• Série Poderosas •
Livro 1: ME AME
Malu Campbell é uma garota excêntrica.
Com um vestuário diferente e gostos peculiares, a garota chama a atenção por onde passa, arrancando cochichos e risadas maldosas, mas ela não se importava, há poucas coisas...
Para vocês terem uma noção de como é o apartamento do Gabriel. ( A decoração não é exatamente essa, mas a arquitetura sim.)
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POV. Gabriel Ulric
Já se completavam 5 dias que vi Malu Campbell pela última vez, e exatos 4 dias que ela havia tido alta do hospital.
Decidi que não iria atrás dela. Afinal, sua mãe tinha uma parcela de razão. Mas caso Campbell aparecesse, — coisa que eu tinha certeza que aconteceria, era só questão de tempo — eu me esforçaria para trata-la com o máximo de paciência que tinha, o que não é muita.
Tentar fugir e ignorar Campbell era uma perca de tempo e esforço. Já que tentar mante-la distante não havia dado certo, decidi que tentaria ser seu amigo, apesar de não saber direito como fazer isso. Só espero que eu não me arrependa depois.
Mas Malu não seria ela mesma se não aparecesse na hora mais importuna de todas.
Eu havia tido um tido um dia de merda. Tudo deu errado desde o momento em que acordei.
Casos que simplesmente não iam adiante, funcionários incompetentes que me rodeavam aos montes e pessoas indesejadas — vindas direto do inferno — para tirar o pouco de paz que ainda tinha. Até o final dessa noite decidiria se Campbell fazia parte desse, seleto, grupo de pessoas.
— Oi! — A garota saúda animada assim que abro a porta de meu triplex. Eu realmente não entendo como ela conseguiu convencer o porteiro a me ligar e perguntar se eu autorizava a sua entrada, já que havia dado ordens explícitas de que Malu não era bem vinda e um descumprimento das minhas ordens os levaria a demissão. É claro que isso foi antes, mas com tantos problemas nem havia me passado pela cabeça liberar sua entrada no meu prédio e também na minha empresa.
— Olá, Campbell. — Respondo educado, mas não deixando a expressão dura deixar meu rosto. Eu estava de extremo mau humor, minha cabeça doía profundamente e meu corpo inteiro estava dolorido e cansado pelas noites mal dormidas que venho enfrentando, então nem se quisesse conseguiria sorrir como a garota a minha frente.
— Estou bem… Obrigado por perguntar. — É sarcástica. — O que? Você quer que eu entre e fique à vontade? — Coloca a mão sobre o coração enquanto da um, falso, sorriso agradecido. — Oh! Obrigado, é muito gentil da sua parte. — Passa por mim, adentrando meu apartamento como se ele fosse seu. Suspirando eu fecho a porta e sigo a garota que vai até a minha sala. — Uhum… — Resmunga satisfeita olhando a bela visão do Rio Hudson ao por do sol.
Eu decidi vir para casa mais cedo, do que correr o risco de demitir algum outro funcionário, devido ao estresse que sentia. Por isso para mim era uma raridade estar em casa quando ainda restava algum resquício de sol. Eu nunca tinha tempo para nada e em todo os anos que tinha esse apartamento nunca parei para observar a vista, que admito, era de tirar o fôlego. O irônico era que comprei esse triplex com janelas, que cobriam toda a extensão das paredes voltadas para o lado de fora, justamente para ter uma visão melhor da paisagem. Paisagem essa que nunca dei a devida atenção até agora.
