Raízes | Livro 2

Capítulo 14

Olá.

Boa leitura 💕

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— Olha só que coisa mais fofa. — comentou Willi vendo as roupinhas de bebê quando Emma puxou ele e Dener para dentro da loja. — Por que estamos aqui Emma?

— Sei lá, me sinto estranha ultimamente, assim como me sentia quando descobri estar esperando a Katlyn. — Emma sorri grande vendo as expressões iluminadas no rosto dos amigos. — É sim gente, acho que estou grávida.

— Isso é incrível amiga, Enrico vai enlouquecer. — Willi ri e pula feito um doido no meio da loja a abraçando.

— É sim ótimo Emma. — Dener também a abraça. — Enquanto vocês olham as coisas de bebê, vou ver se encontro mais alguma coisa para casa.

Assim ele deixou Emma e Willi na loja de bebês e ficou andando pelo shopping observando as coisas, isso até parar em uma loja de cosméticos e entrar curioso, haviam diversos produtos ali, de feminino a masculino. Algumas pessoas entravam e saíam da loja, sempre com sorrisos no rosto como se tivessem a vida perfeita, Dener apenas suspira com isso indo até uma prateleira de cremes, ao virar o corredor ele se depara com diversos perfumes femininos, o cheiro do local estava o deixando enjoado.

Com bastante curiosidade e paranoia ele foi sentindo o cheiro de cada perfume, uns perfeitos demais e outros ruins demais em sua opinião, ele tinha na cabeça que acharia o que procurava, virando para outro corredor ele encontra mais perfumes femininos, mas agora com várias pessoas por alí, se aproximando vê uma plaquinha avisado sobre um dos perfumes estar em promoção, então entrando no meio das pessoas Dener pegou um dos perfumes com o frasco numa mistura das cores preto e vinho. Com o coração acelerado ele tirou a tampa e aproximou do nariz, sua boca secou, a garganta se fechou em um nó e seus olhos se inundaram quando Dener sentou o perfume, estranhamente era aquele.

— É uma delícia não é? — Dener ouviu uma voz extremamente chata chegar em seus ouvidos. Ele então abriu os olhos e viu do seu lado esquerdo um homem mais ou menos na sua idade, só que bem menos encorpado, um pouco mais alto parecendo uma vara de bambu de tão magro, bronzeado, grandes olhos cor de mel, lábios carnudos vermelhos e os cabelos castanhos claros. — O perfume. Não é maravilhoso? — Dener sentia um certo deboche naquelas palavras, ele já não raciocinava direito.

— Na verdade não, achei horrível esse cheiro. — o outro deixou o sorriso sacana morrer ouvindo as palavras do assistente de André. — Pode servir para lavar a privada da minha suíte, na verdade até o desinfetante que uso é melhor que isso, mas tá em promoção né, então vou levar, acho que meu marido vai adorar quando entrar no banheiro e sentir esse perfume "maravilhoso" vindo do vaso sanitário.  — então pegando uma das embalagens fechadas na prateleira Dener se afastou do desconhecido indo até o caixa.

Após fazer sua compra Dener saiu às pressas da loja, sua respiração acelerada e o peito doendo de tão apertado, sentindo um pouco de falta de ar ele se apoiou na parede.

— Dener! — ouviu um grito de Willi e Emma logo atrás, ambos preocupados. — O que foi? Está passando mal?

— Isso... — ele ergueu a caixa do perfume. — É esse, é esse...

— Calma Dener, senta aqui. — Emma ajudou o amigo a sentar em um banco perto de uma planta. — Por que você se tortura desse jeito? Por que comprou essa porcaria? — questionou após abrir e sentir o aroma do perfume. — Bem que você disse, é horrível.

— O Bruce, eu quero ver a reação dele ao sentir isso em mim... — dizia desnorteado. — Ele tem que dar um passo em falso.

— Emma, ele vai acabar enlouquecendo. — Willi sussurrou no ouvido da amiga com medo. — O Dener não está bem, é muito preocupante.