41 - OPORTUNIDADES

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(SERÁ CORRIGIDO DEPOIS)

A TRÊS DIAS QUE O WHATTPAD ESTÁ SEM ME DEIXAR POSTAR OS CAPs. CONSEGUI HOJE DEPOIS D MAIS DE UMA HORA TENTANDO :(

VOU APROVEITAR E POSTAR MAIS DE UM.

ATÉ DOMINGO EU FINALIZO, SE A INTERNET PERMITIR.

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O Fábio entra de forma truculenta no ambiente imundo em que estou sentada em cima de uma taboa mofada.

Ele tenta disfarçar, mas sua expressão é meio desesperada, tem algo errado e eu posso sentir.

Será que me acharam?

Pensa Valéria, pensa! Essa é sua oportunidade, garota!

Ele fala olhando em meus olhos e isso me faz perceber o quanto ele está nervoso, apressado e até mesmo desesperado.

Sim! Tem alguém vindo a minha procura e já deve estar bem perto.

Me faço de sonsa e espero a melhor oportunidade.

Ele solta minhas mãos e me joga uma camisa de moletom preto grande. Deve ser dele. Visto e rapidamente dobro os punhos para que minhas mãos fiquem livres para caso eu precisar, mas ele as amarra novamente de forma desleixada mostrando o tanto que está apressado.

Retira de uma sacola uma calça de moletom e coloca ao meu lado finalmente desamarrando meus tornozelos e eis a oportunidade de ouro.

Aproveito a distração de sua pressa, deito-me levemente para trás e chuto com toda força que consigo bem no meio de sua cara, levanto rapidamente já segurando a calça em minhas mão e chuto novamente suas bolas e saio correndo do quarto.

Não paro para trancar porque teria que estar com as mãos livres para manusear a corrente e o cadeado com bastante pressa então vou em direção a porta.

Vejo ao lado da porta um sapado que acredito que seja dele, é grande, mas vai ter que servir.

Jogo a calça no ombro, pego o sapato e saio porta a fora.

O carro!!

Olho para dentro a procura da chave na ignição. Não está lá então corro. Apenas corro. Escutando seus xingamentos lá dentro daquilo que outrora deve ter sido uma casa de alguém muito pobre.

Corro com todas as minhas forças novamente em direção ao canavial, na mesma direção que fui mais cedo. Lá tem o rio para aplacar minha cede e continuar correndo.

Não vejo ou escuto nada, a adrenalina parece ter bloqueado qualquer sentido meu, qualquer resquício de medo. Apenas me da a força que eu preciso para correr.

Sinto a cabeça doer, mas sei que são as horas com sede e, provavelmente, aquela coisa que ele usou para me desmaiar.

Não me importo só corro o mais rápido que posso até me sentir segura o suficiente para parar, limpar os pés com a calça e calçar os sapatos e depois amarrar a calça no pescoço.

Não tenho tempo para vestir, dobrar, amarrar a calça ainda, mais para frente eu faço, agora só quero correr o máximo que puder antes que ele me alcance e assim faço. Escuto som de carro de aproximando então paro e me abaixo, aproveito para dobrar as pernas da calça e vesti-la, cada minuto é precioso.

O barulho do carro se aproxima cada vez mais e lentamente, ele deve estar procurando pela plantação se mexendo, mas estou bem quieta, quase não respiro.

O som é alto e ruidoso, não parece um, mas muitos veículos.

Será que....

Ai meu Deus!

Pode ser ajuda, pode ser algum agricultor, alguém usando de caminho, preciso ir lá.

Me levanto rapidamente e quando vou correr em direção ao barulho sou puxada pelos cabelos e grito com o susto, então sinto a mão que, seja lá qual situação eu estivesse, eu jamais esqueceria.

O nojo me toma e a bile sobe pela garganta só de sentir seu cheiro.

-Te peguei coelhinha fujona. Melhor ficar quietinha se não terei que atirar nessa cabecinha linda. – Fala com escarnio.

Escuto os carros se afastando enquanto meu desespero vai crescendo e crescendo dentro de mim. Choro copiosamente por ter deixado escapar entre os dedos minha liberdade.

Como pude ser tão burra de não ter ido de encontro ao som dos carros, como posso ter sido tão desatenta e não perceber que ele estava se aproximando.

-Como me alcançou? Eu corri com toda minha força e você estava lá, caído com dor. Não tinha como. – Sussurro mais para mim do que pedindo explicação e mesmo assim ele responde.

-Eu segui o caminho que vi a plantação chacoalhar, querida. Você corria, eu corria; você andava, eu andava; você parava, eu parava. Você bem que tentou, mas eu te disse que você não pode fugir de mim, não pode se ver livre de mim, você é minha, para sempre entendeu?

Fecho os meus olhos chorando e pensando em minha vida e nos que eu mais amo, em minha família...

Meus pais, Danilo, Eva...

Como ficarão com tudo isso. Eu não posso me dar por vencida, mas como posso tentar fugir novamente, essa arma em minha cabeça não me deixa alternativas a não ser me submeter.

O som dos carros não pode mais ser ouvido por nós, meu choro é meu único consolo nesse momento e ponho tudo para fora chorando cada vez mais alto largada no chão quase no colo de Fabio que ainda me segura por meus cabelos e me aponta a arma para a cabeça.

-Vamos lá, querida, precisamos correr para nossa liberdade.

Fabio se levanta me levantando junto pelos cabelos.

Tento me soltar de sua mão e ele aperta ainda mais sacudindo minha cabeça enquanto me ameaça.

-Já disse para parar, sua vagabunda! Cale a boca e ande q temos que sair daqui o mais rápido possível, antes que aqueles imbecis descubram para que lado fomos.

Sigo com ele me puxando pelos cabelos me levando bem ao seu lado, tropeço em algumas raízes mais altas por não conseguir enxergar direito o chão já que ele segura forte meus cabelos imobilizando minha cabeça junto a ele e a arma.

Andamos poucos metros à frente e saímos do meio da plantação para andarmos em melhores condições.

Andamos poucos passos e escuto um estampido alto e um sopapo me leva ao chão junto com Fábio que ainda me segura forte pelos cabelos.

Bato forte no chão, mas uso as mãos para amortecerem a queda.

Tudo é muito rápido.

Não entendo...

O GAROTO DO ANDAR DE BAIXOOnde histórias criam vida. Descubra agora