A casa dele

249 44 25
                                        

Se as forças sobrenaturais realmente existem, agora seria a hora certa para mostrar isso; ajudando, por exemplo, Jeongguk a sair da enrascada em que fôra colocado.

Sim, ele estava encarando Taehyung intacto, desde que o garoto disse que ele iria para a sua casa.

Jeongguk quis chorar, quis sair correndo e gritando que não queria, queria dizer que estava com medo e, também, queria dizer que tem confiança no mais velho, para ir até a casa do mesmo.

Jeongguk estava perdido, principalmente quando Taehyung o chamou para ir embora da pista de boliche.

O garoto seguiu o acastanhado, sem nem pestanejar. Ele apenas foi, com medo, mas foi.

Mordiscou o lábio, indo até o carro do outro, ficando ao lado da porta do passageiro, esperando que Taehyung destrancasse a porta para que ele pudesse entrar.

Não tinha nenhuma outra opção, a não ser ir com ele. Afinal, Taehyung havia pego o seu celular e, praticamente, impôs que Jeongguk tinha que ir para sua casa.

E Jeongguk, mesmo contrariado, não tentou impedir-se de mover o corpo até o carro do mais velho, entrar no mesmo e, assim, partir em direção a sua morte da noite.

Não entendia o porquê de Taehyung querer levá-lo para a sua casa. Não entendia porque ele estava fazendo esse tipo de coisa, fingindo que Jeongguk é seu melhor amigo, que ele vai pra sua casa, como pessoas conhecidas. Jeongguk não entendia o porquê de estar ali.

Ele enganou o mais velho, se passando por uma garota; ele seguiu Taehyung na rua, e viu ele assassinando uma jovem, uma pessoa normal, assim, como o próprio Jeongguk era. Ele tem medo do acastanhado e isso é bem aparente.

Ele é Jeongguk.

Realmente não conseguia entender o porquê que estava dentro daquele carro.

Taehyung também entrou no veículo, totalmente em silêncio e logo ligou o automóvel, sem dificuldade alguma.

Você é um idiota, Jeongguk. Pensou.

Olhou para o lado rapidamente, vendo Taehyung concentrado em dirigir, virando o volante com calma, uma expressão facial fechada e com seu pomo-de-Adão bem aparente. Deixando-o mais sexy ainda.

Jeon queria morrer.

Como pode existir alguém tão lindo assim?

— Você está se sentindo bem, Gukkie? — Taehyung perguntou, deixando sua voz extremamente rouca tomar conta do veículo.

— Ah? Estou sim. — Respondeu rápido, para não parecer um idiota e virou o rosto em direção a rua novamente.

— Tudo bem.

O silêncio se fez presente o resto do caminho todo. Não tinha nem uma música pra combinar com o momento, ou algo do tipo. Era apenas o silêncio.

Era bem capaz que Taehyung conseguisse ouvir o turbilhão de pensamentos que passavam na cabeça de Jeongguk.

Estranho pensar isso.

Nossa, quanto pensar.

Jeongguk já estava até cansado de fazer isso.

Do nada, o carro parou em frente a uma casa completamente deserta. Uma casa feia, com uma pintura desgastada e um mato enorme em frente a mesma.

Por um momento, pensou que estava sendo levado para um cativeiro, que iria ser torturado até a morte naquela casa velha, mas tentou se acalmar para acabar não surtando.

— Essa é minha casa. Vamos entrar! — Taehyung disse e abriu a porta do carro, logo saiu de dentro do mesmo e deu a volta com Jeongguk encarando a casa ainda com medo. — Jeon! Vai ficar ai?  — Chamou sua atenção.

Efeito BorboletaOnde histórias criam vida. Descubra agora