, velas bruxuleavam e iluminavam parcamente a passagem lúgubre.

Sasuke retomou a liderança ao passar por Karin, apressando o passo agora que se encontrava dentro da base oculta de Orochimaru. O lugar parecia abandonado, quase fantasmagórico numa primeira inspeção, mas ele sabia que havia subordinados agindo nas sombras, protegendo seu mestre. Conforme atravessavam o corredor, passando por vários recintos, Sasuke sentia pares de olhos que não pertenciam aos antigos membros do Taka sondando-o, perscrutando-o, reconhecendo-o como o garoto que uma vez prometeu abrir mão do próprio corpo para o seu mestre em troca de poder.

Aqueles tempos tinham terminado havia muito tempo, e por escolha do próprio Sasuke, que absorveu tudo o que pôde do Sannin e o descartou assim que não enxergou mais utilidade no aprendizado. É claro que Orochimaru não encontrou o seu fim naquele dia. Como uma cobra, o homem retornou para as sombras e aguardou, paciente, pelo momento certo para tentar dar o bote outra vez e tomar posse da linhagem sanguínea dos Uchiha. Sasuke ainda devia a Itachi o fato de que ele não obtivera êxito nessa empreitada.

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