36 - PISTAS

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(Será corrigido depois)

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Seguimos para o escritório onde encontramos tudo já organizado para a busca.

Raul já tirou seu terno e colocou um moletom, calça jeans e tênis, segura em sua mão o que parece ser uma toca ninja igual ao que seu funcionário usa.

-Tudo pronto? – Pergunto ansioso.

-Só mais algumas ligações e já poderemos ir. – O investigador fala.

-Passados alguns minutos a funcionária vem ao nosso encontro informar que todos já se retiraram e o pessoal do buffet também estava de saída.

Eva concorda com a cabeça e ela se vai.

-Preciso ir ao banheiro. Já volto. – Eva fala e sai da sala as pressas.

Raul se levanta e a segue voltando minutos depois pedindo para que a gente se reúna no salão para definir como será a operação com as duas equipes, a de segurança e a e polícia.

-Eu gostaria que todos entendessem a gravidade do problema, estamos lidando com um homem com sérias disfunções mentais o que o deixa ainda mais perigoso. – Enquanto ele fala meu coração vai se rasgando ao meio pensando no que ele pode ter feito a ela. Eu mato esse desgraçado se ele encostou um dedo se quer nela. – Vamos precisar ser rápidos, só que com bastante cautela para que a senhorita Valéria não se prejudique ou se machuque, certo?

-CERTO! – Todos falam ao mesmo tempo.

-A partir de agora seremos, seguranças e policiais, uma única equipe em função do resgate da senhorita Valeria e peço que todos permaneçam no canal oito do rádio nos mantendo informados dos seus paços. Iremos pegar a rodovia até a delimitação de nosso estado com o canavial do estado vizinho e assim que chegarmos lá todas as sirenes devem ser desligadas em nosso comboio. Não queremos chamar a atenção do nosso sequestrador.

-Agora vamos! – Ordena Raul aos homens que prontamente seguem para a porta se dirigindo para seus veículos.

Sigo-os e entro no meu carro os seguindo de perto com Eva ao meu lado.

Eu queria que ela ficasse, mas ela foi categórica em dizer que iria conosco e que se manteria quieta e afastada.

Dirigimos por quase duas o

Horas e assim que avistamos o canavial os dois primeiros carros, do Raul e do investigador, param e todos se reúnem com eles. Eles repassam as ordens e pedem para que eu e Eva nos mantenhamos afastados para que os profissionais trabalhem e acatamos.

Seguimos canavial adentro, a 30 por hora por conta do caminho acidentado e aproveitando para olhar bem ao redor em busca de algum indício de que eles passaram por ali.

Dois dos veículos da equipe do Raul são pick-ups 4X4, com tração nas quatro rodas equipadas com um refletor no teto externo do veículo e em cima de cada um está um de seus funcionários clareando ao redor e monitorando cada lado do canavial.

Mais de uma hora de passou e não encontramos nada. Mais para frente há um riacho e vamos parar um pouco para reformular as ordens.

Enquanto estamos parados combinando o que vamos fazer parra achá-los, Eva sai do carro e caminha até a pequena ponte que passa por cima do riacho. Ela não fica tão mais alta que ele então ela decide ver de perto se a água é límpida para lavar o rosto.

Escutamos atentamente ouvindo tudo que Raul e o investigador falam para nós e todo procedimento que será feito caso encontremos ou não os dois quando escutamos um grito estridente vindo do riacho e identifico como sendo da Eva. Eu e Raul corremos em direção a pontezinha a sua procura e a vemos agachada bem próximo ao riacho.

Desço rápido para próximo dela e fico na expectativa dela me dizer o que aconteceu para ela ter feito tal alarde.

-Você está machucada, Eva?

Ela me olha sem entender por um minuto e depois volta a olhar o celular que está em sua mão.

-Eva! – Raul exclama um pouco mais alto fazendo ela se assustar e nos dá a devida atenção. – O que houve? Nós nos assustamos com seu grito, achamos que você havia se machucado. O que houve?

Ela mostra a nós o aparelho que está em suas mãos. está com a tela estilhaçada mas ainda funciona.

-É o celular da Val. – Fala quase entorpecida. – Eu achei o celular da Val aqui na beira do riacho. Aqui também tem marcas no chão como se ela tivesse escorregado ou lutado. – Eva ilumina com a fraca luz do seu celular para que vejamos o que ela nos mostra.

Raul acende sua lanterna e ilumina ao redor vendo cada detalhe, e sim, há marcas no chão. Não tão profunda, mas parece que ela tentou resistir a algo e só de pensar nisso me sinto um merda.

Fico pensando que eu não estava aqui para salvá-la quando ela mais precisou.

Que Deus me perdoe, eu irei matá-lo com minhas próprias mãos se ele tiver abusado dela de alguma forma.

Voltamos todos para os carros e seguimos viagem agora com ainda mais ânsia de acharmos a Valéria o quanto antes.

E Deus me ajude, por que vou matar o Fábio com minhas próprias mãos.

O GAROTO DO ANDAR DE BAIXOOnde histórias criam vida. Descubra agora