Capítulo XXX

80 10 0
                                    


- Esses professores e a falta de noção deles para tarefas perigosas... - Madame Pomfrey murmurou entredentes enquanto fazia uma atadura no tornozelo de Sirius.

Pasca e Sirius entreolharam-se, achando divertido o descontentamento da enfermeira.

- O que fez foi muito perigoso. - A enfermeira diz. - Quase não pode viajar, Sr. Black.

- Não foi por mim, valeu a pena. - Sirius diz sem encarar Pasca, que cora instantaneamente.

Assim que saíram da sala, Lupin e professora Smerna, uma mulher grande, carregaram Sirius para a enfermaria, por sorte não era longe dali. A professora pediu para que Pasca, que estava acompanhando os dois, ficasse na enfermaria e reportasse à ela, assim que soubesse, se Sirius seria liberado para viajar.

- Bom, pode avisar Smerna que o tornozelo dele ficara bom amanhã se ele tomar 6 doses deste xarope hoje - ela colocou o xarope na mesa ao lado da cama, olhando de forma firme para Sirius - e não colocar o pé no chão.

- Obrigada, Madame Sprout. - Pasca disse com os olhos radiantes.

A enfermeira deu um aceno com a cabeça.

- Vou buscar uma colher para a primeira dose. - Ela disse e afastou-se.

Pasca levantou o olhar para Sirius, deitado na cama hospitalar.

- Sabe como eu lembrei que os unicórnios não gostam de homens? - Sirius perguntou vagamente e disse antes que ela pudesse responder - Lembrei de te observar de trás da cerca. Sua camisa estava transparente. - Ele abordou aquele assunto em uma tentativa de seduzi-la, mas seu rosto adquiriu uma coloração carmim ao dizer aquilo olhando para ela.

Pasca tornou o olhar para a janela atrás dele e sentou-se na cama. Ela pigarreou antes de falar.

- Desculpa por te pressionar. - Disse, seus olhos procuraram os dele.

Sirius buscou sua mão por cima do lençol e seu sorriso foi quase imperceptível, mas estava lá, o que já era o suficiente para Pasca, que segurou sua mão de volta.

Ela inclinou-se e plantou um beijo casto em seus lábios. O ato foi lento e tão inocente que fez Sirius corar novamente, suas sobrancelhas estavam altas de surpresa quando Pasca afastou-se.

- O que foi?

- Acho que não mereço você. - Sirius disse cobrindo o rosto com o antebraço.

Pasca riu de forma gloriosa, o sol de 8h do lado de fora tocou em suas bochechas.

- Por que você não vai avisar a professora Smerna que eu posso viajar? Enquanto eu... me recomponho.

- Tá bom, vou mandar o Lupin para te ajudar. - Pasca respondeu com um sorriso, depois de revirar os olhos.



- Sem dúvidas a melhor parte foi ver a cara de palhaço dos sonserinos. - Mirta disse gargalhando.

- Você viu a cara do Marvin? - Sirius perguntou. - Eu poderia emoldurar!

Mirta estava sem ar e Pasca se abanava com um sorriso enorme no rosto quando professora Smerna abriu o compartimento deles.

- Que bom que estão se divertindo. - Ela tinha um sorriso leve no rosto. - Vamos chegar no nosso destino na manhã de amanhã. Cada um de vocês tem o próprio compartimento para repousar.

O trem havia sido temporariamente reformado para a viagem curta dos seis, Pasca, Sirius, Lupin, Mirta, professora Smerna e seu ajudante, Aleksei Chownyk, um ucraniano do laboratório de pesquisa. O homem era bem baixo e possuía um rosto com muitas marcas do tempo. Ele assistia a um grande bruxo e este mesmo bruxo havia enviado Aleksei para acompanhar Smerna. Ele não parecia satisfeito.

Lumos SolemOnde histórias criam vida. Descubra agora