Autocontrole

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Maven

Para todos os outros era um dia comum de treinamento mas para mim era mais do que isso: eu finalmente ia mostrar minha "evolução" a todos e ao mestre Arven.

Andei tendo aulas com Cal, o que não me agrada em nada já que eu não preciso de aulas a mais, mas ele insistiu em me ajudar. Com ele me ensinando quem sabe um dia chego no seu nível e meu pai talvez tenha um pingo de orgulho de mim. Talvez ele me mande de volta as trincheiras.

O forçador da Casa Rhambos e a silfa da Casa Iral se enfrentaram primeiro. Era uma briga inútil, ela é mais ágil que ele mas não tinha força suficiente; ele é mais forte porém não tem agilidade. Poderíamos ficar ali o dia todo que nenhum dos dois iriam se matar ou algo do tipo, só iriam parar quando ficassem cansados.

Logo em seguida foram o banshee da Casa Marinos e um dobra-ventos da Casa Laris. Dessa vez foi um conflito rápido, o banshee não parou de gritar até que os ouvidos do dobra-ventos sangrassem. Curandeiros tiveram que cuidar do prateado surdo e se certificar de que nenhum outro prateado se feriu.

Evangeline insistiu em ser a próxima e conseguiu porém o seu oponente foi inesperado: o próprio treinador Arven fez questão de conferir o treinamento da garota. Sem seus poderes, Evangeline não tinha opção a não ser lutar com a sua força. Ela sem as lanças, as facas e seu escudo era apenas uma garotinha indefesa. Um pássaro sem suas asas. Patética.

Chegou minha vez, chamei o senhor Arven e pedi para convocar a menina nova: Mare Barrow. Até onde sabia, ela era apenas uma vermelha inútil que de um dia para outro descobriu seus poderes. Mare foi descoberta na Prova Real e até o dia de hoje era o fantoche da minha família. Ela parece chocada ao ser escolhida mas vai mesmo assim. Presunçosa, caminha devagar até o centro da sala de treinamento e me encara nos olhos. Seu corpo pequeno e magro exala confiança mas seus olhos gritam por socorro.

A luta se inicia e logo de início já recebo uma investida de raios roxos, desvio e lanço minhas chamas em sua direção. O fogo passa raspando pelo seu braço, queimando um pedaço de sua roupa. Isso só a irritou e mais uma rodada de raios foram lançados contra mim mas novamente consigo desviar. Tola, pensei. Lanço mais chamas contra ela, a desestabilizando. Aproveito seu momento de confusão a ataco; corro em sua direção e a derrubo no chão, deixando-a completamente imobilizada. Olho em seus olhos e vejo a raiva queimando junto com o castanho, acredito que ela me devoraria vivo se pudesse.

O treinador Arven da a luta como encerrada e eu a ajudo a levantar. Por sorte seu sangue não foi exposto mas logo curandeiros de pele são chamados para cuidar dos ferimentos  de Mare. Ela me encara uma última vez e sai da sala acompanhada por Sara Skonos.

MaVen -- Amor ou Poder? Onde histórias criam vida. Descubra agora