Capítulo 35

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Boa leitura 💕
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Na cobertura de Stanley, Sophia tentava inutilmente abrir a porta, a garotinha estava muito assustada, puxava a porta mesmo essa estando trancada, ela olhava envolta, mas não tinha nenhum sinal da chave pela casa, seus bracinhos já estavam cansados de tanta força que faziam, afinal seu tamanho não ajudava, então tinha que se apoiar nas pontas dos pés e erguer os braços até a maçaneta da porta, a menina cansando de vez de ficar com os braços levantados bufou baixinho e foi sentar no sofá querendo chorar, isso não demorou para acontecer, e foi quando Archie apareceu vindo da cozinha com uma taça de sobremesa com sorvete dentro.

O britânico estava preocupado com Stanley, não estava colocando muita fé no plano, achava uma bobagem o babá agir assim, até tentou o fazer desistir, mas Stanley não deu ouvidos e foi realizar a ideia que tivera, queria fazer André e Willi acreditar que ele vivia numa vida difícil, e assim tirar as suspeitas de que o mesmo estaria com Sophia. Stanley só não tinha conhecimento de que daria um tiro no próprio pé com tudo isso.

— Toma princesa! — Archie mostrou a taça com o sorvete para a menina, que mesmo relutante acabou pegando. — É de chocolate.

— Estou vendo, não sou cega. — respondeu ignorando a presença do loiro.

Muhammad sorriu, não ficou bravo com a resposta da garota, ele até entendia, afinal a sequestraram, então é de se esperar que ela não os trate com gentilezas. A cabeça de Archie estava criando ideias, vendo Sophia ele começou a pensar nas possibilidades de ser pai, esse era um de seus desejos, ter um filho. Ficou observando a menina com o sorvete e resolveu que conversaria com Stanley sobre isso.

* * *

No hospital um médico entra no quarto onde Stanley estava tomando soro, o babá queria tanto que acreditassem no seu teatro que bebeu de verdade, ficando completamente bêbado, mas agora já estava sóbrio.

— Você parece estar bem, como se sente? — pergunta o médico após conferir o soro.

— Me sinto bem, não preciso mais ficar aqui. — respondeu e ficou preocupado quando a porta abriu e o delegado passou por ela. — Quem é você?

— Sou o delegado dessa cidade, e quero te fazer umas perguntinhas. — falou e viu Stanley assentir o esperando continuar, nessa o médico deixou o quarto. — Onde estava na madrugada de domingo?

— Eu... Eu estava... — fez uma pausa pensando no que dizer. — Na rua, comprei uma garrafa de vodca e fiquei na rua bebendo.

— Tem alguém que possa confirmar isso? — questionou o delegado com desconfiança.

— Eu estava sozinho, porque essas perguntas?

— Vou ser direto com você, a filha dos seus antigos patrões sumiu e um deles bota a mão no fogo dizendo que foi você quem a roubou. — o delegado bufa já estressado.

— Foi o Sr. Foster. — o babá inicia um choro falso. — Ele nunca gostou de mim, não sei o porquê, não fiz nada a nenhum deles, sempre cuidei muito bem do bebê Daniel, pergunte ao Sr. Wright e vai saber que não estou mentindo, o marido dele não gosta de mim sem eu ter feito nada.

— Tudo bem Sr. Kubrick, mas, me diz, tem parentes na cidade? — falou o delegado já preparado com um bloquinho para as anotações.

O babá sorriu e assentiu, já tinha pensado em tudo, bem antes de sair da Inglaterra, quando chegou na cidade pensou que um dia precisaria disso, mas não tão cedo. Ele procurou uma vila bem pobre e contratou dois senhores para se passar por seus pais, o babá estava acreditado de que daria tudo certo, ele deu um bom dinheiro para esses senhores se vestirem conforme mandava o figurino.

Raízes | Livro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora