feel something

~6~

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61 XX XXX-XXXX: Olá Brandy, sou eu, a Mary.

Brandy: Olá Mary.

Mary: Queria saber se posso ir na sua casa, eu literalmente estou sem fazer nada esta tarde, então você pode me mostrar seus desenhos e podemos nos conhecer melhor.

Brandy: Claro. Bom, eu moro na casa de praia, a única que é totalmente branca, de dois andares.

Mary: Sei qual é, nos vemos daqui alguns minutos.

Brandy: Okay.

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Bom, será uma ótima chance de saber mais sobre o Ruel, e principalmente conhecer a Mary.

Após ficar a manhã toda desenhando, só sair do quarto para almoçar e depois voltar, finalmente terminei os desenhos que havia começado. Os colo na parede, com fita adesiva.

Arrumo todo o quarto que estava uma zona e não demora muito para a campainha tocar, eu iria descer e atender, mas escutei o Millard dizer que eu estou no quarto, então apenas abri a porta e esperei ela aparecer.

A Mary parou em frente a porta e só entrou quando eu permiti.

-Woah!-Ela diz, maravilhada olhando meus desenhos colados na parede.-Você desenha muito bem.

-Acho que sim.

-Acha?-Ela me olha.-Você desenha muito. Onde aprendeu?

-Sempre soube desenhar, mas descobrir o talento, foi apenas em um momento difícil da minha vida.

-Ah, claro.

-Eu faço faculdade de arte, vim para cá principalmente para ter inspiração.

-E está funcionando?

-Bom, olha para os desenhos, você acha que está?

-Está, está sim.

Sorrio sem mostrar os dentes e ela faz o mesmo.

-Bom, fique a vontade.-Digo.

-Me fale, o que fez com o Ruel ontem? Ele disse que vocês iriam sair.-Ela pergunta, se sentando em minha cama.

-Bom...-Me sento ao seu lado.

-Hum...-Ela me olha maliciosa.

-Não foi um encontro.-Reviro os olhos e ela rir.

-Então conta como foi, o que fizeram, vai amiga, eu quero saber.-Ela pede.

Começo a contar tudo sobre ontem, não sei por que, mas sinto que a Mary realmente será uma grande amiga.

-Espera, rolou um clima, meu Deus.-Ela diz, boquiaberta, quando eu termino de contar.

-Não, que clima o que? Eu e Ruel somos amigos, eu acho.

-Bom, acho que vocês são, Ruel nunca foi de andar com garotas a não ser as ficantes e a mim pois nos conhecemos há realmente muito tempo, talvez você seja a primeira que ele quer amizade de verdade.

Eu me senti aliviada ao ouvir aquilo...

-Bom, espero que sim. Então, me fale sobre você.

-Ah, eu não tenho muito o que dizer sobre mim, sempre morei em Sydney, tive os mesmos amigos sempre e me mudei daqui ano passado, eu e meus pais queríamos saber como é estar fora, bom, não foi tão legal, então voltamos. Agora fale mais sobre você, sei que desenha, e que tem um irmão super lindo e gostoso. Amiga? por que não me contou isso? O que mais esconde de mim?

Rio do que ela disse sobre o Millard...

-Não me diga que se interessou pelo Mill...

-Ele é um gato, eu ficaria com ele.

-Mary?-Rio novamente.-Que sincera.

-Claro.-Ela joga o cabelo para trás e faz uma pose.

Rimos...

-Eu super apoio, meu irmão é uma pessoa maravilhosa e você também.

Mary leva a mão ao peito e faz uma cara de choro.

-Estou honrada.-Ela brinca e rimos novamente.-Agora me conta sobre você.

-Bom, eu sempre vivi na mesma cidade, levei uma vida monótona, mas meu mundo ficou muito melhor quando conheci meu primeiro amor há quatro anos atrás, ele era incrível, perfeito...-Sorrio ao lembrar dele.-Ele foi meu primeiro namorado, ele foi meu ponto de paz e luz, meu porto seguro.

-E por que "foi" e não "é"? Vocês terminaram?

-Não, ele se matou há dois anos atrás.

-Brandy, eu... eu não sei o que dizer.-Ela fica nervosa.

-Tudo bem. Bom, meu mundo desabou, eu acabei entrando em depressão, foram momentos intensos e difíceis que vivi, foi nessa época que descobri meu talento para desenhar, pois era a única coisa que me acalmava e ajudava a expressar o que sentia, pois com palavras, era difícil.-Faço uma pausa.-Melhorei de todas as crises de ansiedade e pânico ano passado, agora me sinto liberta e um pouco feliz de novo, devo muito ao meu irmão e pais, eles me apoiaram pra caramba.

-Você superou ele? Esqueceu?

-Nunca poderei me esquecer dele e nem quero, ele é a minha melhor lembrança, mas superar a sua morte, superei sim, ainda o amo muito, sei que é um sentimento insuperável e eu prefiro guardar dentro de mim.

-Desculpa te fazer lembrar.

-Tudo bem, Mary, as vezes é bom falar sobre ele.

-Vamos esquecer esses assuntos e focar no que interessa, me mostre seus desenhos.

-Okay.

Pego minha pasta com desenhos e pinturas no armário e entrego a ela, a mesma abre a pasta e a folheia, a cada desenho que ver, diz algum elogio.

-Me conte como veio a inspiração para cada desenho desse.-Ela pede.

-Com prazer.-Sorrio e me sento ao seu lado.

Eu amo falar sobre as minhas pinturas, isso me deixa alegre e orgulhosa de mim mesma, ainda mais quando percebo que a pessoa está realmente interessada no que faço, isso me motiva.