33 - "LAR, DOCE LAR..."

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(Será corrigido depois)

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Saímos discretamente pela lateral da loja para não sermos abordados.

Saio na frente com o Fábio me apontando uma arma discretamente em minhas costas.

Ao chegar quase na esquina da loja já no final do beco olho para cima em direção a uma nova câmera bem discreta que foi instalada pelo Raul e que ele nos fez prometer que não diríamos para ninguém e faço discretamente sinal d arma com a mão e puxo meu celular o bolso e guardo de volta para que o Fábio não veja que está comigo e descarte.

Espero de verdade que alguém veja e entenda meu recado.

Meu GPS e da Eva ficam ligados a pedido do Raul desde que a loja foi vandalizada.

Santo Raul.

Fico em oração para que alguém finalmente dê por falta de mim e de Olga, ou que a Olga consiga se soltar com facilidade do nó ridículo que dei naquela corda.

Fábio me guia até um HB20 preto com vidros escuros olhando para os lados de forma bem natural se certificando se há alguém para nos impedir.

Caminho livre ele me põe no banco do carona e fica ao meu lado de pé postando a arma bem para minha cabeça e me manda pegar as algemas que estão no porta luvas e por nos pulsos, passando pela alça de segurança no teto.

Depois ele se certifica que estão bem apertadas ele segue para o banco do motorista. Sempre olhando ao redor e sai dirigindo com toda naturalidade do mundo.

-Para onde está me levando? – Pergunto tentando ser forte.

-Para o paraíso meu amor.

-Fábio, para esse carro, vamos conversar. Essas algemas estão me machucando.

-Não se preocupe, teremos todo tempo do mundo para conversar quando chegarmos em nossa casinha, nosso ninho de amor.

-Como assim? Já havíamos conversado e terminamos, não lembra? Sei que você ficou chateado, eu te entendo, mas você vai achar alguém que te mereça, que te ame como você merece ser amado.

-Mas eu já achei. É você querida. Eu te amo e sei que você também me ama. Seremos muito felizes, você verá. Agora fica quietinha que eu tenho que prestar atenção na estrada, ou então te tranco no porta-malas.

-Você não ousaria! – Falo com uma falsa coragem e ele me olha com um sorriso lunático no rosto que me faz recuar.

-Você não imagina do que eu sou capaz, querida. Mas cai saber logo, logo.

Meu Deus, tenho que tentar uma forma de fugir, tenho certeza de que ele vai me machucar de alguma forma. Mas como?

Olho ao redor e não consigo pensar em nada. A estrada que ele está me levando é escura e deserta, não vi mais nenhum veículo depois que saímos da rodovia.

Deus tenha piedade de mim. Oro em silêncio pedindo uma luz divina.

Passamos por um canavial, é tudo muito escuro e sem referência, plantação por toda parte, no entanto o farol do carro ilumina ao longe um casebre com algumas poucas arvores ao redor. Ele desliga o carro bem em frente e desce.

-Lar, doce lar. – Cantarola animado enquanto estou com um medo gigantesco.

Vai até a porta e abre com uma chave que estava pendurada em seu pescoço, vai até lá dentro e acende algo que parece ser um candeeiro e vem em minha direção.

O GAROTO DO ANDAR DE BAIXOOnde histórias criam vida. Descubra agora