Capitulo 6

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Josephine

Hero me empresta sua camiseta, já que a minha está inutilizável, minha saia está quase seca então não vejo problema em usá-la novamente.

Resolvemos ir direto para o colégio pois as aulas já estão chegando ao fim e se o professor descobrir que não estamos na diretoria,vamos nos encrencar demais.

"Vai ficar muda o caminho inteiro?" , Hero pergunta parecendo irritado.

" Acho que sim... Mas se você quiser conversar.",sugiro tímida.

"Vamos ligar o rádio para ver que tipo de música o idiota escuta."  uma melodia que eu amo invade meus ouvidos. Baby do Justin Bieber.

"Eu amo essa musica." ,me empolgo e o tatuado revira os olhos abaixando o som.

"Ei! Eu quero escutar!", aumento o som de novo.

"Essa música é uma bosta!", exclama dando risada.

"Claro que não! Canta comigo!",junto as mãos e fazendo biquinho.

"Eu morderia seu lábio mas não estou afim de sofrer um acidente",me olha com um sorriso malicioso.

" Baby, baby, baby,ohhh", cantarolo desafinada e Hero faz uma careta engraçada.

"Like baby, baby, baby oh I thought you'd always be mine", Hero canta com sua voz grave e eu me surpreendo.

"Você canta bem!"

"Eu sou bom em tudo que faço,gatinha", me lança uma piscadela.

Eu solto uma gargalhada e Hero me acompanha.

No fim das contas, sua companhia está sendo bem agradável... Ele é super divertido,lindo e beija super bem. Meu Deus! O beijo! O que eu vou falar para o meu namorado?

Quando penso em comentar sobre isso com Hero, percebo que estamos entrando pelos grandes portões da escola e resolvo deixar esse assunto para depois.

O moreno estaciona o carro com cuidado e depois tira o cinto se virando pra mim.

"Hoje foi divertido mas eu não namoro então espero que você não esteja toda apaixonadinha.",me encara sério.

Parece que levei um chute no estômago. Ele estava sendo tão legal e atencioso, como pude ser tão burra.

"Tchau babaca! Não me procure mais!",grito irritada enquanto desço do carro. , "Eu nunca me apaixonaria por um escroto como você!"

Entro na escola correndo e vou direto para o meu dormitório.

Abro a porta com cuidado mas levo um susto logo em seguida... Minha mãe e meu namorado estão sentados em minha cama e meu diretor está em pé ao lado do guarda-roupa.
Engulo em seco e mordo o lábio inferior pensando o quão ferrada eu estou.

"Onde você estava o dia inteiro Josephine? O diretor disse que era para você ter ido para a sala dele pois teve uma discussão na aula!",minha mãe vocifera e meu namorado só concorda com ela.

A porta é aberta com extrema força e Hero entra por ela. Era só oque faltava!

"Que roupas são essas?", meu namorado pergunta me medindo, "Quem é esse cara? Era com ele que você estava o dia inteiro?"

Fico paralisada. O ar me falta. Começo a sentir um desconforto na boca do estômago.

"Ela estava comigo sim! Mas não estávamos fazendo nada de errado. Parem de cobrar tanto a menina.", Hero se pronuncia e eu olho para ele incrédula.

Cinco minutos atrás ele estava demonstrando que não se importava nenhum um pouco comigo.

"Os dois para minha sala!", o diretor diz enquanto sai pela porta de madeira do meu dormitório.

"Não terminamos essa conversa mocinha!", escuto o grito de minha mãe mas já estou no meio do corredor.

"Vai dar tudo certo!", Hero me abraça pela cintura e eu logo tiro seus braços gélidos.

"Não toca em mim!",exclamo irritada e Hero revira os olhos.

                                          ...

Hero e eu estamos sentados em frente da grande mesa de madeira do senhor Colduel.
Começo a ficar extremamente nervosa e em uma tentativa de me acalmar,resolvo analisar a sala do diretor. Isso sempre me acalma. Pode parecer estranho mas me sinto mais confortável quando reparo nos detalhes.

Seu escritório é repleto de troféus to time de basquete do colégio, fotos de sua família... A filha dele é a Jenny?

"A Jenny é filha do diretor?", sussurro perto do ouvido de Hero e sinto os pelinhos de sua nuca arrepiarem.

"Ela é sim. Bem irônico né?", solta uma risadinha.

"O que é irônico senhor Fiennes?", o diretor para de vasculhar sua gaveta e encara o garoto ao meu lado.

"A gente estar nessa situação!", exclama irritado e meus olhos quase saltão das órbitas.

"Você vai tomar uma suspensão pela oitava vez, vai ser irônico?", bate a mão em cima da mesa de madeira escura e logo depois faz uma cara de dor.

Hero começa a gargalhar ao meu lado e eu sem conseguir me segurar solto uma risadinha.

"Vocês dois estão suspensos por 2 dias! E vão ter que limpar a escola todos os dias depois das aulas por 1 mês!, grita irritado e nós cessamos nossa risada na mesma hora.

Suspensão? Limpar a escola? Tudo culpa do idiota do Hero. Minha mãe vai me matar!

"Podem sair da minha sala!"

Saio da sala do diretor cabisbaixa e Hero me segue.

"Acha que consegue lidar com a fera da sua mãe e com o seu namorado engomadinho sozinha? Ou quer que eu vá junto?", pergunta com um sorriso sarcástico em seus lábios rosados.

"Você não consegue ter compaixão nem em uma hora dessas! Isso foi tudo culpa sua, seu imbecil!", grito apontando o dedo para sua cara.

Lágrimas começam a escorrer pelas minhas bochechas. Nem tinha percebido que estava chorando.

Saio correndo em direção ao meu quarto mas tropeço em meus próprios pés e quase caio no chão, quando Hero me pega pela cintura me pressionado em seu corpo quente.

Fiennes me rodeia com seus braços repletos de tatuagens e isso me trás uma calma descomunal.
Não recuso o seu abraço pois estou precisando.

"Não é o fim do mundo Josephine.", Hero diz com a boca colada em meus cabelos.

"Não estou acostumada em me meter em confusões como você menino problema!", digo com um sorriso fraco.

"Agora meu apelido é menino problema?", sorri me encarando com seus incríveis olhos e limpa minhas lágrimas da bochecha.

"Sim! Combina muito com você", exclamo sorrindo.

"Sobre oque eu falei no carro, queria te pedir desculpas..."

Nosso momento é interrompido pelo grito do meu namorado irritado.

"Solta minha namorada!"

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