Quem são vocês?

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//Boa leitura//

Ao abrir os olhos, o ômega ficou encarando o teto ainda embaçado por sua visão estar aos poucos se ajustando com a iluminação amena mas incomoda que havia onde quer que estava, não sabia ao certo como tinha chegado neste estranho cômodo que aos poucos se ajustou a sua visão, era um quarto belo sem dúvida, com poucos móveis pelo que conseguiu enxergar de onde estava. Era também grande por sinal, dado por duas portas em seu quarto, ambas com uma plaquinha douradas pregada em cada uma, "banheiro" e
"closet", respectivamente, eram as palavras escritas em ambas as portas de uma cor branca que fazia um contraste com a pintura do quarto. Beje, um beje leve quase branco com algumas rachaduras. Virando sua cabeça para o lado esquerdo, encontrou sua mochila em cima de uma cadeira ao lado de uma escrivaninha com nada além de uma pequena luminária, se fosse uma garota definitivamente este seria o quarto no quão iria se apaixonar.

A cama também era algo de se espantar, era enorme, com lençóis combinando com as cores dominantes do quarto, tão macios e quentes que um cobertor não seria necessário, com travesseiro também de uma grandeza sem igual, mas macios e confortáveis que o ômega quase voltou a dormir ao se sentir tao bem a vontade naquele lugar.

Ainda bem que parou no quase, pois como ficar totalmente confortável em um quarto quando na verdade não sabe onde está?

Foi com este pensamento que o quarto todo confortável e incrível se tornou horrendo e assustador, como pode baixar tanto a guarda assim por conta de uma simples decoração? E se for uma armadilha?

Jimin nem teve tempo de reagir ao se levantar de supetão daquela cama, sendo impedido por uma fincada em sua cabeça como se estivesse se partindo em dois, soltou um gemido baixo de dor conforme tentava dar alguns passos até a terceira porta, sua saída. Durante sua dolorosa caminhada, lembrou do ocorrido da noite anterior, não era ilusão ou uma armadilha, quando desmaiou estava na casa de um desconhecido longe de qualquer pessoa que o pudesse reconhecer. Estava livre, finalmente livre.

Com um pequeno sorriso estampado em seu rosto, o ômega saiu daquele quarto vendo um corredor vazio a sua frente com outras portas que deveriam ser os quartos dos donos, nenhum som era ouvido daquele frio cômodo, como se não houvesse ninguém naquela casa a não ser o pequeno Jimin. Mas isto está errado, certo? Mesmo quando estava a ponto de desmaiar pode ouvir uma voz gritando em sua direção, tinha que ter mais alguém nesta casa que gentilmente o trouxe para dentro, certo?

Com passos receosos do que viria a seguir, Park andou pelo corredor olhando para as poucas fotos que lá haviam, eram os moradores da residência obviamente, mas era difícil saber quantos havia, já que de uma foto para a outra o número de integrantes aumentava ou diminuía. Chegando no final do corredor, uma escada entrou em seu campo de visão dando para o andar de baixo, também estranhamente silencioso.

Suspirou já agoniado para a falta de sons e de pessoas nesta casa, enquanto descia cada degrau com cuidado sentindo-se ainda fraco mesmo após uma boa noite de sono. Já no primeiro andar, conseguiu ver alguns dos outros cômodos que havia na casa, a sua direita pelo que pode ver era a sala de jantar, com uma mesa um tanto quando grande e um belo lustre que pendia em cima do móvel. Na mesa apenas uma cesta de frutas fora posta e pratos vazios acompanhados de talheres, seis no total.

Voltando a explorar a casa, andou desta vez para sua esquerda vendo uma porta entreaberta que pelo que conseguiu ver era a sala de estar, com parte da televisão e da mesinha de centro sendo visíveis para o ômega. Jimin até mesmo pensou em entrar naquele cômodo, talvez descansar um pouco, quando um barulho foi ouvido mais a frente, como se algo tivesse caído bruscamente tirando sua atenção da sala baixa.

Ao caminhar próximo da porta, pôde ouvir alguns cochichos vindos de dentro do cômodo, Park até tentou saber pelo aroma que sentia quantos dos sete moradores da casa lá estavam, mas os cheiros se misturavam entre si, formando um novo e totalmente homogêneo.

Não sou seu ômega Onde histórias criam vida. Descubra agora