Capitulo 17

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Josephine
A porta se abre e um homem elegante nos recebe com um sorriso caloroso, as covinhas em suas bochechas denunciam o parentesco com o Hero.

"Filho! Quanto tempo!", seus braços rodeiam o moreno ao meu lado e seu corpo parece enrijecer pelo toque.

"Quanto tempo mesmo!", Hero vocifera. "Estava desocupado, então resolvi vir", fala parecendo não se importar mas sei que está tentando decifrar o pai de alguma forma.

O sorriso perfeito some aos poucos de sua face e ele parece estar tentando absorver as palavras cruéis do filho.

Por qual motivo o Hero foi tão grosso? O pai dele estava sendo tão carinhoso.

"Quem é a moça bonita?", o seu olhar se direciona a mim e eu coro instantaneamente.

"Josephine, muito prazer em conhecê-lo Sr Fiennes"

"Não é necessário tanta formalidade, pode me chamar de George", informa e eu concordo coma cabeça.

A casa é ainda mais bonita por dentro, o tom bege ocupa quase toda a sala e cozinha trazendo uma sensação reconfortante.

Uma mulher jovem com um vestido colado e florido, sai da cozinha acompanhada de uma menina alta e loira, imagino que seja a irmã de Hero.

A expressão alegre da mulher de vestido, se desmancha ao ver Hero.

"O que esse garoto idiota está fazendo em minha casa?", um vinco se forma no meio de suas sobrancelhas bem feitas.

"Ele veio almoçar com a gente", da um tapinha nas costas do tatuado e ele imediatamente se afasta.

Sua mão aperta a minha com firmeza, parece estar se controlando para não bater no pai. Tomara que ele não faça isso.

"Então quer dizer que você voltou com a vadia aproveitadora?", sua mão solta da minha e ele aponta o dedo na cara da loira, que se assusta com as palavras.

"Hero! Se controla por favor! Faz tempo que não nos vemos. Você vai estragar tudo de novo", os olhos da menina estão marejados.

Será que essa garota não percebe, que a madrasta dela já estragou tudo? Deve ser mimada...

"Não fala assim com ela!", George grita e puxa o filho para longe da esposa. "Acho melhor você ir embora".

A não! De tudo que eu mais temia, isso não passou pela minha cabeça.

Hero me puxa pelo pulso para fora da casa.

"Irmão! Quanto tempo!", um homem com a mesma estatura de Hero e igualmente bonito, abraça-o calorosamente.

"Titan, como você consegue viver com o idiota do velho e a sua puta particular", as palavras fluem naturalmente em sua boca mas minha face empalidece chocada.

"Ando me perguntando a mesma coisa", sorri triste e seus olhos azuis esverdeados focam em mim. "Finalmente arrumou uma namorada decente", os seus olhos percorrem o meu corpo descaradamente e eu coço a garganta envergonhada. " E gostosa".

"Não começa cara!", Hero o empurra e Titan sorri brincalhão.

"Estava só te zoando, maninho", a sua expressão é um pouco intimidante mas tento não prestar muita atenção.

"Sou Josephine, prazer", levanto minha mão na esperança de um comprimento formal mas Titan a beija demoradamente, fazendo meu rosto parecer um pimentão de tão vermelho.

Sem mais nenhuma palavra, Hero me arrasta até o carro e pede para o motorista nos levar para o colégio.

"Desculpa Jo,achei que eles me tratariam de outra forma porque você estava lá, mas parece que estava errado", fala cabisbaixo. "George estava tentando ser melhor sem a vadia por perto"

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