42 - EQUIPE SALVAMENTO

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(SERÁ CORRIGIDO DEPOIS)

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Já estamos com o dia raiando e não temos nenhum sinal da Valeria.

Saí do primeiro veículo e vim para o de Danilo e Eva para acompanhá-los um pouco e mantê-los a par das decisões.

Não me conformo dela ter sido levada bem de baixo do meu nariz.

Sigo dirigindo enquanto os dois descansam um pouco, Danilo está ao meu lado no carona lutando contra o sono enquanto Eva já apagou atrás já faz uns minutos.

Deixei bem claro aos dois que nenhum deles poderá se envolver no resgate e que só vieram porque sabíamos que em hipótese alguma, iriam aceitar ficar para trás. Mas essa era minha condição. Nada de nenhum dos dois se envolverem e eles me prometeram que não vão se meter.

Tanto porque não queremos ter que, por preocupação com a ação dos dois, deixar de resgatar a Valeria com segurança.

Vejo uma movimentação nos carros da frente e paro pedindo que o Danilo assuma o volante e continue dirigindo lentamente como estamos desde o início.

Corro até o carro que o investigador se encontra e ele me explica que um dos sentinelas viu a vegetação se mexendo até tal ponto e parando mas que sabiam exatamente onde havia parado, seguimos lentamente ate o locam e armamos uma espécie de tocaia.

Dois carros seguem lentamente para fingir que ainda estamos em movimento enquanto os outros param bem no local indicado e desliga os motores.

Mantemos um carro afastado do outro e todos saímos de dentro e nos armamos, para descobrir do eu se trata.

Pode ser apenas um animal se escondendo na vegetação, mas nossa intuição pediu para que parássemos.

Sigo de carro em carro dando as ordens aos sussurros e de repente escutamos um choro de lamentação que deixa o Danilo agitado e caminhando em direção ao som que ele diz ter certeza de que é a voz da Valéria.

Seguro-o impedindo de seguir em frente e ordeno que volte ao seu posto e não coloque todo nosso esforço a perder causando a morte da Valéria.

Sei que peguei pesado, mas nesse caso é um mal necessário.

Não quero perder ninguém nessa operação, nem meus homens, nem a Valeria e muito menos quero permitir que o bandido fuja para ter uma nova oportunidade de atentar contra a vida dela e da Eva.

Danilo segue para o seu carro e o farfalhar das folhas de cana de açúcar nos chama atenção.

Seguimos todos até onde as plantas momentaneamente param de se mexer e nos pomos em guarda atrás do último carro. O choro sofrido da Valéria continua nos dando a dimensão da distância que eles estão.

A vegetação balança um pouco mais a frente e todos já estão a postos na beira da estrada e atrás do último carro esperando para ver se o movimento segue mais a frente ou não.

E nessa hora vemos surgir do meio do mato fechado dois corpos vestidos de preto.

Um homem alto de estatura caucasiana segurando fortemente os cabelos da Valeria e apontado uma arma em direção a sua cabeça.

Dou sinal para que todos fiquem em suas posições e faço sinal para nosso melhor atirador que me faz sinal de "OK" e nesse momento escuto um estampido e todos viramos em direção ao som para ver a Eva parada no meio do caminho com uma arma na mão apontada em direção aos dois alvos que lentamente caem ao chão.

Tudo vira um corre-corre meio borrado.

Um de meus homens corre em direção aos dois caídos ao chão e chuta a arma dele para longe apontando sua arma para ele que geme de dor com o tiro que levou na altura da sua lombar, outros dois soltam os dedos do meliante dos cabelos da Valéria e a puxam para longe e ela ainda atordoada com a situação se debate freneticamente até que escuta a voz do Danilo e os braços dele e da Eva a envolvendo então se dá conta de que somos nós e os abraça chorando.

O investigador algema o Fábio e ordena que o último carro o socorra as pressas para que ele não morra.

Não que eu me importe que um lixo desse morra e alivie o peso do mundo, mas somos a lei e devemos cumpri-la, ou então seremos tão bandidos quanto eles.

Saímos da frente e a 4X4 passa por nós cantando pneu com um Fábio agonizante na carroceria junto com mais dois policiais e o investigador.

Danilo pega a Valéria no colo e segue com ela até seu carro e entra, ainda com ela em seu colo, no banco de trás.

Dou ordem para que os dois primeiros carros com meus homens e os homens do investigador sigam a diante e achem a casa que ela estava em cárcere e colham o máximo de informações que puderem enquanto assumo o volante do carro de Danilo com a Eva, que ainda chora, no carona.

Faço sinal ao carro que está a nossa frente para nos seguir e vou em direção a cidade me sentindo muito aliviado por tudo ter dado certo.

Agora é esperar o término da investigação e ver quem são os envolvidos que ajudaram o criminoso a articular todo esse sequestro.

Porque em hipótese alguma ele fez tudo isso só.

A primeira a nos dar explicações será a funcionária da loja encontrada amarrada.

Ela parecia falsamente nervosa a meu ver.

Aquele nó em sua corda parecia ridiculamente frouxo para ela não conseguir soltar.

Espero estar errado, mas minha intuição nunca me engana.

O GAROTO DO ANDAR DE BAIXOOnde histórias criam vida. Descubra agora