Capitulo 5

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Josephine

Hero anda rápido demais pelo pátio do colégio,quase não consigo acompanhá-lo.

Após caminhar pelo enorme pátio do colégio, chegamos em uma espécie de estacionamento,imagino que seja para os professores.

"Vamos roubar o carro do professor de literatura", Hero me informa  com um sorriso pretensioso nos lábios carnudos.

"Você por um acaso comeu coco de café da manhã?",pergunto inrcrédula.

Hero revira os olhos e vai em direção ao carro preto comum.
Ele abre a parte da frente do automóvel e com alguns movimentos o carro está ligado, como se tivéssemos a chave.

"Hero! Isso é errado e a gente vai se encrencar", falo indo em direção a entrada da escola novamente mas uma mão gelada segura meu braço impedido- me de continuar meu trajeto.

"Vive um pouco. Prometo que a gente volta antes do professor terminar as aulas"

Quando encaro seus lindos olhos, qualquer resquício de desconfiança desaparece.

"Tudo bem", solto um suspiro pesado. Hero me encara com um sorriso ladino e em um gesto totalmente inusitado abre a porta do passageiro para mim

"Que cavalheiro! Nem parece o Hero mal humorado de sempre", debocho.

"Não vai se acostumando", entra no lado do motorista e logo sai com o carro.

Ao longo do caminho começo a ficar mais nervosa do que nunca.

Estou fugindo da escola com um desconhecido que para piorar foi a causa de eu ter sido expulsa da aula de literatura.

Uma lágrima quente escorre pela minha bochecha e logo a lipo para que Hero não me veja neste estado mas é tarde de mais.

"Por que está chorando? Não chore! Não sei o que fazer com garotas chorando", Hero começa a se desesperar e isso me faz rir.

Ele para o carro no acostamento e tira o sinto dele e o meu.

"Pode me bater se for se sentir melhor", Me encara com um sorriso acolhedor diferente do sorriso cínico que ele sempre tem nos lábios.

"Acho uma ótima ideia mas estou sem força para isso", sorrio com meus lábios trêmulos.

"Que tal um abraço?". Acho uma péssima ideia. Sempre que estou muito perto de Hero meus sentidos ficam confusos.

"Melhor não" , dedilho minhas unhas pela minha saia.

"Qual o problema? Vai te fazer bem",Hero abre os braços tatuados.

Um abraço não faz mal a ninguém.

Deito a cabeça em seu ombro e imediatamente seu cheiro invade meus sentidos.

Hero passa os braços em torno da minha cintura e me trás para mais perto, fazendo com que eu suba em seu colo.

Congelo na hora e Hero percebe pois solta um risinho nasal que vai direto em minha nuca enviando uma onda elétrica para resto do meu corpo.

Tento me soltar de seus braços fortes mas ele me segura mais forte.

Levanto a cabeça e tenho uma visão perfeita de seus lindos olhos, que agora estão de um verde intenso.

"Você poderia me explicar o motivo dos seus olhos mudarem de cor? Você tem algum poder ou sei lá?",apoio o queixo em seu peito.

"Nunca tinha pensado nisso. Talvez porque eu não veja eles a todo o momento", sussurra com a boca colada em meus cabelos

"Eles são incríveis"

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