Capítulo 39

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Boa noite e boa leitura 💕
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— Não foi eu. — o modelo disse pela milésima vez na delegacia, estava junto do delegado e outro policial na sala de interrogatório.

O delegado, de nome Marcos, já estressado com aquele desenrolar dos fatos, suspirou cruzando as mãos encima da mesa e olhou nos olhos de Willi.

— Você está insinuando que Stanley se jogou do alto da varanda? — perguntou seriamente. — Por que ele faria isso?

— Já contei tudo, disse os motivos pelo qual fui atrás dele, não iria ficar esperando pela polícia. — sorriu debochado. — Mas eu não joguei ele da varanda...

— Sr. Foster, algumas pessoas disseram que chegou lá no condomínio agredindo Stanley, que o arrastou pelos cabelos até dentro do elevador, e nas câmeras dos corredores vimos bem o senhor ainda o segurando até entrarem na casa. — Marcos fez uma pausa estudando a expressão do modelo, que era uma bem entediada. — Ouviram gritos e sons de briga, aí de repente, Stanley caí da varanda. — usou um tom de deboche. — O senhor estava com ódio, ele sequestrou sua filha, a machucou, mas não pode fazer justiça com suas próprias mãos...

— MAS QUE PORRA, EU JÁ FALEI, NÃO FOI EU, NÃO VOU CONFESSAR ALGO QUE NÃO FIZ, AQUELE VERME SE JOGOU DA VARANDA PARA FERRAR COMIGO, ELE ERA PERTURBADO! — Willi não aguentou e gritou com raiva.

— As coisas apontam que foi sim o senhor que o jogou da varanda. — disse com um olhar acusador. — Infelizmente terei que mantê-lo aqui por enquanto.

— Eu não vou ficar aqui, o Stanley se jogou para me culpar, ele disse que preferia a morte a ir preso, o louco se jogou de propósito! — bufou se irritando com tanta conversa. — O senhor não faz nada direito, não sei como aceitaram um burro como  delegado dessa cidade, preferia o antigo!

— JÁ CHEGA, o senhor vai ser preso também por desacato! — bateu as mãos na mesa irritado. — Leve-o para a cela, vai passar a noite lá para aprender a respeitar uma autoridade!

O modelo foi levado para a cela, mesmo berrando pelos corredores que processaria o delegado. Esse bufou estressado, não conseguia acreditar que alguém se jogaria da própria varanda para incriminar outra, então estava muito claro o quanto aquele delegado não estava apropriado para tomar conta da segurança daquela cidade, se nem a verdade ele conseguia enxergar, se não conseguia nem ver o quanto existia pessoas capazes de fazer as piores loucuras.

O modelo sentou no colchão da única cama naquela cela fria, sua preocupação mesmo estava nos filhos, era impossível não ficar desesperado com o que estava acontecendo, ele já tinha chamado por Tom enquanto estava na viatura indo a caminho da delegacia, agora precisava aguardar pelo advogado e ver no que iria dar, seu medo de ficar preso era grande, Stanley não podia conseguir o destruir como desejou antes de se jogar daqueles oito andares.

Isso deixava o modelo horrorizado, ver Stanley se jogando, depois de o dar um sorriso perturbado, Willi ficou muito assustado, agora sabia que o babá era capaz de tudo. Na mente de Willi passeava pensamentos sobre como Stanley estaria nesse momento, se morreu, se está quase morrendo, era incerto criar essas suposições.

Dobrando os joelhos sobre a cama e deitando a cabeça neles, Willi chorou rezando para que tudo terminasse bem.

* * *

Na casa dos Wright, Pablo terminava de lavar a louça que sujou, foi quando tocaram a campainha. Sophia estava sentadinha ao balcão, os dois bem preocupados com Willi por ter saído e não dado mais notícias. O fotógrafo enxugou as mãos num pano de prato e foi abrir a porta com Sophia logo atrás. Quem apareceu do outro lado foi Emma e Dener, os dois traziam as crianças que tinham ficado com Enrico, que foi quem as buscou na escolinha.

Raízes | Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora