Capítulo 1 - Luxuria

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Camus entrou no táxi irritado, tinha acabado de discutir com seu "chefe".

O homem havia dito que seu trabalho caíra na mesmice, que estava repetitivo e ele precisava de novidades, de realidade, de ousadia. Camus não concordava com o chefe e sua auto-análise lhe dizia que ele Camus era sim ousado, não achava seu trabalho repetitivo, "algumas coisas não há como mudar, só podemos fazer de um jeito" — pensou ainda irritado, "realidade... realidade! O que ele quis dizer com isso?"

Após algum tempo, no trânsito de Paris o táxi parou no aeroporto, Camus viajaria a trabalho, seu novo projeto era naquele país, mas de certa forma o balde de água fria que levou do chefe fez seu ânimo balançar um pouco.

Chegando ao aeroporto ele correu para fazer o check in, não por estar atrasado, o aquariano era bem responsável neste quesito, pretendia chegar ao aeroporto com duas horas de antecedência, mas ainda tinha uma hora e vinte minutos antes do embarque, isso se o avião não atrasasse.

Como Camus viajaria de primeira classe foi encaminhado para área Vip do aeroporto para poder esperar a hora do embarque.

Lá chegando viu algumas pessoas que também aguardavam o voo. Logo se acomodou em uma confortável cadeira e ficou observando as pessoas do local, até que seu olhar encontrou com o de um homem loiro, alto que estava se servindo de um café, Camus nunca foi dado a flertar assim, não tinha namorados, e em sua profissão era realmente difícil encontrar alguém com desprendimento para relações amorosas, mas quem estava falando de amor?

"Precisa de novidade, de realidade, de ousadia" — a voz do chefe invadiu sua mente e devolvendo o flerte ao loiro a sua frente teve uma ideia, talvez a mais arriscada que já tivera.

Sorriu para o loiro, levantou e foi pegar um copo de água ficando de costas para o estranho, não que Camus estivesse pensando em despistar o flerte iniciado, mas para que o loiro pudesse checar o "material" completo.

Ainda estava ali bebendo sua água olhando pela panorâmica janela do aeroporto parisiense, e empinando levemente seu traseiro, quando ouviu uma voz forte e rouca em sua nuca, perguntando em grego. — É francês ou grego?

— Desolé, je ne comprends pas, je ne parle pas le grec.. (Desculpe, não entendi, não falo grego) — Mentiu o ruivo com a voz sensual, analisando as reações do outro, sim era mentira, pois Camus falava grego fluentemente, uma vez que sua mãe era grega.

— Ah! Droga... isso vai ser complicado. — Milo murmurou e notou que Camus virou a cabeça de lado em direção ao ombro, como fazem os cachorrinhos fofos nos vídeos tentando entender o que ele estava dizendo.

Sorriu para o ruivo a sua frente e, tentando fazer mímica sem alarde para os outros passageiros, falou pausadamente. — Eu... Gostei... de... Você. Entendeu?

Tentando segurar o riso, Camus apenas acenou para Milo indicando a entrada do sanitário masculino que ficava na lateral da sala.

Milo piscou algumas vezes até compreender o que o rapaz estava lhe propondo, não que fosse puritano ou algo do gênero, mas transar no banheiro da sala de espera de um voo internacional era no mínimo inusitado, mas tinha que concordar que seria muito, mas muito excitante, ainda mais sendo com aquela beldade ruiva que o seduzira no primeiro contato visual.

Camus piscou para o loiro e seguiu para o banheiro, olhou mais uma vez para o outro antes de entrar.

Milo sentiu seu sexo pulsar ante a expectativa do que estaria por vir, caso entrasse naquele banheiro.

Claro que o ruivo poderia ser um traficante de órgão, ou um traficante de drogas, ou algum mafioso mal intencionado... mas a cada hipótese o tesão de Milo aumentava, mais e mais... notando que seu membro já estava completamente duro somente com a possibilidade de transar com o ruivo misterioso, Milo praguejou. — Ah! Foda-se tudo!!!

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