15- PRIMEIRA CONVERSA.

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(Será corrigido depois.)

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Já se passaram alguns dias de exames, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, médicos de várias especialidades.

É cansativo, mas eu entendo que é necessário.

Tenho feito exercícios incansáveis com o fono e ele está bem feliz com os resultados.

Me mandou sempre tentar falar e fazer exercícios no rosto com bicos, caretas e tentar sorrir o mais amplo que eu puder.

Isso tem me ajudado muito e eu tenho me sentido muito feliz com minha melhora.

Danilo entra no quarto com minha bandeja de comida, sim já estou comendo comida pastosa, me sinto um bebê, contudo é um alívio não ter aqueles tubos em minha garganta.

-Olha só o que tenho aqui? O papá do neném!

Reviro os olhos para ele.

-Não adianta essa carinha que a neném vai ser alimentada pelo amorzinho dela.

Fecho os olhos, arqueio as sobrancelhas e viro o rosto para o lado oposto dele segurando o sorriso.

-Vamos lá, nenenzinho do Dan. Você precisa papar tudinho para ficar forte e voltar logo para casa.

Abro minha boca e recebo a primeira colherada de uma pasta que creio ser feijão, arroz e legumes. Ainda engulo com um pouco de medo por conta da garganta dolorida, a inflamação já melhorou 80%, só que prefiro ir com calma e engolir com cuidado.

Me sinto muito melhor, realmente mais forte, sinto meu corpo reagir com mais vontade e tenho me esforçado para sair o quanto antes daqui.

Sinto saudades do meu cantinho, das minhas coisinhas, de sair pelas ruas caminhando, de trabalhar e pincipalmente do calor do copo do Danilo.

Estar com ele todos os dias têm sido uma tortura.

Ele me faz cainho no rosto, nos cabelos, massageia meus pés, ajuda a fisioterapeuta com meus exercícios, me ajuda ficar de pé vez ou outra por conta da circulação, mas tenho desejado cada dia mais seu toque de homem, sua pegada.

Cheguei a sonhar com coisas que fizemos e acordei excitada, suando.

Sei que estou fraca ainda, sinto meu corpo magro de mais.

Devo estar um horror, ainda não olhei no espelho por pura covardia.

Sempre que Eva vem me ver ela da um jeitinho em meus cabelos e rosto.

Danilo se afasta para pegar água para mim e nesse momento a médica entra.

-Olá! Como está nossa melhor paciente? – A doutora pergunta.

Dou um sorriso para ela. Gosto quando ela vem me visitar. Ela tem uma energia maravilhosa.

-Com um namorado bonito desses deve estar muito bem, não é mesmo? – Ela cochicha e eu sorrio ainda mais largo. – Está vendo só? Já achei o culpado dessa melhora quase milagrosa.

Ela ri e se cala assim que o Danilo se aproxima.

-Hoje teremos avaliação de foça com a fisio, está bem?

Confirmo com a cabeça.

-Tudo bem então, passei apenas para ver se está se sentindo bem e avisar da avaliação. Agora vou indo avaliar meus outros pacientes.

Ela sai e Danilo volta a sentar ao meu lado, ele põe o copo de água em minha boca para que eu tome aos poucos, ajudo a segurar, entretanto ainda não me sinto segura para segurar só.

O GAROTO DO ANDAR DE BAIXOOnde histórias criam vida. Descubra agora