Capitulo 11

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Contém uma cena um pouco hot,se não gosta, não leia.

Josephine

"Veio acabar comigo mais uma vez Josephine?", sua voz é arrastada e os nós de seus dedos estão calejados. Ele veste apenas uma cueca box preta e seu tronco nu coberto de tatuagens me faz perder um pouco o foco mas logo me recomponho.

"O que você fez com seus dedos?", ignoro totalmente sua pergunta.

"Não te interressaaa", responde com um sorriso bebado nos lábios.

"Desse jeito os nós de seus dedos nunca vão sarar", entro em seu espaçoso quarto e a lembrança de seus lábios quentes sobre os meios invadem os meus pensamentos. Isso não vai acontecer hoje,ele está bebado! Meu subconsciente me lembra.

"Você acha que eu me importo com isso?", se joga em sua cama macia e eu sento na beirada da mesma.

"Por que você bebeu?", questiono com cautela e Hero me olha com um semblante frio em seu belo rosto.

"Hoje não é exatamente o dia mais feliz da minha vida", a íris de seus olhos estão em um azul profundo com pequenas pintinhas verdes e nelas transparecem todas as suas aflições e segredos. Parece que o álcool desapareceu completamente de suas veias.

Hero senta com a cabeça encostada na cabeceira e bate ao seu lado para que eu me sente.

"Me conta tudo",sento ao seu lado. "Prometo que vou tentar te ajudar"

"Hoje é o dia do aniversário da minha mãe", sua voz sai como em um sussurro triste.

"Isso não era para ser uma coisa boa?",chego mais perto de seu rosto pálido.

"Se ela estivesse viva",da um longo gole na bebida em sua mão.

A mãe dele morreu.

Nunca sei como lidar com situações desse tipo,então só o beijo.

O beijo lento e calmo, logo se transforma em feroz.

Nós funcionamos assim. Brigamos,nos provocamos mas no final sempre nos beijamos. Beijar Hero é diferente de todos os beijos que já dei na vida, parece que tudo a nossa volta não existe mais e que todos os problemas acabaram.

Nossos lábios só param de se mexer freneticamente, quando Hero me deita em seus lençóis azuis e sobe em cima de mim apoiando o peso de seu corpo em seus braços tatuados.

Seus lábios passam pelo meu maxilar e pescoço dando beijos e mordidas, sua mão aperta meu seio direito por cima da seda fina de meu robe  e eu solto um gemido em resposta.

"Acho melhor pararmos por aqui", diz ofegante. "Não posso garantir que vou me controlar"

"Eu não quero que você se controle", ofego e puxo- o   para um beijo mas ele se afasta bruscamente.

"Desculpa. Eu não posso fazer isso, não comigo nesse estado deplorável", deito a cabeça em seu peito  e o aroma de tabaco com colônia masculina invade  meus sentidos.

"Tudo bem. Se quiser posso passar a noite aqui", sugiro e Hero me encara com um sorriso bobo nos lábios. Uma tatuagem de rosa me chama a atenção em meio a tantas outras em seus corpo. Ela fica em suas costelas, entre chamas negras e números romanos que não sei o significado. Passo meus dedos gelados por cima da bela tatuagem e sinto Hero estremecer. Não gostava nem um pouco de tatuagens e piercings mas  depois que conheci o garoto britânico passei a amá-las.

"Acho uma ótima ideia", responde acariciando meus cabelos. " Pode usar uma camiseta minha para dormir".

Quando Hero sugere isso, várias perguntas surgem em minha mente.

"Como vou pegar meu uniforme para amanhã?",pergunto um pouco nervosa.

"Eu pego para você um pouco mais cedo", da de ombros e eu concordo com a cabeça.

"Eu vou ter que tomar banho agora",saio de seus braços e vou em direção a porta.

"Você não tomou logo depois que nos encontramos?"

"Não. Fiquei preocupada com você e vim direto para cá",respondo tímida.

"Depois do seu banho,temos que conversar sobre os acontecimentos dessa semana,principalmente sobre o babaca do Noah", revira os olhos quando cita o nome do meu amigo.

"Não tem oque falar sobre ele. Você é muito paranóico", bufo.

"Nada de fugir dessa vez!", sorri e suas adoráveis covinhas aparecem.

"Como se eu fosse capaz de cometer essa tamanha crueldade" digo cinicamente e Hero solta uma gargalhada.

...

Resolvo passar em meu quarto antes, para pegar meus produtos para banho e meu uniforme, porque não quero dar trabalho para Hero logo de manhã

A primeira coisa que vejo quando adentro o dormitório é a minha cama muito bagunçada, com besteiras que Veronica e eu comemos a tarde inteira e vários tipos de esmalte jogados. Tento arrumar um pouco pois não suporto bagunça.

Pego minha bolsinha com coisas de banho e meu uniforme, pronta para ir tomar uma ducha relaxante, mas tomo um susto com Jenny escorada na porta. Sua aparência é de dar dó. Seus fios curtos azuis estão uma verdadeira bagunça, o rímel escorre por suas bochechas parecendo que acabou de chorar ,olheiras fundas e arroxeadas tomam conta de seus olhos tristes e sua camiseta cinza está repleta de rasgos.

"O que houve Jenny?", minha preocupação é verdadeira dessa vez.

"Você é uma vadia suja!", me xinga e eu tomo um susto.

"Você não sabe oque está dizendo. Eu não fiz nada para você Jenny."

"Não se faça de sonsa!", engole o choro pronto para começar. "Eu vi você saindo do quarto do meu Hero", passa os dedos por sua maquiagem borrada mas só piora.

"O Hero não é sua propriedade Jenny", digo com cautela.

"Ele é meu! Ele sempre foi meu!", me empurra com extrema força e eu caio de bunda no chão.Essa doeu.

"Fique calma Jenny"

"Você vai me prometer que não vai mais falar com ele!"me ameaça e eu estremeço.

"A vida é minha Jenny. Seu eu quiser falar com Hero,eu falo", pareço corajosa mas estou com medo. Nunca se sabe o que esperar de uma obcecada.

"Cala a boca vadia!", pega um objeto metálico do bolso traseiro de sua calça jeans surrada e isso me deixa amedrontada. " Você não vai passar a noite com o meu namorado! Vai ficar aqui a noite toda, se não essa faca vai parar no meio do seu pescoço"

Desculpem pela demora!

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