último capítulo

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Era aquilo certo? Era meu incrível bebê agora deitado nos braços de um pai coruja que sorria antes de eu suspirar e sorrir para o teto acabado de um lugar abandonado, era nosso destino desde que fugimos de nosso último esconderijo... Agora com nossa princesa em mãos teremos que parar.
   Meus sonhos são repletos de ternura, meus sonhos cansados e meu lema já completo... Que meu avô lá do céu estava o vendo e sorrindo de alegria; reabri meus olhos e acanho ao ver que o quarto se encontrava vazio e minha manta estava agora na minha cintura.
    Era manhã pois o frio de neve e a calmaria me fazia cantarolar nitidamente, quando nas pontas dos pés eu caminhei até o andar inferior da simples casa vejo a cena que comoveu todo meu peito.
  Marvin estava no meio da cozinha com nossa filha em seus braços preparando algo e a mesma estava tão quietinha e perfeita que nem parecia recém nascida, mais algo interrompeu nosso sonho quando a porta foi arrombada duas vezes e olharmos assustados.
   Marvin correu comigo para longe daquela porta mais não deu tempo, o sangue já estava na sua camisa do lado esquerdo do ombro e sua careta de dor com o choro escandaloso de nossa bebê.... O machucado estava em aberto pois senti escorregar no sangue e homens de terno escuro e máscara contra gás apontaram a arma... A minha voz embolou e apertei o pequeno corpo.
-nao...- minha filha chorava e senti ela sendo arrancada e empurrada sobre meu amado.- FILHA!!
-temos oque queremos- escutei um falar...- mate-os!
   Eu tentei me levantar e me repor para salvar minha menina dos sonhos nosso, o tiro foi certeiro em meu peito... Em meio ao choro de minha vida que se ia pela porta eu fechei meus olhos e alí entrei na escuridão eterna.

3 anos mais tarde.
Marvin...
   Era esse período certo que vejo pelo retrovisor as folhas que foram levantadas com tamanha velocidade que corria pelas estradas de sterford- Flórida... Minha mulher havia acordado e estava perguntando sobre mim, três malditos anos que não tenho forças para mais nada a não ser lamentar a morte de minha mãe.
   Hoje eu estava metade feliz pois a esperando virou para mim com caminhos alternativos para buscar minha menininha que estava crescendo sem nosso carinho, não vimos nem o primeiro passo que ela deu... E isso tudo culpa de meu pai que sobreviveu e hoje tem controle de quase tudo ao mundo.
-senhor bem vindo ela está mais calma- fala a enfermeira que já afirmo correndo para o quarto.
   Ela estava sentada de cabelos curtos e cara confusa com respirador ainda instalado no nariz, quando suas iris me encontrou foi como o anjo que deixou a lágrima cair e corri para lhe acolher recendo soluços de coisas que jamais vi em toda a minha vida, as lágrimas que guardei no fundo da minha alma estava ali junto as dela.
- meu amor- beijo todo seu rosto e contemplo seus lábios salgados por conta da lágrima- tenho tanto a lhe contar vida minha.
  Ela não me olha e volta a me apertar... Agora minha vingança de pegar o que é meu só estava começando, e não seria fácil quando pisar no coração daquele monstro e comprovar que estará morto.

esboço de meu mafiosoOnde histórias criam vida. Descubra agora